CAP. 28

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capítulo sem revisão

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Na manhã seguinte acordei com o meu despertador aos berros e a boca sedenta por um gole de água. Talvez eu tenha exagerado na bebida ontem.

Cheguei em casa por volta das 5 horas da manhã e por mais que eu tenha fugido do Pedro a noite inteira, a gente acabou ficando aqui na porta do meu condomínio.

É a primeira pessoa que eu fico desde que eu e o Júnior terminamos. Queria dizer que senti pelo menos alguma coisinha, mas infelizmente não posso dizer isso. As vezes acho que eu preferia que a gente tivesse terminado de uma forma drástica, talvez fosse mais fácil de superar.

A Gabi, minha psicóloga, como todos sabem, diz para eu parar de colocar essas coisas na minha cabeça porque términos drásticos trazem muitos traumas e eu já sabia muito bem disso.

E é claro que ela tem razão.

— Mamã, mamã, mamã - ouço os passinhos da minha filha pelo corredor e dou risada ao ouvir uns tapinhas na porta. O desenvolvimento dela era algo que me impressionava, porque com 1 ano ela já andava tudo e as palavrinhas que sibilava eram bem claras, apesar de poucas

— A mamãe tá mimindo, amor - ouvi a Madá falando com ela e ri enquanto me dirigia até a porta

— Mamãaaa - apontou pra mim e encarou a Madá rindo como se dissesse "não tá não" e se jogou no meu colo em seguida

— Tem alguém fazendo aniversário hoje? Tem? Ahhh é a princesa da mamãe, minha deusinha - beijei a barriguinha dela e ouvi sua risadinha gostosa

— Ninha! - repetiu e eu ri ao perceber que "Ninha" era quase um novo apelido dela, de tanto que ela tentava repetir deusinha

— E como que a gente vai fazer na festinha mais tarde? - encarei ela que agora estava sentada na cama e ela automaticamente começou a bater palminhas - parabéns pra vocêeee - puxei o coro junto com a Madá e ela ria enquanto batia as palminhas, mas fomos interrompidas com os toques do telefone da Madá

— Olha, Íris, seu papai tá ligando! - a babá falou animada e me subiu um frio na barriga só de imaginar que em algumas horas reencontraria com ele. Como durante o dia eu costumava estar no consultório, ele costumava ligar diretamente para a Madá para falar sobre a Íris e a noite costumava falar comigo

— Papá, papá, papaaaaiiiiiii - começou a repetir como uma metralhadora e eu aproveitei a deixa para ir até ao banheiro fazer minhas higienes matinais. Quando voltei para o quarto, a Íris continuava com o seu "papá, papá, papaiiiiii" enquanto a Madá segurava o telefone - Mamã, mamã, mamaaaaaiii - gritou ao ver que eu havia voltado para o quarto

— Sua mãe tá ai? - perguntou como se a menina fosse responder algo e a Madá me encarou antes que eu confirmasse e ela virasse o celular pra mim - oi Nena - deu um sorrisinho - posso confirmar o helicóptero de vocês às 13 horas? - a festa seria às 17 horas, mas nossa ideia era chegar por lá antes da soneca da tarde da Íris para que ela pudesse descansar antes da festa e aproveitar o máximo que pudesse

— Bom dia! - dei um sorrisinho enquanto tentava ajeitar o meu cabelo - tá certo sim, já vou terminar de arrumar tudo aqui!

— Beleza! O pessoal tá montando tudo aqui, está lindo demais - falou empolgado e eu sorri, definitivamente tinha que deixar qualquer sentimento de lado hoje e pensar exclusivamente na nossa filha. O Júnior era completamente louco por ela e isso era o suficiente, independente da gente não ter dado certo

CALMARIA • Neymar JROnde histórias criam vida. Descubra agora