Parte um: II

646 43 3
                                    

Chan estava acordado por meio segundo, seus olhos cansados ​​demais para abrir. De repente, ele podia sentir os lençóis sob seu corpo e aquele cobertor quente em cima dele. A preguiça estava enchendo cada pedaço de seu ser, sua cabeça completamente vazia. Parecia tão confortável. A cama de Minho era ainda mais confortável do que a sua própria cama.

Tentando entender a névoa dentro de seu cérebro, Chan tentou se lembrar com o que estava sonhando. Naturalmente com um sono pesado, ele tinha sonhos todas as noites e, na maioria das vezes, ele conseguia se lembrar de cada detalhe em cada sonho. Chan lembrou que sonhou com Minho. Ele sonhou que estava em um restaurante de crepe japonês, comendo tranquilamente com Minho sentado à sua frente. Era o mesmo lugar que eles foram no primeiro encontro deles. O resto do sonho foi um pouco embaçado. Chan lembrou que tinha que levar Minho para algum lugar que estava a caminho do restaurante, então eles pararam lá.

Na vida real, o lugar era sempre tão quieto, mesmo quando havia mais gente do que o normal. Então, tornou-se um dos seus lugares favoritos para ir. E Chan se viu sentindo falta do lugar. A última vez que comeram lá foi no aniversário dele, no início daquele mês. Eles foram com seus outros amigos e foi muito divertido. Minho parecia sempre tão à vontade no restaurante, por uma razão que Chan não conseguia entender, mas isso só fazia o homem mais velho querer levá-lo lá sempre que podia.

Com a recente crise do Minho, porém, eles mal saíam juntos. Até comprar mantimentos sobrecarregava o mais novo, então quando Chan estava na casa dele, ele ia sozinho ao mercado para comprar o que Minho precisava. E ele não achava isso nem um pouco ruim. Chan gostava de cuidar de Minho e ter certeza de que ele estava bem. Além disso, ele só podia imaginar o quão difícil era quando Minho tinha esse tipo de recaída emocional. Chan nunca o havia deixado na mão antes e certamente não o faria agora.

Com a luz do sol da manhã entrando apenas ligeiramente pelas cortinas, Chan ponderou se deveria abrir os olhos. Era fim de semana e não era como se ele e Minho tivessem algo para fazer. Descansar também poderia ajudar Minho a clarear mais a mente. Então, ainda com sono, Chan rolou um pouco na cama, na esperança de puxar Minho para mais perto para que ele pudesse adormecer novamente. Seu coração disparou quando ele se virou e só podia sentir os lençóis entre seus dedos.

Os olhos de Chan se abriram quando ele se sentou na cama instantaneamente. Ele teve que esfregá-los um pouco para poder ver qualquer coisa, exceto cores borradas. Olhando em volta, Chan ficou um pouco alarmado no início. De qualquer forma, Minho não sairia de casa sem antes avisá-lo e não podia estar muito longe. Seu corpo se acalmou em questão de segundos, esticando os braços. O tempo estava um pouco quente agora, então Chan pulou da cama, para longe das cobertas quentes. Ele nem precisou prestar muita atenção para ouvir os ruídos distantes de panelas e talheres vindos de outra parte da casa.

— Amor? — Chan chamou baixinho, sua voz alta o suficiente, mas ainda fraca — Minho?

O homem mais velho sentiu todo o seu corpo relaxar ainda mais ao ouvir a voz do namorado — Estou na cozinha!

Andando devagar, Chan podia sentir sua expectativa crescendo. Mesmo depois de tanto tempo juntos, ainda parecia o primeiro mês. Ele ansiava por ver Minho, abraçá-lo, apenas estar com ele. Se Chan pudesse, passaria todo o seu tempo livre com Minho, mas o amava o suficiente para saber que os limites eram muito saudáveis ​​para ele. Estabelecer uma linha razoável para que pudessem ter vidas separadas que ainda estavam entrelaçadas funcionava perfeitamente para Minho. E se funcionava para ele, também funcionava para Chan.

Entrando na cozinha, Chan observou Minho em pé diante do fogão, misturando algo em uma panela ali. Ele já parecia muito melhor do que estava ontem. Chan se aproximou, lentamente abraçando sua cintura e apoiando a testa nas costas. O Minho adorava cozinhar quando se sentia bem, o que era um bom sinal.

Complex - minchanOnde histórias criam vida. Descubra agora