É manhã e o sol forte invade os vidros da porta e das janelas, meu corpo casando se arrasta até a cozinha clamando por um café ou um refeição que seja para me manter de pé, pernas tremulas me arrastam até a cadeira e logo atrás do bloqueio de tela está uma playlist com algumas músicas que segundo alguns amigos eu não deveria escutar mas sempre fui teimosa demais para dar ouvidos a qualquer um deles, vago por redes sociais repletas de pessoas vazias e futilidades apenas para manter a aparência assim como eu tenho feito com aqueles ao meu redor com o propósito de evitar preocupações. Abro o bloco de notas tentando por pra fora tudo isso que se passa aqui dentro mas após algumas linhas sempre apago e tento de novo, insatisfeita com tudo o que tenho escrito desisto e tiro os fones, a música agora no alto-falante ecoa pela casa vazia assim como a dor dentro de mim, viro-me de um lado para o outro em busca de alguma espécie de conforto mas então uma memoria de atinge como um soco na boca do estômago, não acho posição confortável alguma pois o travesseiro não é seu colo e vento que passo pelos meus cabelos não são suas mãos acalentando meu corpo, uma enxurrada de lágrimas descem dos meus olhos por tanto tempo que chega a arder, cada memória boa ou ruim é como um soco em alguma parte aleatória do meu corpo seguida de uma sensação que não sei descrever mas sinto meu corpo querer grita e minha alma deitar para descansar. Seus carinhos agora pertencem a outro, seus lábios já não se encontram mais com os meus, seu amor não me pertence como antes, seu corpo agora pertence a outra sintonia. Me tornei pertencente dos vícios da vida, das noites em claro e madrugadas fria, pertenço a dor, angustia e agonia, pertenço mais a elas do que já pertenci a alguém um dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Confissões De Uma Mente Bagunçada
CasualeDesabafos de uma mente completamente bagunçada, embarque nesses textos encharcados de sentimentos, com muitos cigarros e bebidas.