07 capítulo

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Rio de janeiro 🗾
Santos🎈

Depois daquela noite nunca mais vi a morena, mas tava louco pra esbarrar nela e fazer ela engolir aquele dinheiro que ela tinha deixado junto com uma carta pedindo pra eu esquecer o que tinha acontecido. Mó coisa brega pô, ela não sabia aonde tava se metendo quando fez aquilo, disso eu tenho certeza.

Passou uns dois meses depois daquilo mas era aquela, vida que segue, porém as vezes pensava nela. Uma coisa que era rara acontecer, pensar em mulher.

O que aquela maluca tinha feito comigo?

Jota: Chefe! - jota entrou apressado na sala.

-Que isso pô, virou bagunça agora? - olhei pra ele irritado.

Jota: Lembra da amiga da Laís? Mayra sla , a mina que pedi pra você ficar de olho? - diz me atropelando, ignorei totalmente o jeito do jota e apenas afirmei que sim com a cabeça - Tá grávida.

- E o que eu tenho haver? - fiz pouco caso do que ele falou pegando, mas confesso que fiquei incomodado.

Jota: O filho é teu irmão. - ele falou olhando pra mim preocupado.

Fiquei sem reação na hora. Não tem como eu ter um filho!

Olhei incrédulo pra ele é logo balancei a cabeça, lembro de ter usado preservativo na hora h.

- Não tem como ser meu. - na mesma hora que falei vi um envelope sendo jogado em cima da mesa.

Jota: Tem o teste, é teu mermo mano. - abri o envelope e vi o exame de DNA, como ele tinha conseguido essa poha? Também não sei. - Como tu conseguiu cair no mesmo erro?

- Caralho de novo não fi. - falei colocando a mão na cabeça.

Jota: Cara como tu não usa proteção? Tava loucão? - jota fala andando de um lado pro outro. - E agora? A Laís falou pô, que a mina vai cuidar do bebê sozinha.

O jota começou a falar, falar, falar e falar. O cara parecia mas preocupado que eu. Mas eu entendia.

A mó cota atrás, pouco antes de ter assumido o comando do morro, acabei me envolvendo com uma mina aqui mermo da comunidade e acabou que ela engravidou. Fiquei meio pá por que só tinha ficado umas três vezes no máximo com a ela, mas ainda assim assumi a mina.

Tava tudo na paz, os oito meses de gravidez foi de boa e eu sempre acompanhado as coisas de perto.

A minha vida tava fluindo no mermo pique. Posso dizer parça sempre quis ser pai então pra mim foi um presente.

Mas tava muito de boa isso tudo, tinha que dá errado. No começo do oitavo meses a bolsa estourou, e meu filho nasceu prematuro. Só que isso também tem seus lados ruins, o bebê acabou tendo uma parada cardíaca e faleceu.

Com a morte do bebê tudo mudou, isso mexeu muito comigo e a mãe da criança entrou em um estado de tristeza profunda tlgd?

Mesmo depois do que aconteceu fiquei do lado dela mas ela não melhorava. Era o tempo todo enfurnada em um quarto, eu não sabia o que poderia fazer pra ajudar. Minha mãe ajudou bastante também a cuida dela.

Depois de um tempo a mãe do bebê achou que era melhor se afastar de tudo que lembrasse o filho e foi viver fora.

Fiquei mó mal com isso também mas mantive firme. Só que aquilo tudo foi um trauma muito grande.

Jota: Vai fazer o que agora?

- Só trás a Laís aqui.

Troquei um papo com a Laís e ela falou tudo que tava ocorrendo.

Fiquei sabendo de como ela tava, como ela reagiu a isso.

Mermo depois de descobri da situação, me mantive afastado depois de confirmar os bagui, queria que ela me procurasse. Mermo sabendo que ela não ia, mas ainda sim coloquei uns mano meu na cola da mina, era arriscado deixar ela sozinha com tantas pessoas querendo minha cabeça, mermo ninguém sabendo de nada.

E foi assim por três meses.

Vick: Eae patrão a Mayra tá no morro. - Vick entrou na sala. - Tá com um barrigão da porra.

- Tá com a Laís? - ela concordou com a cabeça. - Vou brotar lá pô, tá na hora de mandar o papo pá nega lá.

Vick: Acha que ela vai concordar com a aproximação? - disse puxando a cadeira pra sentar - A Laís falou que ela não queria envolver o filho dela em problema.

Eu tô ligado, a preocupação dela tá mais que certa, mas eu vou assumir minha obrigação e não vou deixa qualquer um tomar o meu lugar como pai.

Desde novo sempre ouvi que homem de verdade é aquele que honra com tuas responsabilidades.

- Ela não tem querer não pô, ela não fez com o dedo. - falei pegando um baseado na gaveta.

Vick: Ta mec então patrão, quando for sigo tu. - saiu da sala.

(...)

Era domingo ainda, tava mó cansado. Nem consegui dormir direito pensando na morena barriguda lá, mermão ela continua do mermo jeitin perfeita ainda mais com aquela barriga.

Tava na boca resolvendo uns assuntos do último carregamento quando a Laís entrou na maior ignorância.

- Que isso pô? Virou cabaré essa porra só pode. - falei mantendo a postura.

Lais: Tava querendo falar o que comigo Santos? - falou cruzando os braços.

- Passa o endereço da morena ae pô. Vou ir trocar ideia com ela hoje.

Lais: Tu tá ligado que ela não é igual tuas putas não né? - olhei pra ela concordando- Cara sei como tu é, conheço você desde de criança. Se for falar com ela pra ofender a menina pode continuar do jeito que tá mesmo você aí e ela lá.

- Fica tranquila, só passa o endereço.

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Além do tráfico (morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora