CAPÍTULO 7: Desaparecidos

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As orelhas de Mahine contorcem ao ouvir um barulho. Ela abre seus olhos aos poucos para se acostumar com a claridade, levanta um pouco seu olhar e encontra Ao'nung dormindo calmamente enquanto abraçava a garota que estava deitada em seu peito. Então Mahine para pra pensar, ela não estava no marui de sua família.

Ela e, agora, seu parceiro só fizeram a ligação, depois disso não fizeram nada demais, só ficaram conversando sobre algumas histórias de quando eram crianças e trocando carícias assim acabaram dormindo.

Já tinha dormido ali outras vezes quando ia brincar com Tsireya, mas agora é diferente, tinha acabado de se tornar companheira de Ao'nung. Mahine não sabia como olhar para Tonowari e Ronal depois disso, na verdade ela não tinha a mínima ideia de como olharia pro clã inteiro depois disso, pois todos viram eles na festa e, com certeza, já estavam comentando sobre.

Tentando evitar esse desconforto ela fechou os olhos novamente para fingir está dormindo, mas sua amiga já tinha percebido que a mesma tinha acordado.

— Bom dia! — Tsireya fala em cima da mais velha, o que acaba fazendo o Ao'nung começar a resmungar, mostrando que sua irmã tinha o acordado. — Venham tomar café — saí de perto deles.

A albina olha novamente para cima e encontra seu parceiro com os olhos apertados e o rosto inchado por ter acabado de acordar.

— Bom dia — comprimento com uma voz meio rouca.

— Bom dia — dá um beijo na bochecha do maior, que retribui o ato com um beijo no nariz.

Mahine se senta e se espreguiça para alongar o corpo depois de tanto tempo em repouso, sente pequenas mãos em sua calda o que a faz levar um susto, ela olha para trás e encontra um bebê sorridente brincando com seu rabo.

— Oi! — O pegar delicadamente no colo.  — Como você está? — o pequeno solta um barulho e pega nos cabelos brancos da garota, o bebê se anima com algo atrás dela, era Ao'nung que tinha acabado de se levantar.

— Oi garotão — tira o irmão do colo da companheira com rapidez, o que deixou o irmão mais novo extremamente animado.

— Acho que ele já tem um irmão favorito.

— Ei! — Tsireya exclama do outro lado do Marui, enquanto arruma suas coisas.

— Não posso evitar ser o melhor irmão, não é? — Se direciona para a Tsireya e a mesma monstra a língua, o que faz a Mahine soltar ums risada.

— Crianças, venham tomar café! — Ronal, que estava ao lado do marido, chama os jovens para perto deles.

Mahine fica tensa, Ao'nung acaricia a perna da parceira para tentar acalmá-la. Ele também estava nervoso com isso tudo, além de conversar com seus pais também teriam que conversar com os pais da garota, eles tinham feito tudo meio que na pressa, normalmente os parceiros se apresentavam para os pais um do outro, havia um cortejo de uma das partes para pedir a autorização dos pais. Claro que eles sabiam que os pais de ambos eram os maiores fãs do relacionamento deles, principalmente as mães que são melhores amigas desde que eram crianças.

Ao'nung ajuda a garota se levantar e vão tomar o café. Tinha um silencioso levemente desconfortável no ar, Mahine e Ao'nung estavam felizes por finalmente terem feito a conexão, mas nervosos com a reações de seus pais e do povo. Ronal e Tonowari ficam se entre olhando durante o café, uma coisa que se percebia em todos os casais de Pandora era a comunicação pelo olhar, era tão lindo como, até antes da ligação, os casais tinham tanta conexão que conseguem se comunicar sem precisar falar verbalmente.

— Tsireya, você pode nos dar licença? Queremos conversar com seu irmão — Tonowari pediu gentilmente para a filha, que antes de se levantar olhou para o irmão e para a amiga como se desejasse boa sorte e saiu do Marui.

Se antes Mahine estava nervosa agora esse nervosismo piorou, sua calda ficou levemente agitada, suas orelhas atentas e sua respiração  acelerada.

Ao'nung acariciava a perna da companheira para tentar acalmá-la.

— Então, vocês fizeram a ligação? — Ronal começa, o filho mais novo estava em seu colo brincando com uma colcha.

— Sim, mãe.

— Espero que vocês tenham certeza da escolha que fizeram — o Olo'etykan fala com seriedade. — Mahine, como você já sabe, escolhemos Tsireya como a próxima Tsahik, mas isso não irá inibir o seu papel como parceira do Olo'etykan, a partir de hoje você terá treinamentos assim como o de Aonung.

— Sim senhora.

— Estamos felizes que nosso filho encontrou sua parceira e que essa parceira é você, Mahine.

— Obrigada Ronal. Se me dão licença, eu preciso ir pro marui da minha família, eu ainda tenho que me preparar para o meu turno.

Ambos os líderes acente. Mahine se despede do Ao'nung com uma beijo na bochecha dele. E dos líderes se despede com um aceno.

Ela sai do marui da família de seu parceiro e caminha calmamente pela vila até a tenda da família. Durante o caminho foi perseguida pelos olhares curiosos e os cochichos sobre a noite anterior, afinal, eles tinham visto aos beijos com o filho dos líderes e os dois saíram logo em seguida, não precisa pensar muito para saber que os dois fizeram, eles nem fizeram questão de ser discreto.

Ao entrar no marui, encontra apenas Pania organizando o local.

— Onde está a mamãe e o papai?

— Fizeram turno hoje de noite — a mesma encara a irmã com um sorriso lateral. — EAI?

— Eai, o que?

— Como tá meu cunhado? A noite foi boa em.

Mahine tinha esquecido que sua irmã concertezs a perturbaria por muito tempo por causa disso, apenas Pania fazendo seu papel de irmã mais nova.

— Como está o meu cunhado? Eu ainda não conheci ele — Mahine olha para a irmã com um olhar de deboche.

— Touché — Pania se levanta e vai para perto da irmã. — você fez o favor de fazer ele ficar com medo de você.

— Ele consegue superar — Mahine fecha a cortina do marui e começa a trocar a roupa, ela ainda estava com a roupa que tinha utilizado na festa, precisava usar um roupa mais leves para fazer a ronda. — O Ao'nung também tinha medo de mim e olha só como estamos agora.

— Bom, vocês fizeram...

— Nós fizemos o que, Pania? — Se vira com uma "sombrancelha" levemente levantada.

— Aquilo... — faz gestos com a mão. Mahine finalmente entende o que a mais nova queria dizer.

A pele branca da mulher começou a ficar avermelhada após entender a pergunta da irmã.

— Não, estávamos na tenda da Tsahik e do Oloetykan, seria muita falta de respeito.

— Então se fosse outra ocasião...

Mahine se vira para a irmã indignada para onde a conversa estava indo. Mas não poderia mentir, se você em outro lugar eles teriam feito o ato, não foi porque queriam, na verdade, a garota tinha constantemente que colocar limites em Aonung e parar para não acontecer algo a mais, afinal, estavam na casa dos seus pais. Apesar de também querer muito.

— Tchau Pania! — Mahine sai do marui tentando evitar o assunto.

A albina segue o seu caminho até a praia para aprontar sua montaria, mas consegue ver um pequeno aglomerado em um ponto, preocupada, ela corre até o amigo que estava no meio e o pergunta:

— Rotxo, o que aconteceu?

— Alguns guerreiros desaparecem durante a ronda.




Notas da autora:
Depois de muito tempo, finalmente venho com a atualização da fic. Novamente pessoas desculpas pela demora, anda acontecendo muita coisa, o que acaba fazendo eu deixar a história um pouco de lado.

Talvez estamos entrando na reta final...

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⏰ Última atualização: Jan 21 ⏰

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