CALMARIA • Neymar JR

CAP. 27

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Hoje eu completo 34 anos. O último ano foi uma loucura. Eu me tornei mãe e recebi o maior presente da minha vida, que, inclusive, completa seu primeiro aninho amanhã.

Os últimos seis meses foram muito intensos e há dois meses sou oficialmente uma mulher solteira.

Não foi uma escolha fácil.

Mas foi uma escolha necessária.

E não teve a ver com aquela mensagem que eu vi no dia que a nossa filha completou 6 meses.

Aquilo, na verdade, eu descobri que era uma montagem muito bem feita. Quando aquele post veio à tona, eu terminei tudo com o Júnior, sem nem ouvi-lo. O nosso momento não era o melhor possível e eu acabei juntando todas as informações e me precipitei em terminar.

Depois disso, ele deu um jeito de viajar até o Brasil só pra me mostrar que aquilo tudo era mentira e que não passava de uma montagem. A moça que divulgou a mensagem teve o que queria, afinal conquistou quase 100 mil seguidores depois daquela mensagem.

Já eu ficaria com fama de corna mansa na internet e isso, além de tudo que eu tava passando, certamente ia me levar para o buraco. Eu não ia aguentar, de verdade.

Todo o staff do Júnior achava melhor deixar aquilo pra lá, pois já já ninguém se lembraria disso, mas eu deixei bem claro pra ele que não aguentaria passar pela situação esperando a poeira baixar. Então ele convenceu o pai de postar nas redes dele um especialista comprovando que não passava de uma montagem, além de processar a tal blogueira.

Pra muita gente pode até parecer bobagem, mas eu já lia tanta besteira todos os dias, que não tinha porque aceitar mais um rótulo pra minha vida.

E ainda bem que eu bati o pé em relação a isso, porque tudo ficou esclarecido.

Depois desse episódio, a gente acabou se acertando em relação a tudo. Tudo que estava estranho entre nós foi se resolvendo aos poucos, eu passei a ser mais flexível com a minha agenda e arrumei um jeito de viajar mais para que ele sempre tivesse perto de mim e da Íris... tudo estava indo bem.

Mas sempre tinha alguma coisa e, no meu caso, eu estava deixando de ser eu. E infelizmente não tinha nada a ver com o meu namorado, que me blindou até onde pode, mas com a pressão externa.

E depois de muito pensar, muito mesmo, eu disse a ele que queria estar sozinha. Viver sem a pressão de me relacionar com ele e ter a minha vida vigiada.

Como eu disse, não foi algo que eu quis, mas foi algo necessário.

Sigo apaixonada? Sigo. Mas pelo menos tenho paz na minha vida.

Pelo menos até amanhã, já que nos reencontraremos pessoalmente pela primeira vez, na festinha da Íris.

— Vamos lá, repete com a Dinda - a Ariel tinha a Íris sentada em suas pernas - parabéns pra mamãaaae êeeeeeee - batia palmas e a deusinha fazia exatamente igual

— Mamãaaaaa - minha filha repetia e batia palmas simulando um parabéns

— Ahh minha gostosa, vem cá com a mamãe - estiquei meus braços e ela se jogou no meu colo - minha deusinha linda! - cheirei seu pescoço e ela se contorceu rindo