Prólogo

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A vida é bela. Sempre escutei essa frase e até hoje não consigo entender o que há de tão belo na vida que aos meus olhos nunca vi.

Vejo pessoas rirem o tempo todo de coisas aleatórias, pessoas felizes com seus amores, com seus trabalhos e amigos, pessoas felizes até mesmo com sua solidão. E eu fico sempre intrigada de como elas podem ser felizes?

Não há cicatrizes ali? É uma vida de faz de conta? Nunca sofreram com nada para sempre estarem felizes? 

Se Deus fez todos a sua imagem e semelhança, todos deveriam ter um pouco de felicidade, mas talvez eu seja o filho errado que nasceu, o filho não projetado  nem desejado, aquela erva venenosa da família que de algum jeito tende sempre a dar errado.

Há anos que eu não consigo sorrir, nem encontrar sentido na vida, é como se eu estivesse viva, mas morta, porque eu não tenho ânimo para viver.

Talvez a morte não seja lá todo o mal, dizem que ela acontece quando o corpo desliga e você simplesmente apaga. E se meu corpo já tivesse sido desligado, mas eu insisto em continuar aqui andando, vagando de um lado para o outro sem rumo algum?

Existem marcas tão profundas dentro de mim, que nunca cicatrizaram, essas feridas sangram todas as noites e não há curativo que estanque esse sangue. 

O meu problema nunca foi o viver, eu até queria encontrar razões para viver, mas para isso acontecer é matar a dor e para matá-la que existe dentro de mim eu só tenho uma escolha e para isso eu precisarei sacrificar minha vida.




** A história pode conter gatilhos para pessoas que estejam sensíveis, mas vale lembrar que antes de qualquer ponto final o melhor a se fazer é colocar um ponto e vírgula e continuar a escrever a própria história. Se precisar converse.**

O intuito da história é mostrar que sempre é possível recomeçar.

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**Plágio é crime e não autorizo repostar sem prévia autorização.**



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