Capítulo 6 - Fuga

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Boa noite minhas luas, tudo bem? Demorei um pouquinho,mas tá aí o capítulo

Eu particularmente não gostei muito desse capítulo,mas vocês que vão me dizer. Então... boa leitura

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JULIETTE POV

Eu não tive mais reação depois daquela pergunta. Ainda ouvimos mais alguns espirros e eu não tinha desculpa plausível pra aquilo. Eles sabiam que eu não estava sozinha. Tanto sabiam que estavam me encarando esperando respostas, respostas que eu não poderia dar. Não a verdade pelo menos

:- Senhorita Freire, se tem mais alguém aqui, nós precisamos seguir o protocolo e fazer o teste nela também. São ordens - o enfermeiro, que eu descobri que se chamava Jon, já estava meio impaciente apontando para as escadas e prestes a subir junto com o seu companheiro

:- É a minha namorada, Sarah, ela chegou ontem a noite - as palavras pularam da minha boca sem que o meu cérebro processasse. Sorri forçado e esperei que só aquilo fosse suficiente. Mas não foi.

:- Pode chama-la? Ela vai precisar fazer a testagem - engoli em seco e assenti mesmo não querendo. Meus passos até a escada eram lentos. Quem sabe assim eles desistiam? Era óbvio que eu não teria essa sorte.

Encontrei Sarah com os olhos arregalados pra mim e sua expressão de pânico. Eu não tinha dúvidas que na sua cabeça tudo estava perdido e as crianças seriam levadas embora dela naquele mesmo minuto.

:- Calma - me aproximei e toquei seu braço tentando passar um conforto e a calma, mesmo que eu não a tivesse no momento - Eles ouviram, não tinha como, e eu tive que falar que você era minha namorada e que chegou ontem a noite - expliquei rápido e em sussurros e pausadamente pra ela conseguir entender sem maiores surtos - Precisamos descer agora pra eles te testarem - eu que tive que ajudar Sarah a colocar as crianças no meu quarto, aonde todas dormiam, que tinha isolamento acústico e ajudei ela a descer as escadas.

Naquele momento senti confiança pra pegar na sua mão e entrelaçar nossos dedos. Senti as mãos de Sarah frias, devido ao nervoso, e apertei e acariciei de leve. Ela tinha me ajudado mais cedo, era minha hora de ser forte por nós duas

:- Senhorita, acredito que saiba tudo que está acontecendo e sobre as testagens diárias. Vamos lá? - Bom foi breve, dispensando apresentações. Conduzi Sarah até o sofá enquanto os enfermeiros novamente abriam o material e faziam a ficha de Sarah para possivelmente mais testes. Mas não. Aquele seria o último. Tanto meu,quanto o dela.

Como imaginávamos, o resultado deu negativo e finalmente os dois profissionais da saúde deixaram minha casa. Encostei na porta e senti toda minha respiração se esvair, esvaziando meus pulmões em alívio.

Olhei pra Sarah que estava sentada no sofá, com a cabeça descansando no estofado e com os olhos fechados. Imaginei o medo que ela deveria ter sentido no momento,não chegava nem de longe a ser o mesmo que o meu, apesar daquelas crianças já serem tão importante pra mim também

:- Ei, você tá bem? - me sentei ao seu lado e observei ela me olhando com um sorriso de lado

:- Sim namorada - ela brincou com a situação anterior e eu a repreendi empurrando meu corpo contra o dela

:- Cala a boca! Eu tive que inventar isso ou como eu explicaria você aqui dentro da minha casa? - me justifiquei rápido e por um momento me passou pela cabeça de porque eu não ter dito simplesmente que era uma amiga?  Escutei sua risada alta e escandalosa, daquelas que contagia, que você escuta e não consegue não rir junto. E foi isso que eu fiz. Ri com ela. E quanto tempo que eu não dava uma gargalhada sincera, sentia aquela sensação de achar graça em pequenas coisas como aquela?

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