CAPÍTULO 3: Passado

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Mahine estava desesperada procurando por sua irmã pela ilha enquanto seus pais estavam no mar fazendo o mesmo. Enquanto andava em uma parte um pouco mais afastada da aldeia, viu Pania junto com um menino perto de uma árvore, eles estavam muito próximos.

A mais velha corre até eles e empurra o Na'vi que estava perto de sua irmã e rosna para ele.

- Qual o seu problema? - Ela olha com raiva e indignação para a albina.

- Qual o meu problema? Qual o SEU problema? - Pega um dos braços de Pania e a leve até o Marui de sua família.

Chegando em casa, Mahine solta a irmã e começa a andar em círculos. Estava claramente com raiva.

- Onde você foi com aquele garoto ? Mamãe e papai estão desesperados te procurando.

- Eu não tenho que explicar nada a você.

Mahine solta uma risada irônica.

- Você não tem que me explicar nada? - ela chega mais perto da metkayina. - Eu sou sua irmã mais velha. ONDE VOCÊ ESTAVA?!

As orelhas de Pania ficam baixas, a garota olha pra baixo pensando se deveria ou não contar o que tinha feito, sabia que Mahine ficaria brava e chateada com ela.

- Nós fomos além dos recifes. - Falou tão baixo que quase não deu para entender a frase.

- VOCÊS FIZERAM O QUE? - As orelhas da mais nova se contrai mais por estar assustada com o grito da irmã. - Você sabe como é perigoso além dos recifes.

- Nem venha me julgar, - levanta a cabeça e olha para a mais velha - você fez a mesma coisa anos atrás.

- Exatamente, ANOS atrás, eu tinha seis anos e não tava com um desconhecido, - coloca a mão na cabeça - é por causa daquele dia eu sei o quanto aquele lugar pode ser perigoso. - Faz uma pausa e olha para irmã com os olhos cheios de lágrimas. - Você poderia ter morrido.

- Engraçado, para você perceber que além dos recifes era perigoso nosso irmão precisou morrer. - Afirma, mas se arrepende logo em seguida.

Mahine ficou parada onde estava e começou a respirar de forma pesada, mas dessa vez não era início de uma crise. Naquele momento, todos os sentimentos que ela tentava esconder invadiram seu corpo, fazia muito tempo que eles não tocavam aquele assunto tão abertamente, pois aquilo afetava todos da família, principalmente Mahine, que precisou de tudo.

Em um surto de raiva ela vai até Pania e dá um tapa no rosto dela.

- Você não pode me culpar por algo que nem sabe direito o que aconteceu.

Mahine se vira para sair do Marui e bate de cara com seus pais.

- O que tá acontecendo? - A mãe dela pergunta preocupada.

- A filha de vocês foi além do recife com algum garoto - cuspiu as informações e foi para longe dali.

Eles não tentaram parar a filha, sabiam que pelo o estado no qual estava algo havia magoado.

Ela estava indo para uma parte da ilha onde tinha uma quantidade maior de palmeiras em passos raivosos até sentir que alguém a estava seguindo. Ela se vira rapidamente e coloca sua faca na garganta da pessoa.

- Aí! Acho que tive um déjà vu - Ao'nung estava com as mãos levantadas e com aquele sorriso sarcástico que ele sempre dava.

- O que você tá fazendo aqui?

- Se você tirar a faca do meu pescoço talvez eu conte. - Então ela percebeu que ainda estava com o objeto no pescoço do amigo, então se afastou e o guardou. - Eu ouvi a discussão, tá tudo bem?

- Você é um baita de um fofoqueiro mesmo né? - Tenta descontrair um pouco, mas percebe que ele ainda tá sério. - Eu tô bem, é só a Pania fazendo burrada. - Ela volta a andar.

- Você não precisava ser tão dura com ela, é só uma adolescente querendo curtir a vida.

Quando o garoto ia fazer falar alguma coisa Mahine parou bruscamente o que deixou ele ficar confuso até olha para frente, Lo'ak e Tsireya estavam juntos, pareciam está falando de alguma coisa e estavam de mãos dadas, o que deixou Ao'nung com ciúmes de irmão mais velho. Ele estava indo em direção aos dois quando foi impedido por uma mão em seu peito, ele olhou para ela que falou um "não" mudo e pegou o menino pelo braço e puxou ele para passar em outro caminho, atitude que o deixou irritado. Ele não demonstrava muito, mas era muito protetivo com Tsireya.

- Se ela tivesse morrido lá fora - vira de costas e olha para ele - eu não conseguiria viver com mais um fardo desses.

- Eu sei que aquele dia foi traumático pra você, mas Pania não tinha nada ver com aquilo, ela era bebê na época. Deixe ela viver essas aventuras.

- Aventuras? Aventuras Aonung?! - fala alterada. - É mesmo, esqueci que você deixou um Na'vi, que não conhecia nada do mar, sozinho além dos recifes.

Ela se afasta dele sem paciência para continuar a conversa enquanto ele chamava por ela.

Finalmente chega onde queria, era um lugar mais afastado, onde gostava de ficar quando era mais nova. Mahine pega uma rede que eu deixava por alí, arrumo ela na árvore e se deita.

E acaba dormindo pensando no que Pania tinha falado.



NOTAS DA AUTORA:

Desculpe a demora, semana agitada (primeira semana na faculdade) e final de semana - quando eu pretendia terminar o capítulo e corrir - acabei passando mal.

Vou tentar escrever e postar os capítulos o mais rápido possível, por causa das aulas vai ficar um pouco mais difícil ler e escrever 😢.

O que acharam do capítulo? Estão começando a descobrir sobre o passado de Mahine.

NÃO ESQUEÇAM DE FAVORUTAR O CAPÍTULO! ⭐

Também comentem o que estão achando.

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