Capítulo 5 - Memórias

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Boa noite minhas luazinhas, tudo bem? Vamos ao capítulo de hoje?

Antes quero falar que podem ter alguns gatilhos( ansiedade e depressão), então leiam com calma ok

Boa leitura...

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JULIETTE POV

Já haviam se passado 5 dias desde a primeira fase de teste. E assim como combinado, os mesmos enfermeiros vinham até aqui e me faziam passar por aquela tortura todos os dias. Eu sentia vontade de questionar sempre se aquilo era mesmo necessário, afinal não tinham descoberto mais nenhum outro caso, então porque continuar com essa palhaçada?

Em 5 dias também toda a minha rotina tinha mudado completamente. Eu passei a dividir as tarefas das crianças junto com Sarah. Tia Ju. Agora eu era chamada assim e não era tão estranho ouvir depois que você começa a se acostumar. Ainda era um pouco difícil pra mim fazer certas coisas, apesar do meu limite ter sido ultrapassado muitas vezes,mas eu tinha que reconhecer que ainda era uma dose de gatilho muito forte pra mim lidar com tudo ao mesmo tempo

Fiquei mais próxima de Sarah também. Isso me levou a me sentir um pouco mais confortável de perguntar sobre a sua vida e sobre algumas dúvidas que ainda tinha sobre os pequenos. Bom, Sarah era filha única de pais separados e havia perdido os mesmo em um acidente de barco. Tinha 31 anos e era de São Paulo. Era enfermeira e havia ganhado uma bolsa de estágio para um projeto em Stanford,aonde tinha começado todo o caos do caso dos híbridos

Ela tinha me explicado que os genes dos híbridos eram iguais,mas uns eram mais dominantes que os outros. Por isso eram classificados em três grupos: alfas,ômegas e betas. Os alfas eram os genes dominantes e tinham as orelhas brancas, assim como as de Manuela. Tinham características marcantes de liderança. Os ômegas eram pequenos em sua maioria, e na hierarquia, eram submissos aos Alfas. Suas orelhas eram cinza, como as de Léo e Samantha. Já Davi, era um beta. Um ser calmo e tranquilo, que vinha abaixo na hierarquia e suas orelhas eram marrom amarelada. Com isso eu havia entendido muito sobre as personalidades de cada um. Além da convivência estar ajudando muito também

Em 5 dias também, eu havia tido outra crise de ansiedade. E essa foi quando Manuela com toda sua esperteza e curiosidade, foi até o sótão e achou a boneca que era de Luna. Aquilo tinha sido há 2 dias atrás. Eu travei e comecei a chorar na frente dela, que chamou Sarah desesperada e virou uma grande confusão. Aquilo tinha sido uma carga muito forte de lembrança emocional. Mais do que eu poderia aguentar naquele momento.

Flashback on

Era dia 8 de Abril, aniversário de Luna, e eu havia preparado uma pequena festa e comprado um presente. Fazia algum tempo que Luna vinha me pedindo uma boneca que havia visto na vitrine de uma loja de brinquedos que tínhamos passado, em alguns de nossos passeios e eu havia prometido que lhe daria de aniversário.

O embrulho era rosa e grande, num papel de presente cheio de unicórnios e glitter, do jeito que minha filha gostava. Ela estava dormindo em seu quarto e eu decidi acordar ela com um café na cama com tudo o que ela mais gostava.

Na bandeja tinha waffles com morango, croissant recheados de nutella, pão de queijo e claro,o cuscuz. Isso não poderia faltar de jeito nenhum. Tinha um bolo pequeno de unicórnio também, era mais como um cupcake. Equilibrava aquilo tudo com uma mão e na outra, a grande caixa de presente.

Sorri com a visão que tive de Luna toda esparramada em sua cama, seu corpinho pequeno ocupando nem um terço do espaço e seus cabelos enrolados e grandes todos esparramados no travesseiro. Era uma luta fazer Luna cortar os cabelos, além do mais que ela dizia que queria ficar parecida comigo.

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