Capítulo 2

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Porschay se olhava no espelho, admirando sua aparência. Se sentia bonito.
Seu coração batia no peito e a poção feita naquele mesmo dia pesava em seu bolso. Estava hesitante, mas situações desesperadas pediam medidas desesperadas.

Ele só iria dar um empurrãozinho na relação dele e de Kim. O que poderia dar de errado?

O sonserino se virou de costas para o espelho de seu quarto e caminhou até a porta, a abrindo e saindo por ela. Andou até a sala comunal e viu que já estava bastante cheia, tanto com os alunos da sonserina, quando os de outras casas.
Porschay procurou por Kim, mas não o encontrou. Seus colegas de time estavam perto das janelas, onde podiam ver o lago negro.
Ele se aproximou e pode ver que Pete já estava ali.

Pete era um lufano do sétimo e último ano, namorado de Vegas, que estava no sexto ano.
Em teoria, Pete deveria ser fofinho, e ele realmente era mas, quando se irritava, até o mais assustador sonserino, e o mais corajoso grifinorio, sentiriam medo dele.

Pete estava de pé ao lado de Vegas, que agarrava sua cintura.

- Eai, gente. - Porschay cumprimentou, vendo os amigos de casa e Pete o cumprimentarem. - Do que estavam falando?

- Vegas estava sendo um chato com os meninos, os lembrando que eles tem que dormir cedo. - Pete respondeu, vendo Vegas o olhar indignado.

- Eu não sou chato! - Vegas brigou.

- Nem um pouco. - Pete debochou, rindo e bagunçando os cabelos do namorado.

- Dorme comigo hoje? - Vegas perguntou, abrindo um sorriso malicioso para o namorado.

- Ah! Se você for dormir com ele, lembrei de usar o Abaffiato. - Ken instruiu. - Da última vez, vocês esqueceram, e toda a comunal acordou com os gritos do Pete.

- "Ah, Vegas, vai, mais forte!" - Time imitou Pete, fazendo todos no grupo, menos o casal, rirem.

- Vegas, você deve ter um basilisco dentro das calças, quase que mata o pobre do Pete. - Porschay entrou na brincadeira, vendo Pete ficar cada vez mais vermelho e cada vez as risadas aumentarem mais.

Pete pôs as mãos no rosto, se escondendo de tanta vergonha. Vegas olhou irritado para os colegas de time.

- Por que vocês não enfiam o dedo no cu e.. Venice?

Todos viraram suas cabeças na direção que Vegas estava olhando. Os primos Theerapanyakul, juntamente de Porsche e Tay, haviam chegado.
Juntando todos os primos em um ambiente só, toda a atenção era somente deles. Por serem uma família puro sangue e bastante antiga, influente e rica no mundo bruxo, além de todos serem extremamente bonitos.

E havia Venice, o mais novo da família Theerapanyakul. Tinha 11 anos e havia entrado àquele ano em Hogwarts, sendo o grande destaque na seleção das casas.

Grande destaque porquê, na hora que ele foi ser selecionado, o Chapéu Seletor disse, em alto e bom som, que ele iria para Sonserina. Mas, ao invés de ir para a casa selecionada, ele foi para a mesa da Corvinal e se sentou ali.

- Quero ver quem vai me tirar daqui, eu quero ser da Corvinal, então eu vou ser da Corvinal! - Foi o que ele disse no dia.
E, como ninguém o impediu, ele agora era da Corvinal.

- Venice, o que você está fazendo aqui? - Vegas perguntou, assim que os primos chegaram perto o suficiente para ouvi-lo.

- Vim pra festa. - Venice respondeu.

- Tankhun! - Vegas olhou irritado para o primo mais velho. - Por que você o trouxe com você? Eu te falei que não é pra você levar ele pras festas nas comunais!

Amortentia - MacauChayOnde histórias criam vida. Descubra agora