3. Mimado

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Olá, minhas tulipinhas...

preparados?!

Só posso adiantar que a partir desse capítulo vocês terão muitos, muitos clichês... Boa leitura.

Grata pelos comentários e curtidas.

Beijos de Malec

───※ ·❆· ※───

Caminhávamos em silêncio de volta à suíte quando lembrei do meu tablet — Magnus, pode ir andando, eu esqueci meu tablet na cadeira — ele confirmou com a cabeça e seguiu para o corredor.

Voltei até a área da piscina, fiquei alguns minutos apreciando a imensidão do mar, registrei uma foto e guardei o celular. Depois pensei um pouco em como seria esses dias, senti que Magnus ficou estranho ao saber da minha sexualidade, seria o jeito deixá-lo no quarto e tentar conseguir algum outro lugar, jamais iria ocasionar uma situação desconfortável, ele era jovem, lógico que isso não justifica um motivo para preconceito, mas sempre preferi me afastar do que ir para o embate.

Ao retornar para cabine, Magnus já tomara banho, fui inundado por um perfume doce e amadeirado, forte, porém não enjoativo, era uma fragrância deliciosa, não olhei em sua direção segui para minha mala, guardei algumas roupas numa gaveta do guarda-roupa, peguei minha necessaire e fui para o banheiro, seu perfume estava no ar, era tão marcante, respirei longamente, depois tomei meu banho, passei meu gel na barba, alinhando os fios, em seguida vesti minha roupa no banheiro, quando saí Magnus ficou em pé e me entregou um folheto com as opções de restaurantes. Passei alguns segundos olhando, então ele falou:

— Eu gostaria de provar a comida havaiana.

Aproveitei a oportunidade para dar um espaço entre a gente — Eu não gosto muito, você pode ir, eu vou para o Le Soufflé — era um restaurante francês, ele me olhou por alguns segundos, depois tomou o folheto da minha mão e saiu.

Soltei o ar que nem sabia que prendera, guardei algumas coisas, então caminhei para saída, após fechar a porta encontrei Magnus no corredor me encarando. Voltamos a andar em silêncio, e curiosamente ele estava indo na mesma direção que eu, pegamos o elevador para o terceiro andar, e no momento que parei em frente ao restaurante francês, iria me despedir dele, porém, Magnus entrou e pediu uma mesa para dois.

— Magnus, você não precisa...

— Tudo bem — me cortou na fala, esperou a recepcionista nos levar até a mesa, assim que a jovem nos mostrou uma disponível, puxei a cadeira para ele, que sentou-se sem me olhar, e se pôs a folhear o cardápio de maneira que eu não pudesse ver seu rosto.

Eu não sabia o que fazer diante daquela situação — Olha, eu vou tentar conseguir um outro quarto, não se preocupe — Magnus baixou o cardápio e me encarou fixamente.

— Por que está tentando me afastar? — ele falou tão direto que fiquei alguns segundos chocado.

— Senti que você ficou estranho depois que disse que sou gay — falei tranquilamente para evidenciar que não estava chateado.

— Eu? Por que pensou isso? — sua expressão era realmente surpresa.

— Você ficou silencioso do nada... e está tudo bem, entendo que não queira...

— Arhg! Não é isso... me desculpe se dei essa impressão — mordeu o lábio inferior — Eu tenho algumas curiosidades, mas não sabia como perguntar — confessou e eu relaxei minha postura na cadeira.

— Ok... pergunte — fiz um gesto com a mão para incentivá-lo.

Fizemos os pedidos, e logo em seguida Magnus se ajeitou na cadeira, aproximou seu corpo mais da mesa como se fosse me contar um segredo, eu queria rir, ele me lembrou uma criança fazendo travessuras, então perguntou num tom de voz quase sussurrado:

Amor a BordoOnde histórias criam vida. Descubra agora