Capítulo 4

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Porschay estava estático em cima de sua vassoura, olhando surpreso para Macau. Podia sentir os olhares de todos os alunos, professores e colegas de time sob ele, todos fazendo uma pressão gigantesca nele para que falasse algo.

Sem pensar muito, Porschay levou sua mão até a sua garganta, murmurou um "Sonorus", um feitiço amplia e aumenta sons e vozes.
E quando Porschay falou novamente, sua voz estava tão alta quanto a de Macau, que usava o microfone para falar.

- Macau, você não está bem da cabeça. É melhor parar antes que você se arrependa! - Ele instruiu, procurando as melhores palavras para dizer aquilo, e ocultar que ele havia dado à Macau, sem querer, uma poção do amor.

- Você consegue conjurar feitiços sem a sua varinha? - Macau perguntou, ignorando a fala de Porschay, o olhando com um sorriso ainda mais apaixonado. - Meu garoto é tão incrível!

Porschay sentiu seu rosto esquentar, tanto por Macau o ter chamado de "seu garoto", quanto pelo elogio e os olhares surpresos e admirados de seus colegas.

Conjurar feitiços sem a varinha era algo que Porschay vinha treinando desde o primeiro ano, e finalmente estava conseguindo essa façanha com feitiços simples, mas continuaria para que pudesse fazer com feitiços mais complexos.
A surpresa de todos era compreensível, pois, somente bruxos bastante poderosos conseguiam aquele feito. Em escolas como Uagadou, na África, e Castelobruxo, no Brasil, - que eram escolas mais antigas que Hogwarts e as outras -, os alunos eram ensinados sem a varinha, que fora uma invenção européia. Os bruxos dessas escolas eram extremamente poderosos, e conseguiam canalizar sua magia nas mãos, diferentes dos bruxos do resto do mundo.

- Macau, não mude de assunto. Você está apenas confuso, vamos voltar para o jogo. - Porschay pediu.

- Eu não estou confuso, Chay, eu amo você! Por Merlin, namora comigo! Eu não aguento mais ver você todos os dias e não poder ter você pra mim. - Macau se declarava, praticamente implorando para que Porschay aceitasse ser seu namorado.

Ele tinha certeza que, quando o efeito da poção passasse, Macau iria sentir tanta vergonha do que estava fazendo.

Porschay olhou ao redor, vendo que todos o olhavam com expectativa. Ele iria aceitar ou não o pedido de namoro?

Ele não queria aceitar, obviamente, não gostava de Macau desse jeito. Mas estava sob pressão, e não queria que Macau sofresse a humilhação de ser rejeitado já frente de toda a escola.

Então, pensando no melhor para Macau, Porschay suspirou.

- Ok, Macau, eu aceito namorar você!

Em seguida, todos nas arquibancadas fizeram barulho. Aplausos e gritos eram ouvidos.

- Porra, eu não acredito! Eu te amo, Chay! - Macau dizia, com um sorriso nos lábios.

Porschay estava tão vermelho, com tanta vergonha, só queria sumir dali, se esconder em uma caverna e não sair nunca mais!

Um brilho chamou a atenção do sonserino, ele olhou e viu que era o pomo de ouro.
Mais que rápido, Porschay voou atrás da pequena bola e a capturou, sem nem dar chance do time adversário interferir.

- Me da aqui, Cau. - Pete disse, tomando o microfone do cunhado. - Porschay captura o pomo, isso deixa a Sonserina com 200 pontos, 120 pontos à menos que a Grifinoria. Portanto, Sonserina é a vencedora desta partida!

Houve ainda mais aplausos, dessa vez vindo dos sonserinos, corvinos e lufanos, os grifinorios estavam chateados por terem perdido, e também bastante irritados com Macau por não ter impedido Porschay de pegar o pomo.

Minutos mais tarde, no vestiário, Porschay havia acabado de trocar seu uniforme de time para uma roupa normal, já que era sábado e não teria aula, ele não precisaria usar o uniforme da escola.
Porschay nem percebeu quando alguém pulou em cima dele. Quando olhou, viu que era Macau.

Amortentia - MacauChayOnde histórias criam vida. Descubra agora