Alexander sempre foi um homem metódico, um arquiteto que vivia pela organização e pelo controle. Sua vida era regida por prazos e cronogramas, e ele se sentia confortável com essa rotina. No entanto, o destino adora nos surpreender quando menos espe...
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Recebemos o anúncio de manhã cedo que o navio finalmente tinha atracado no Porto de Piraeus, fomos orientados a fazer check-in no Piraeus City Hotel, pois foram disponibilizadas duas diárias incluídas no pacote do Cruzeiro, e depois voltaríamos aos EUA de avião.
Após organizarmos tudo, fomos direto para o Hotel, fiquei surpreso por Ragnor ter esquecido de cancelar a segunda reserva, motivo este que constou dois quartos, achei melhor eu fazer check-in em um e Magnus no outro. Percebi que sua expressão mudou, então quando fomos guardar nossas malas, eu o puxei para o meu quarto que era em frente ao seu — Caso Ragnor, ligue para o hotel, achei melhor fazer check-in separados.
— Hm — foi a sua resposta.
Saímos para visitar os pontos turísticos daquele lugar esplêndido, estava realmente ansioso, havia tanta riqueza de detalhes nas suas construções, como só tivemos dois dias ali, ocorreu de conhecermos os principais como: à Acrópole de Atenas, depois o Monastério Metéora e o Templo de Poseidon. Caminhamos com o guia turístico ouvindo parte da história da construção e lógico sobre a mitologia grega.
Sempre que pegava no celular para registrar uma foto, chegava às notificações de Jordan, revirei os olhos, estava decidido, assim que retornasse ao hotel iria pesquisar como desativar aquelas mensagens automáticas.
Busquei Magnus com olhar, ele estava parado olhando para o templo, depois dali ainda faltava ver o Athens National Garden — Hey... o que está achando?
— É lindo — olhou para mim, depois verificou a nossa próxima parada — eu vou voltar para o hotel.
— Você não está se sentindo bem? — toquei em seu rosto, talvez ele estivesse com mal-estar devido a troca de fuso horário.
— Estou bem, já chamei um carro de aplicativo.
— Ok! Vou avisar ao guia que vamos retornar ao hotel.
— Não precisa, Alexander... — sorriu, porém não chegou aos seus olhos — Você tem que aproveitar tudo e sei que não terá outra oportunidade.
— Mimado, eu vou...
— Olha é o meu carro — apontou para o veículo que se aproximava — vai lá terminar o passeio e à noite nós saímos.
Magnus correu para o carro sem me deixar falar nada. Eu continuei o passeio, não vou dizer que foi prazeroso, não da mesma forma, pois senti sua falta; por fim cheguei à conclusão de que talvez ele quisesse um tempo longe de mim — era o que a razão me dizia — era a lógica, estávamos há dois dias de voltar para nossa realidade, porém meu coração só lembrava do seu olhar perdido minutos antes.
Resolvi dar ouvidos ao meu coração, terminei a visita ao National Garden, avisei ao guia que iria voltar ao hotel, e fui atrás do meu mimado.
Assim que entrei na suíte, Magnus não estava, fiquei apreensivo, fui até o banheiro e não o encontrei, então percebi que suas malas não estavam em lugar algum. Lembrei que ele poderia estar no seu quarto, direcionei-me até lá, bati na porta e escutei sua voz: — Está aberta!
