CALMARIA • Neymar JR

CAP. 32

capítulo sem revisão

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— Oi! Como que foi hoje? - perguntei sorrindo quando a Íris deixou o celular jogado na cama e se distraiu com uma de suas bonecas. Eu estava acompanhando a "conversa" diária deles, mas, diferentemente dos últimos meses, agora ele voltou a ligar enquanto eu estava por perto.

Hoje foi a primeira vez que eu não acompanhei a fisio. Alguns dias tinham se passado e o Brasil já se preparava para enfrentar a Coreia do Sul, nas oitavas.

O Júnior, graças a Deus, voltaria a jogar e a CBF decidiu acabar com o "nosso privilégio", sem contar que a imprensa já estava começando a desconfiar e a perceber que eu era figurinha carimbada no hotel da seleção.

— Sem meus acompanhantes acho que não foi tão bom assim - fez beicinho e eu ri. Nos últimos dias eu e a Íris ganhamos a companhia do Davi

— Meu Deus, como você é dramático - ri - não mudou nada

— Tem muita coisa que não muda tão fácil assim - falou e logo começou a rir ao perceber como me deixou sem jeito com aquelas palavras

— Para de desviar do assunto e me fala, foi tudo bem mesmo? - desconversei e ele riu enquanto assentia

— Sim, Dra. Atena, tudo certo - riu - não senti tantas dores e o inchaço diminuiu consideravelmente, então eu devo voltar amanhã contra a Coreia, nem que seja iniciando no banco

— Que notícia maravilhosa, Júnior! - sorri - fico feliz demais com isso, vai dar tudo certo

— Se Deus quiser vamos classificar e depois você vai sair pra jantar comigo - falou tudo muito rápido

— Como? - ri

— Como? - ele repetiu exatamente o que eu disse e fez um "ahn?" no final

— Devo ter entendido errado então - continuei rindo

— Se você entendeu que vamos jantar depois do jogo, entendeu certo - sorriu me encarando

— Isso é um convite? - ri

— Deveria ser, mas acho que não soube pedir muito bem - rimos - aceita?

— Só se vocês classificarem amanhã - impus a condição e ri

— Ah então esse vai ser o jantar mais fácil da historia, vamos golear - falou confiante

— E, supondo que vocês goleiem, o que nós vamos fazer? - perguntei curiosa

— Ai você só vai descobrir amanhã - deu uma risadinha e eu fiz careta na direção dele

— NENA! - a Ariel entrou gritando no quarto assustando a mim, ao Júnior e a Iris, que, por sinal, começou a chorar - ô meu amor, desculpa sua didi, eu sei que sou maluquinha - pegou minha filha no colo e eu acabei rindo

— Deus me livre, como nós escolhemos essa mulher pra ser madrinha da nossa filha? - o Júnior se manifestou e eu acabei rindo

— Ela escolheu ter um filho com você, me escolher não foi nada - a Ari rebateu e riu - a propósito desde quando vocês ficam de papinho assim? - se enfiou ali no meu lado e eu segurei o riso