Capítulo 21 - Eu não posso.

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Igor Volkov...

Ao chegar no portão da escola, estranhei por não haver nenhum segurança.

Desliguei os faróis do carro, e desci do veículo, caminhando até o portão.

Pensei em chamar, mas capitei um movimento atrás de uma moita.

Fixei a minha vista na moita, e vi um menino, ele era branquinho, não dava para ver mais coisas por conta do escuro.

Ele correu até o portão e me encarou.

- Você é o Igor?

Franzi as sobrancelhas e respondi a pergunta...

-Sou, e você é o Lorenzo!

Ele confirmou, e abriu o portão para mim.

- Obrigado, agora me diz onde fica a casa da diretora?

O menino aponta para uma casa, toda iluminada, e eu estranho, pelo horário.

- Você pode ir, se não vai acabar se encrencado!

- Não diz pra diretora, que fui eu que te ajudei!

- Ok!

O menino correu, e se espreitou para não ser vistos.

Fui até a casa de Violetta, e quando cheguei lá, apertei a campainha.

A porta foi aberta, e dei de cara com um par de olhos azuis, que me encararam em surpresa.

- Igor!

Respirei fundo e tentei espiar para dentro da casa.

- Eu quero falar com a Malu!

Violetta, olhou para dentro de sua casa, meio incerta, e logo a figura de Malu, aparece na minha visão.

Ela estava com a expressão dura, nem parecia a minha doce Malu.

- Vivi, pode nos dar licença?

- Claro, eu vou lá pra cima!

Violetta, nos deixa sozinhos, e Malu, faz menção para eu entrar...

- Então, o que você veio fazer aqui à essa hora da noite!

Olhei nos olhos de Malu, e eu não soube o que dizer.

Eu tinha tantas coisas para falar nos últimos três dias, mas parece que o olhar dela, me deixou travado.

- Vamos Igor, estou esperando!

- Sinto muito, Malu!_Digo a primeira coisa que vem a minha cabeça e ela me encara curiosa.

- Sente muito pelo quê?

- Eu sei que você viu aquele vídeo!

Malu, desviou o olhar dos meus olhos e esfregou as mãos uma na outra em nervosismo.

- Tanto faz, já passou!

- Não, Malu, ainda não passou porquê você nem olha na minha cara!_Altero o tom de voz um pouquinho.

- Não tem nada aver com isso!

- É claro que tem, e sei o porquê de você estar tão fria comigo!

Malu, franziu o cenho e se aproximou de mim.

- Sabe mesmo? O que é então?

Me aprofundei nos seus olhos, como se uma onda me levasse para as profundezas do oceano.

Era comonuma descarga elétrica passando por todo o meu corpo, mas eu não podia ceder.

Ela é filha do meu melhor amigo. Roger, esteve ao meu lado nos meus piores dias, não posso fazer uma coisa dessas com ele.

- Eu sinto muito Malu, mas eu não posso... não posso amar você!

Malu, engoliu a seco e eu vi os seus olhos inundarem de água.

Desviei do seu corpo e virei as costas para ela.

- Por que você não pode me amar?_Meu corpo ficou petrificado com a pergunta dela, e eu nem sequer tive a coragem de encará-la...

- Porque eu não amo você, es como uma sobrinha para mim!

Aquelas palavras doeram no fundo meu peito.

Nem mesmo eu queria acreditar nelas.

Mas era a única coisa que eu podia ser dela.

"Um tio".

- Você é nova Malu, crianças não me enteressam, é melhor você arranjar alguém da sua idade!

Uma dor intensa se aprofundou no meu coração, principais depois que eu ouvi os soluços de Malu.

- Seu pai chega amanhã, ao menos vá recebê-lo, e quanto a nós, é melhor não nos vermos mais!

Foi a última coisa que eu disse, antes de ir embora feito um covarde...

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