Amortentia - MacauChay

Capítulo 11

Porschay estava sentado à mesa da Sonserina, no café da manhã.

Todos estavam comendo, rindo e conversando, comemorando o fim das aulas e que finalmente iriam para casa. Alguns comentavam sobre como os N.O.M.s haviam sido difíceis, e que estavam aliviados por ter terminado.

As notas dos N.O.M.s haviam saído alguns dias depois que o exame foi prestado, e, para a alegria de Porschay, ele havia tirado O em sete matérias, E, em quatro e A em apenas uma. O que significava que ele conseguiria, a partir do próximo ano, começar à estudar para ser Auror.

E, claro, não foi surpresa para ele quando descobriu que Macau havia tirado O em todas as matérias, se sentiu muito orgulhoso dele. Ele iria conseguir fazer Magizoologia no próximo ano.

- Porschay! - Ele sentiu um tapa em sua cabeça, vindo de Vegas. - Tá surdo, garoto?

- Desculpe, estava distraído. - Porschay se desculpou, tentando prestar atenção no que Vegas falava, mas logo estava com a cabeça longe novamente.

Os olhos de Porschay correram pelo Grande Salão. Ele se sentiu nostálgico. No início do ano, seus olhos foram imediatamente para a mesa da Corvinal, olhando e admirando Kim, porém, agora, seus olhos focavam Macau, na mesa da Grifinoria, que fazia graça para os amigos e colegas rirem. Porschay sorriu.

Macau olhou em sua direção e mandou um beijo para ele, acenando logo em seguida. Porschay fez o mesmo.

Mas seu sorriso logo morreu. Porschay havia parado de preparar a Amortentia e dado para Macau há alguns dias, estava apenas esperando o efeito dessa última passar.
Ele estava decidido, iria livrar Macau de seu encantamento. Ele só esperava que Macau ainda quisesse, pelo menos, ser seu amigo depois de descobrir o que fez.

Seu estômago embrulhou com a visão de Macau e Nop voltando à namorar, eles sendo felizes juntos, enquanto Porschay sofreria por perder seu amor.

Mas era o certo à se fazer. Porschay aprendeu que, quando se ama, você quer ver a pessoa feliz. E se a felicidade de Macau não for Porschay, e sim, Nop, ele ficaria feliz também.

O café da manhã terminou e, depois do diretor se despedir e desejar boas férias, todos os alunos caminharam para fora do castelo.

Porschay pode ver Vegas grudar em Pete. Pete estava no sétimo ano, ou seja, no ano seguinte, não estaria mais em Hogwarts, o que quase deixou Vegas em depressão, mas Pete o acalmou dizendo que seria só um ano; Vegas iria para o sétimo ano e, depois, eles poderiam ficar juntos novamente. Além de Pete prometer enviar diversas cartas para o namorado.

Ele também viu Kim e Charles andando de mãos dadas pelo campo até a estação onde pegariam o trem. Eles eram fofos juntos.
Porschay soltou uma risada quando notou Venice vindo até eles enquanto equilibrava no ar suas malas, sem o auxílio da varinha, deixando não só seus colegas, como os mais velhos impressionados. Ele havia treinado muito durante aquele ano e agora estava conseguindo fazer alguns feitiços sem a varinha, até mais que os que Porschay sabia fazer em seu primeiro ano, deixando Porschay muito orgulhoso dele.

- Oi, cobrinha. - Macau o cumprimentou, o abraçando assim que chegou perto o suficiente. - Você tá bem?

- Tô. Por quê?

- Porque eu tô reparando em você a manhã toda, e você não parece muito bem. - Macau comentou, o olhando com preocupação. - Tem algo errado?

- Não é nada. - Porschay garantiu, dando um meio sorriso para Macau e um beijo em sua bochecha. - Só tô quieto hoje.

- Entendi. - Macau assentiu. - Preciso falar com você.

- Sobre? - Porschay perguntou.

Antes que Macau pudesse falar, Kim e Charles se juntaram à eles, e os três começaram à conversar, fazendo planos para o verão, alguns programas de casais que eles poderiam fazer juntos.

- Já que vocês dois são puro-sangues e não conhecem muito o mundo dos trouxas, Chay e eu podemos levar vocês para conhecer um Shopping em Londres, o que acha, Chay? - Charles sugeriu.

- O que é um Shopping? - Macau e Kim perguntaram, muito interessados e tombando a cabeça para o lado, com o olhar confuso.

Charles e Porschay rirem, tentando explicar o que era um Shopping para os dois primos. Quando o trem chegou, todos os alunos subiram e Porschay, Macau, Kim e Charles ficaram na mesma cabine. Porschay deitou no banco, ficando com a cabeça no colo de Macau.

Ele ficou a viagem toda assim, o admirando enquanto ele conversava com Kim e Charles, e deixava um carinho nos seus cabelos e, de vez em quando, deixava beijinhos pelo seu rosto.

[...]

Em algum momento Porschay adormeceu e só acordou quando já haviam chegado à King's Cross, com Macau o chamando e acariciando seu rosto, fazendo cócegas.

- Oi. - Porschay disse assim que abriu os olhos e notou que só havia ele e Macau no vagão, as malas de Kim e Charles tinham sumido.

- Já chegamos. - Macau anunciou.

Porschay se sentou e se espreguiçou, Macau tentou se levantar e quase caiu, fazendo Porschay rir.

- Minhas pernas estão dormentes. - Macau anunciou, olhando para Porschay com um olhar acusador. Ele havia ficado na mesma posição por horas, para que, assim, não acabasse acordando Porschay.

- Desculpa. - Porschay pediu, levando as mãos até as pernas de Macau, apertando e fazendo, aos poucos, o sangue voltar à circular por ali.

- Vamos. - Macau chamou, se levantando e pegando as suas malas e, depois, as de Porschay, entregando-as para ele.

Macau estava saindo do vagão quando Porschay segurou seu pulso.

- O que foi? - Macau perguntou se virando para Porschay, se surpreendendo quando ele o abraçou fortemente. - Chay?

- Me desculpa, Cau. - Porschay pediu com a voz embargada. - Me desculpa, mesmo.

- Desculpar? Chay, do que você...

Foi muito rápido o que aconteceu em seguida: Porschay murmurou o contra feitiço, aquele que libertária Macau do efeito da poção. Em seguida, o empurrou, o fazendo cair no banco. Porschay pegou suas malas e correu para fora do vagão, esbarrando em Nop, que o olhou sem entender, mas Porschay saiu correndo para fora do trem.

Ao sair, se deparou com várias crianças e pais se encontrando e se abraçando. Ao finalmente encontrar sua mãe e Porsche, foi até eles.

- Chay? - Honey perguntou ao ver o filho vir até ela com o rosto molhado de lágrimas. - Amor, o que foi?

- Maninho? Por que você tá chorando? - Porsche perguntou.

- Eu quero ir embora! - Porschay pediu, aos prantos.

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depressão 😭 meu chay só sofre nessa fic

o próximo cap é o último 🥺 mas vamos ter um plot twist que ninguém esperava (eu achokkk)