Alexander sempre foi um homem metódico, um arquiteto que vivia pela organização e pelo controle. Sua vida era regida por prazos e cronogramas, e ele se sentia confortável com essa rotina. No entanto, o destino adora nos surpreender quando menos espe...
Esperamos oficialmente Magnus estar de férias da faculdade e então viajamos no final semana seguinte ao seu aniversário para Porto Rico, ele estava empolgado, fez compras de várias roupas praianas para usar, mesmo eu avisando que seria apenas três dias, pois eu tinha um trabalho a ser finalizado na semana seguinte e não poderia ficar mais dias, porém, ele justificava que deveria sempre estar belo.
Às 5 horas de viagem foram as mais elétricas possíveis, Magnus não parava um segundo, queria atenção, carinho, beijos, queria fazer sexo no banheiro porque segundo ele era uma experiência vital de sua descoberta bissexual, e eu atendi aos seus desejos, transamos loucamente e foi tão difícil controlá-lo com seus gemidos, Magnus estava muito excitado, mas quando voltamos a nosso lugar, parecia um anjinho sereno, adormeceu com a cabeça em meu ombro.
Ao pousarmos em Porto Rico, ele não quis descansar da viagem, só deixamos as malas no hotel, trocamos de roupas, então seguimos para conhecer aquela maravilha tropical, a praia tinha uma areia tão branquinha que parecia uma miragem, e o mar com a cor azul turquesa límpido, era um paraíso. Caminhávamos de mãos dadas e pés descalços, Magnus usava apenas um short, seu peito desnudo, eu vestia uma regata branca e short cinza, deixamos nossas sandálias no bar e fomos explorar aquele lugar incrível.
— Mimado...
— Hm — ele andava de olhos fechados, rosto inclinado para o sol morno, extremamente lindo e sereno.
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— Como você está? — continuamos andando e ele permanecia ouvindo o barulho do vento, as ondas, seus passos lentos sobre a areia.
— Eu estou bem...
— Amor — segurei aquela caixinha em meu bolso, o coração acelerado — Eu sei que foi um ano difícil, com tantas mudanças e acontecimentos inesperados — parei de andar, ele abriu os olhos e se posicionou a minha frente, suas mãos foram para meus ombros — Eu quero saber como você está, realmente — alisei suas costas.
— Foi um ano bem agitado — seus olhos nos meus, uma mão acariciando minha barba — mas agora sinto que estou bem.
— E na faculdade, seu projeto contra o assédio conseguiu implementar? — desde o ataque que ele sofreu, Magnus teve a ideia que precisava fazer alguma coisa para que ninguém passasse pela mesma situação.
— Sim, vai entrar em ação no próximo ano, o nome que decidi foi: Vamos falar sobre assédio? — ele sorriu aproximando mais o rosto de mim — cada dia um professor e aluno vão estar disponíveis para ouvir os alunos — ele me contava empolgado — na primeira semana iremos passar por um curso com todos que desejem fazer parte, receberemos formulários para fazer denúncias caso necessário, e a faculdade vai disponibilizar um número para as pessoas ligarem anonimamente.
— Estou muito orgulho, mimado — beijei seus lábios — Você sabe disso, não é?!
— Sim, e eu só tenho a agradecer a você por estar do meu lado, Alexander, e me mostrar como enfrentar tudo.
