A Família - Livro 03 Da Trilogia "Mudança De Vida"

Capitulo 07

Cafalha: Expressão ofensiva usada para se referir a homens sem caráter.

Vagalinha: Expressão ofensiva usada para se referir a mulheres sem caráter.

Metamorfose: Livro reilarandense do autor N. Ferdinando Andrade.

N. Ferdinando Andrade: Autor reilarandense.

Larol: Legal, maneiro, da hora, bom, bacana.

Krontall: Pétalas de flores cristalizadas; Podem ser comidas separadas; Usada para enfeitar doces e sobremesas.

Toque: Escola artística focada em música.

Jennifer Owen: Personagem fictícia, famosa por sempre correr atrás de personagens comprometidos.

Talento Juvenil: Competição musical da emissora de radio SCP.

SCP: Estação de rádio.

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A primeira semana de recesso, com meus primos na Casa Sede passou bem rápido. Felizmente, foram dias bem tranquilos, sem grandes incidentes como a cobra em minha cama ou a minha queda de cavalo.
E eu estava tão contente por ter tanta gente que eu gostava por perto.

Na terça-feira, fui com Lucas conhecer mais um pouco da Fazenda Fernandes. Na quarta e quinta, quem me acompanhou foi Paulo. O namorado da minha melhor amiga, além de me mostrar a propriedade, também estava me ensinando a dirigir. Não era tão complicado quanto eu imaginava ou quando meu pai foi meu instrutor e eu desistir. Por incrível que pareça eu estava me saindo bem. Talvez, pelo fato das estradas serem pouco movimentadas me deixava mais tranquila e segura de que não provocaria nenhum acidente.

Meus primos não foram comigo. Como Thiago havia comentado, Dudu e Nanda entenderam e não ficaram chateados por eu ter que deixar eles “sozinhos”. Mas, segundo eles, os dois se divertiam na companhia de Nathalia, Camilla, Giovanna, as crianças e o resto do pessoal.

Dudu e Nanda fizeram amizade rápida com os moradores da Casa Sede. Não foi surpresa nenhuma para mim. Apesar de Dudu ser mais tímido que Nanda, ele era dez vezes menos do que eu. Sem contar que eles eram bem simpáticos, amigáveis e agradáveis com todos.

Por causa da novena, chegávamos mais cedo dos nossos passeios pela fazenda. E, após fazermos nossas orações na capela, ficávamos conversando com os rapazes e com Flávia. Só não permanecíamos até mais tarde porque alguns deles (ou nós), tínhamos que levantar cedo no dia seguinte.

O mais engraçado de tudo mesmo era que poderíamos nos encontrar todos os dias, mas sempre tínhamos o que conversar, rir ou implicar.

O único problema que impedia que esses dias fossem perfeitos tinha nome, sobrenome e uma beleza que deixava minha melhor amiga insegura.

Barbara Gutierrez.

Ela sempre aparecia para implicar com Nathalia, se insinuar para Paulo e menosprezar o resto de nós. E eu ficava me perguntando se ela não possuía vergonha de se prestar a um papel desses. Existiam inúmeros garotos solteiros pela fazenda e vila. Por que ela insistia em Paulo? Por que teimava em querer alguém que estava namorando?

Apesar de não concordar, não tinha nada contra quem saia com diferentes pessoas sem assumir um relacionamento sério. Mas, desde que ambos estivessem cientes da situação e que fossem solteiros. Quando um dos envolvidos estivesse comprometido ou enganando outra, a situação mudava. Eles se tornavam pessoas sem caráter. Verdadeiros cafalhas e vagalinhas.

E Barbara era uma verdadeira vagalinha.

Ela estava testando a paciência de Nathalia. Eu não sabia até quando minha melhor amiga suportaria a situação. Aliás, nenhum de nós estava aguentando. Só não fazíamos nada porque poderia causar problemas maiores. E a última coisa que eu desejava era ter atenção demais em mim.