Capitulo 7

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Já se aproximava de minha casa. Olho para Christopher que está em silêncio, dirigindo atentamente. Para quebrar aquele gelo, tento falar algo. Na verdade, era necessário esclarecer o que havia acabado de acontecer.

— Você foi a coisa mais improvável que havia de me acontecer nessa manhã. —  afirmo.

— Devo confessar, para mim também. Aliás, é meio dia, vamos almoçar. —  ele olha para mim, com um sorriso singelo nos lábios.

— Isso não é um encontro, não é? —  Perguntei desconfiada.

— Claro que não! —  fala num tom mais alto.  — Vamos dizer que somos amigos, amigos...que fazem sexo ? Eu quero fazer isso com você novamente.

Fico surpresa, ele é bem direto pelo que posso notar. Abro minha boca, fecho novamente sem saber o que responder. Depois de assimilar o que ele queria dizer, consigo responder.

— Claro, amigos. Existem amigos assim, não é mesmo ? Já tenho namorados de mais para me preocupar. —  dou nos ombros, cansada de pensar nisso.

Seguimos em direção a um restaurante escolhido por ele. No trajeto, olho para a música que passava. Um hip-hop com letras meio que incompreensíveis. Ouso mudar, escolhendo um pop . Ele me olha de canto, começo a cantar animadamente a música de Selena Gomes que tocava.

— Você canta mal !—  ele provoca, segurando o riso.

— Como ousa ?—  levo a mão ao peito, fingindo estar indignada.

Caímos na gargalhada. A companhia de Christopher está sendo leve, agradável. Percebo que ele seria um bom amigo, um ótimo amigo na verdade, levando em conta uns detalhes mais...íntimos.

Chegamos a um restaurante. Sentamos em uma mesa escolhida por ele e escolhemos o prato. Conversávamos sobre inúmeros assuntos, ele fala sobre ser filho único e que tinha uma prima muito próxima que considera uma irmã. Já eu, conto sobre ser criada por meu pai e passar por situações difíceis, mas não dei mais detalhes, isso dói de mais para ser tocado.

Provando um bom vinho e atenta a conversa , meu telefone toca. Percebo que é Alessio novamente. Olho para o telefone pensativa, quando escuto Christopher falar.

— Não vai atender ?—   perguntou enquanto leva a taça até os lábios.  — Um dos seus...namorados ?

— Sim !—  respondo sem pudor algum, somos amigos.

— Pode atender.—  afirma, despreocupado.

Sei que Alessio liga para conversar, isso faz com que conversamos muito e ainda não estava minha casa para lhe dar a devida atenção. Mas não poderia evitar. Levo o telefone ao ouvido, atendendo prontamente.

— Oi ...—  começo.

“ Está tudo bem ? Aconteceu alguma coisa que eu possa ajudar ?”  está preocupado, começo a me sentir mal novamente.

— Está tudo bem. O meu dia está muito...corrido. não consegui falar contigo.

“ Sinto saudades de conversar contigo. Também fico preocupado. “ 

— Desculpa a ausência. Prometo recompensar essa falta. — ao falar isso, olho para Christopher e ele me observa atentamente. Sinto meu rosto corar.

É estranho estar falando com alguém, quando o homem que acabei de fazer sexo está a minha frente. Porém, me tranquilizo por saber que jamais estabeleci regras tão rígidas sobre Alessio, apenas que sejamos solteiros e livres para viver qualquer tipo de relacionamento.

Conversei um pouco mais e logo desligo o telefone. Respiro fundo e pego a taça de vinho, tomando um gole caprichado. O olhar analítico de Christopher me deixou constrangida, meu rosto queima feito brasa.

— Preciso ir. Tenho muita coisa para resolver. — pego o guardanapo, levando aos lábios. Vejo que ele pede a conta.

Saímos do restaurante e ele segue para meu endereço. A volta vou um pouco estranha, dessa vez ficamos em silêncio, cada um preso em seus próprios pensamentos.

— A família de Claire é realmente difícil. Espero que consiga amenizar esses...atritos. —  ele quebra o silêncio.

— Você os conhece a muito tempo ? Não sei se consigo lidar com isso. — desabafo com sinceridade.

— Desde a faculdade. Que eu não conclui, aquilo é muito chato.

— Para você que não precisa, tem opção. — Ironizo.

— Ser herdeiro não é tão fácil como imagina, meu pai é um verdadeiro opressor. — ele ri.

— Tadinho, estou com muita dó de você por ser um herdeiro sofredor.

Ele gargalha, sou contagiada por sua risada e acabo rindo junto a ele. Christopher é divertido, brincalhão e cheio de ironias que as vezes pode irritar. Talvez eu consiga lidar com isso, como um amigo.

Quando o carro parou em frente ao prédio de cinco andares que morava. Olho para ele, abro um sorriso , agradecida por ele ter salvado uma manhã de domingo que achava que seria um desastre.

— Obrigada Christopher. — agradeço de coração.

— Não precisa agradecer. Somos amigos não é ? — piscou o olho e eu desmancho com aquela ação. Que lindo.

Desço do carro apressada. Melhor ir embora por que aquele sorriso já está me causando sensações na qual devo controlar. Entrei no meu apartamento, esta silencioso e vou direto ao meu quarto a fim de um banho.

Mas antes, olhei para o meu celular e lá estavam inúmeras mensagens de texto vindas de Taylor. Respiro fundo abro sua conversa, lendo cada uma delas.

“ Megan, eu agi errado. Devo assumir, não lhe dei a razão necessária mas já conversei com minha irmã sobre isso. “

Reviro os olhos, não faço a mínima questão de ver essa irmã dele novamente.

“ Me responde Megan, vamos conversar. Me manda o seu endereço. Já passou da hora de saber onde você mora. “

“ Eu já liguei inúmeras vezes e você não atende. Sei que está chateada. Mas mereço uma oportunidade para conversar. “

Digitei uma resposta, que não estou a fim de conversar agora. Preciso de um tempo para pensar e que não me pressione. Realmente preciso reorganizar meus pensamentos, estar bem comigo mesma para enfim fazer bem as outras pessoas. Então farei isso, em relação a Taylor e sobre Alessio, verei ele. Gosto do seu carinho, da sua forma romântica e doce. Um homem alto, forte, tem descendência francesa. Naturalizado italiano, parece ter um coração imenso.

Entro no banho, sinto a água morna escorrer por minha pele. Fecho os olhos, apreciando a sensação e de imediato, recordo de algumas horas atrás. A voz de Christopher parece sussurrar em meu ouvido, a água que escorre lembra seus toques e quando lembro da sua feição quando estava prestes a gozar, percebo que estou excitada novamente. Não consigo resistir , me toquei deliciosamente. Sei que farei isso, diversas vezes ao lembrar dele, não irei resistir.

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