O homem é um riquinho típico. Com uma camisa social de botões e bermuda. Olho de cima a baixo e arqueei uma sobrancelha sem entender essa aproximação.
— Que loirinha mais linda. — o tom de voz demonstra malícia.
— Sai fora !
Afirmo dando as costas, mas sinto a mão dele em minha cintura. Nesse momento, um gatilho em mim é ativado. É diferente do consensual e do que não é. Lembro de quando era adolescente e os amigos do meu pai passavam a mão em minha cintura ou em minha cocha. Ele não fazia absolutamente nada. Um simples toque que eu não permita, é sentindo com certa dor.
Empurro sua mão, me afastando assustada. Os olhos arregalados, coração acelerado e o homem insiste dando alguns passos a frente.
— Qual o seu nome princesa ?— perguntou.
Entrei em um universo, como se ali não fosse a corrida de carros. Mas sim, a sala velha e bagunçada da minha antiga casa. As garrafas de cerveja espalhadas e um cinzeiro cheio de bitucas de cigarro amassadas. Era possível até sentir o cheiro do lugar. O homem oferece um copo de bebida, estou paralisada e nesse momento, vejo Christopher empurrado.
— Sai de perto dela. — grita.
— Tá incomodado Russell ?— ele gargalha.
Sai do meu transe e olhei para os lados. Todos estavam olhando, Christopher segura a gola da camisa dele a ponto de dar o soco mas os organizadores do lugar tenta o deter. Engoli a seco, dando passos para trás, estava cambaleando pois foi uma sensação muito forte e dolorosa que a muito não sentia.
Sai apressada, empurrando as pessoas que olhavam com curiosidade. Passando por elas apressada e desesperada. Não quero ser o centro das atenções, talvez ele diga que eu deu bola, como meu pai falava : Eles fazem isso por que você provoca. Seria dessa forma. Chego às escadas, descendo e quase chego a cair.
— Megan! — Christopher grita.
Ele vai me julgar, eu sei! Meu pai me julgava, ele fará o mesmo.
Essa frase se repetia em minha cabeça constantemente, meu trauma foi ativado com sucesso.
— Hey...calma. Megan, espera! — Christopher me alcança. Segurando em meus ombros e fazendo virar a sua frente.
— Não fui eu. Não é culpa minha, eu juro. Acredite em mim !— estou tremendo.
Quando conhecia alguém, que chegava de forma involuntária. Chegando a um tipo de relação que seja através de uma conquista, com um sentido normal da coisa, eu consigo lidar. Mas quando me invade, me toca, sem que eu permita, a minha infância vem a tona.
— Calma, eu sei que não foi você. Por que diz isso ?— ele me olha, confuso e analítico.
— Não provoquei ele. — não estou chorando, estou seria e de olhos arregalados. É dessa maneira que entro em crise. Ele parece entender o que está acontecendo através do meu estado.
— Claro que não. Ele é um idiota, faz isso com muitas garotas. Uma mulher linda como você, sem dúvidas chama a atenção até usando um jeans e camiseta.
Olho para ele, observando seu rosto com atenção. Consigo me acalmar pouco a pouco, suas palavras conseguem me passar uma tranquilidade, leveza. Me tirando um fardo que levo por anos, sendo culpada por ser assediada.
— Está tudo bem agora. Podemos ir embora, se preferir . — beijou minha testa, passa as mãos em meus cabelos.
— Por favor !
Com um dos braços, envolve meus ombros. Caminhando em um abraço seguindo para o seu carro. Minha respiração já está normalizando, quando chega ao local onde esta estacionado, cuidadoso, abre a porta para que eu entre.
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ELA É INSACIÁVEL
RomanceMegan Reese é uma garota batalhadora. Com uma infância difícil, passou por situações que lhe trouxeram traumas. Isso ocasionou em um hábitos distintos. Ela procura se satisfazer através do sexo. Mantém dois relacionamentos secretos, Taylor e Alessi...