Os Filhos do Casal Finkler

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Aviso: Olá!

Atualização da semana.
Primeiramente, preciso fazer uma correção.
Nos últimos capítulos, escrevi o sobrenome Flinker quando na verdade é Finkler. Pois é, tive uma lapso de memória e esqueci os sobrenomes dos personagens que criei. Perdoem-me por isso😅. Já fiz a correção nos capítulos.
Isso acontece kkk

Poemas incidentais :
- Identidade - Mia Couto.
- Morrer - Pedro Munhoz

Chegou a vez dos autores contemporâneos.

Boa leitura!


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Existo onde me desconheço

aguardando pelo meu passado

ansiando a esperança do futuro

No mundo que combato morro

no mundo por que luto nasço"

(Mia Couto - Identidade)

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"Tenho morrido muitas vezes. Depois, respiro fundo, lavo o rosto, sigo em frente.
Não é fácil morrer, difícil é renascer, fingir-se de sol, cegar a lua, beber o mar.
Detestável seria ter a covardia dos que me mataram.
Eu sigo renascendo, eles seguem covardes".

(Pedro Munhoz - Morrer)

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      Julia acordou sobressaltada após um pesadelo. O ar da noite parecia saturado de presságios. Reparou que Jake não estava mais na cama. Olhou para a carta de Cleo que estava na escrivaninha, mas preferiu abrir no dia seguinte. Queria confrontar a ex-amiga pessoalmente. Levantou-se e colocou um robe. Encontrou o hacker compenetrado no escritório, analisando os dados dos dois laptops e do PC. Penalizou-se ao perceber que o rosto dele estava cansado e abatido.

      — Precisa descansar. — Abraçou-o e lhe deu um beijo. Jake retribuiu, já sentindo saudades A intimidade que compartilhavam apenas duas noites continuava a parecer-lhe sensacional. Lastimava que em breve teria que voltar ao esconderijo solitário.

     —-Não consigo dormir. Tenho muita coisa para lidar. — O hacker não conseguia descansar sabendo dos problemas que afligiam tanto Julia quanto o filhinho deles.

      —- Posso ajudar? — ela percebeu a expressão tensa dele — Você está tão sério...

      Jake ficou por instantes meditativo. Enquanto Julia dormia, havia refletido bastante sobre revelar as dúvidas a respeito da origem dela.. Pensou em poupá-la por uns dias, tendo em vista o turbilhão de emoções pelas quais ela passara nos últimos dias. Por fim, concluiu que mesmo sem ter todas as evidências, não poderia mais guardar segredos da namorada.

      Quando a cientista sentou na cadeira ao lado, o hacker olhou bem nos olhos dela e começou a expor as suas inquietações.

      — Julia ... a princípio, pensei em contar algo apenas quando tivesse certeza dos fatos, mas é justo que eu não guarde mais segredos. Creio que será difícil para você, mas ao mesmo tempo, um alívio.

      — Segredos? Alívio? — ela o indagou, curiosa. — Que mistério...

      — Antes, vou mostrar uma foto que tenho em meus arquivos. Consegui bem recentemente ter acesso a ela. Uma das poucas que estou junto com a minha mãe. Quando tinha quase três anos de idade.

A Resistência - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora