Capítulo 36 - Confiança.

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Maria Luiza Baumer...

Eram oito da noite, e eu estava sozinha na botique.

Resolvi dispensar as minhas funcionárias mais cedo, pelo fato de querer ficar sozinha...

A briga que tive com Igor, mais cedo me deixou desconcertada, e eu estava achando isso uma droga...

Liguei a cafeteira e fiz um café rápido para mim, me sentei numa poltrona que tinha de frente para a vitrine e fiquei observando a movimento da rua.

Escutei o meu celular vibrando, em cima da mesinha, e quando olhei vi o nome de Igor, na chamada...

Ignorei a ligação e voltei a olhar para a rua.

Tanta coisa se passava na minha cabeça, principalmente a minha conversa com Marina a duas semanas atrás...

"Igor, é mais velho e é um homem experiente!"

Marina, tem razão,a qualquer momento ele pode se cansar dessa situação e voltar a vida que ele tanto almejava...

Mais uma vez o meu celular tocou, e quando olhei dessa vez, não era Igor...

- Alô?

[...]

Igor Volkov...

Passei o dia inteiro ligando para Malu, mas ela não me atendeu...

Quando cansei dessa situação, resolvi ir para um pub, perto da empresa...

Comecei a encher a cara.

Era uma copo de whisky atrás do outro, e quando percebi que estava começando a ficar bêbado, tentei ligar novamente para Malu.

Sei que fui um cretino, mas eu não gosto nada da maneira que aquele cara olha para ela...

- Ei!_Chamei o barman, e deslizei o copo para ele encher novamente...

- Ei parceiro, já não acha que está bom, não?

- Seu trabalho é encher o meu copo, não me limitar!_Digo sendo grosso, e o barman resmunga algo que eu não entendo...

Vejo a sombra de alguém sentar ao meu lado, e quando olho essa pessoa por inteiro, o sangue fervilha nas minhas veias...

- Pelo visto você quer morrer!

Conti, sorrir debochado e eu aperto a minha mão em punho, tentando não quebrar a cara dele...

- Imaginei que você não tinha ido com a minha cara desde o primeiro momento, só não achei que o motivo fosse a Malu!_Ergueu a sobrancelhas de forma divertida, o que só aumentou a minha vontade de bater nele...

- Queria que fosse por sua causa?_Debocho. - Sinto muito, mas não sou gay!

O Conti, bufou e pediu uma dose de tequila para o barman...

- Não precisa ter ciúmes de mim com a Malu, somos apenas conhecidos e temos que conviver por causa da minha filha!

- E você quer que eu acredite nisso, por quê?

O conti, ponderou por um momento e virou a dose de tequila de uma vez, e abriu um sorriso amargo...

- Porque a mulher que eu amo, está presa atrás das grandes!

Encarei, o Conti, em surpresa e ele sorriu cínico...

- É, eu sei, parece loucura, mas eu ainda amo ela, não se esquece um amor de anos vou apenas um estalar de dedos, principalmente quando esse amor é a mãe da sua filha!

- Se você a ama, porquê esse orgulho todo?

- Porque amar, nem sempre significa acreditar, o amor não é suficiente quando não há confiança. E é doloroso amar ela!

"Confiança"

- A Malu, ama você, deu pra ver isso nos olhos dela quando fui a casa dos Baumers, naquele dia. Devia confiar nela!

Ele tem razão.

Malu, desde quando nós conhecemos, ela só mostrou o quanto era leal aos seus sentimentos...

Eu que todas as vezes dei para trás como um covarde.

Mas agora, eu não iria deixar a mulher que eu amo escapar por entre os meus dedos...

- Me empresta o seu celular!

Conti, tirou o celular do bolso e me deu, disquei o número de Malu, e no quinto toque eu escutei a voz dela...

- Alô?

- Onde você estar?

- Igor? O quê você...

- Malu, por favor, onde você estar?

- Na botique, porquê...

- Não sai daí, ta bom, eu estou chegando!

- Igor...

Desliguei o celular e entreguei de volta para o Conti...

- Valeu cara!

- Disponha!_O Conti, acenou para mim e eu sai correndo do pub...

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