CAPÍTULO 2: Guerreira

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Depois de tudo, Ao'nung acompanhou a garota até em casa, essa que acabou cochilando durante a tarde. Acordou quando o eclipse estava começando e seu pai e irmã estavam animados no Marui.

- Onde estavam? - perguntou com uma voz sonolenta.

- Papai estava me ensinando a caçar - Pania responde animadamente.

- E quando você vai me ensinar a montar em um Tsurak, senhor Toa? Já completei 18 anos.

- Querida, nós já falamos sobre isso.

Os pais Mahine sabiam que ela queria ser uma guerreira ou caçadora, como eles também eram, então foram ensinando algumas coisas para ela como técnicas para melhorar sua performance, exercícios para melhorar o condicionamento físico, as armas que costumam usar e luta corpo a corpo - mesmo os Na'vi não utilizado tanto o corpo para lutar. E esse treino teve ótimos resultados, hoje em dia Mahine tem ótimas habilidades de luta e um bom físico, mas seus pais ainda estavam bem relutantes em treiná-la em um Tsurak, pois isso significa que a garota teria que ir além dos recifes em algum momento.

- O senhor sabe que eu quero ser uma guerreira e que para isso é essencial eu saber montar neles, você sabe que se não me ensinar eu vou arranjar outra pessoa para isso - diz em um tom sério.

- Tipo o filho do Olo'eyktan? Vi vocês treinando esses dias. - Pania sorri e se senta ao lado da irmã enquanto Mahine lhe lançava um olhar mortal.

- Agora que fizeram 18 anos, o menino pode pedir para cortejar a qualquer momento - Honore, que estava calada até agora, fala. - Imagine, nossa filha sendo parceira do próximo Olo'eyktan.

Mahine se apavora com a ideia, gostava do Ao'nung, disso não tinha dúvida, mas a responsabilidade que carregaria caso se tornasse parceira dele assustava bastante a mesma.

- Espera! - O patriarca estava com uma expressão de que estava pensando em algo. - Se você tava treinando, então você fez ligação com um Tsurak? - Balanço a cabeça em um sinal positivo. - Você completou todos os rituais, já pode fazer sua primeira tatuagem.

- Mas eu não tenho nenhuma história, nenhuma conquista para contar na tatuagem, nem tenho minha posição no clã ainda.

- Ewya te deu uma segunda chance de vida, você sobreviveu a um Akula - Honore para o que estava fazendo e olha para a filha, - você tem sim história para contar.

- Amanhã, logo depois do café nós vamos treinar - Toa informa a filha que fica animada com a notícia. - E vou falar com Ronal sobre a conclusão dos rituais.

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No dia seguinte, Mahine acordou animada para o treinamento. Ela estava usando luvas para proteger suas mãos, o animal é maior e mais forte do que um Ilu e até ela se acostumar com a criatura suas mãos ficariam cheias de calos.

Ao chegar na parte onde normalmente os pais treinavam seus filhos, percebeu Aonung com seu pai o auxiliando enquanto tentava levantar vôo, mas se desconcentrando e caindo o que fez a garota soltar uma risada.

Toa chama um dos animais para poder ensinar sua filha.

- Antes de fazer a conexão, se posicionar corretamente, flexione as pernas e aperte bem as guias - Coloca a mão da filha ali e a aperta bem. - Mande ele andar devagar, são muito mais rápidos do que os ilus então vamos começar devagar.

A garota se posiciona no Tsurak e depois faz a ligação, ela não reparou, mas o futuro do Olo'eyktan estava a observando pegando as tranças em suas costas, um ato que ele achava levemente atraente quando ela fazia. O animal começa a nadar, mesmo estando devagar ainda estava difícil se segurar, porém Mahine conseguiu terminar o trajeto.

- Foi melhor do que muito Na'vi por aí, agora você vai um pouco mais rápido com ele e tente levantar voo.

A garota arruma sua posição e vai mais rápido, mas antes de conseguir levantar o vôo sua mão escorregou da sela do animal o que fez ela cair feio. Quando tirou sua cabeça da água, consegui ouvir seu amigo rindo.

- FAZ MELHOR SEU BOCA DE PEIXE!

-VOCÊ TAMBÉM É BOCA DE PEIXE, SOMOS DO MESMO CLÃ! - Ele nada até o Tsurak que Mahine estava montando e a chamou. - Contraia o abdômen e não fico com o tronco tão para cima, só faço isso depois que ele começar a voar.

- Se eu cair de novo - sobe no animal - eu te mato - pega na fila e faz a ligação.

- Você já tentou antes e não conseguiu - Ao'nung dá um sorriso de lado, o que deixa a garota levemente irritada.

Enquanto isso, os pais viam aquela interação entre os filhos e se entreolharam, todos do clã sabiam que os dois teriam - ou tem - algo, só eles que não percebiam.

Tonowari saiu dali, sabia que não teria mais a atenção do filho.

Mahine segue as dicas do amigo e tenta novamente, dessa vez acaba se desequilibrando um pouco, mas consegue se manter o que faz a garota soltar um grito de guerra.

- Muito bem querida- Toa chega perto da filha. - Você precisa treinar um pouco mais o equilíbrio, mas acho que amanhã nós vamos conseguir terminar essa parte, depois vamos treinar seu lançamento de lanças e arpões no Tsurak. - O guerreiro olha pro garoto que estava ao seu lado. - Ao'nung vai procurar o seu pai, você ainda tem aulas com ele. - Volta a olhar para a mais nova - Vamos pra casa.

Quando Mahine e Toa chegaram no Marui da família encontraram Honore desesperada.

- Mãe, o que aconteceu? - Ela nunca tinha visto a mãe daquele jeito.

- É a sua irmã, ela saiu e não consigo achar ele em lugar nenhum.



NOTAS DA AUTORA:

Mais um capítulo com migalhas de romance e bem calmo, mas tô avisando que a partir do próximo capítulo as coisas vão esquentar e vocês vão conhecer um pouco do passado da nossa personagem (inclusive como ela e o Aonung se conheceram).

Eu percebi que a minha escrita mistura narração na primeira e terceira pessoa, vocês tão gostando assim?

O Tonowari vendo o Aonung com a Mahine:

Jake no capítulo anterior tirando as crianças de casa:

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Jake no capítulo anterior tirando as crianças de casa:

Jake no capítulo anterior tirando as crianças de casa:

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