capítulo 4

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Depois de algumas horas fazendo algumas ligações, tentando descobrir algum rastro dos responsáveis, Levi faz um sinal da porta da boate, vou até lá entrando pela porta da frente.

- Achamos isso - Levi me entrega uma pistola XDM Elite, enrolada em um pano, pego para analizar-la mais de perto, com símbolos moldados a prata com as siglas M.Z. no cabo - achamos jogada no chão onde estava as bebidas, e as armas encomendada pelo governo.

- não sei quem foi o responsável - diz Hanji descendo as escadas se direcionando a nós - mas ele sabia muito bem onde estava o dinheiro das apostas e as armas também, tem salas de manuseamento de prazer que valem milhares de Dolores, e não foram tocadas, eles vieram atrás de coisas específicas - acresenta ela.

- não sabemos se foi uma gangue, facção, mas agora eles estão armados até os dentes - diz Levi se posicionando - alguns funcionários falaram que eles começaram a atirar depois que eles roubaram as armas - Levi acende um cigarro.

- então eles firezam isso de propósito ? Será que foram os do Sul ? - Hanji saquea o maço de cigarro de Levi.

- fomos grandes aliados, eles são os mais prováveis de serem os culpados por este acontecimento.

O problema não é só esse, é que esses armamentos foram a maior remessa de armas que fizemos, ela ia ficar aqui hoje e de madrugada elas iriam ser exportadas, o cabeça do esquema sabia o dia e a hora, isso não foi coincidência.

- então temos um traidor entre nós ?

- provável - Levi tira a mão de Hanji de seu ombro - podemos aumentar a segurança das boates, o que acha ?

- quero que a segurança das boates não sejam visíveis, quero que fique como se nem tivéssemos feito nada, mas quero seus informantes em toda a cidade, e que me mantenha informado de tudo e todos - os dois afirmam com a cabeça - vocês tem a visão das câmeras ?

- não - responde Hanji dando um trago no cigarro.

- não ? - Levi diz olhando pra ela.

- eles não estavam sozinhos, na hora da invasão as câmeras foram desligadas, eles tinham informantes por todos os lados e pelo visto aqui dentro também, sem conta que três funcionários sumiram com a chegada da invasão - responde ela.

- tem mais traidores do que achávamos - Levi da um trago.

- agora vão, quero vocês amanhã à noite para a segurança do escritório, os apoiadores e novos compradores vão estar reunidos lá e líderes de outras máfias também - os dois afirmam com a cabeça e se viram pra ir embora.

Saio da boate, indo até o carro que me esperava fora da boate, a tarde estava caindo dando uma coloração alaranjada e com um leve rosado, coloco a mao na maçaneta, mas antes de entrar fico alguns segundos apreciando esse céu, o mesmo céu que olhava quando era mais jovem, o mesmo que olhava antes de entrar para a escuridão dela.

Entro no carro e o motorista acelera para a próxima reunião de negócios. vou até a empresa que fica em Piaseczno um pouco distante de Varsóvia, nossa aliança que temos do governo nos protege e mantém a nossa empresa de pé, eles são a base de tudo e principalmente, o dinheiro, onde tem dinheiro demais, envolve mortes demais.

Depois de meia hora na estrada chego ao escritório vendo Mery na bancada a
onde organiza alguns papéis, que ao me ver abre um sorriso confortante.

- Olá meu pequeno, como foi lá?

- foi um pouco estressante, não achamos os responsáveis, e eles roubaram todas as armas, poderia me passar alguns contatos de alguns investigadores por favor.

- é claro.

- aquele lugar vai ficar fechado até a segunda ordem.

Entro no escritório tirando o sobretudo o joga em cima de uma poltrona de couro preto.

Vou até a frente da mesa vendo alguns documentos das produções, solto um suspiro mechendo no cabelo, até sentir duas mãos entrelaçar meus ombros os acariciando.

- faz tempo que você não liga pra mim - diz Lorena numa voz dengosa.

- eu tive algumas coisas pra resolver - viro para ela - já disse pra você não entrar aqui sem avisar.

- eu sei mais o meu impulso fala mais alto - Lorena me beija suavemente na maçã do rosto, viro a cadeira puchando sua cintura para baixo a fazendo se sentar em meu colo, por um momento penso em fazer besteira, mas os pensamentos repetitivos ficam em minha mente, não sinto mais o amor que sentia antes, nem os prazeres, nem sequer a sua presença, que até um tempo atrás queria o tempo todo.

A tiro suavemente de cima de mim, que sai sem protestos, me Levanto pegando meu sobretudo o colocando, um silêncio na sala se alastrava com a escuridão que tinha conosco.

- Erwin ?

- desculpa eu só.. - vou até a porta abrindo uma pequena brecha - não estou afim.

Pego o elevador indo ao estacionamento, onde minha Audi R8 preta estava. Entro nela sentindo uma fraqueza pelo corpo, preciso de algo para beber .
Ao chegar em casa abro a porta indo direto ao meu quarto, tirando os sapatos, a blusa, o relógio e algumas armas brancas que tinha no tornozelo, vou até o canto do quarto que tinha uma pequena estante de bebidas, pego um vinho italiano que nunca sei o nome o colocando na taça, bebo igual água, mas que logo me alivia.

Olho para a caixa de veludo vermelho que deixava no fundo da estante, a pego a colocando em cima da mesa, destravo a tranca fazendo um leve clik, levanto a parte de cima mostrando um colar de uma corda preta simples que tinha como joia central uma grande pedra verde.

Olha aqui, qual é o seu problema?

A voz da garota que trombou comigo veio sem muita explicação. Solto um ar de desdém.

- quem você pensa que é garota..

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O sol se põem dando espaço a escuridão dando destaque as luzes da cidade, atravessando a ponte que leva uma parte da cidade a outra. Sinto o meu celular vibrar no meu bolso quebrando minha atenção, pego vendo que é ele ligando novamente.

- eu já tô indo Zeke não se preocupe, e dessa vez não estou de mãos vazias.

♣️  _  Erwin The Black Merchant  _ ♣️Onde histórias criam vida. Descubra agora