Capítulo 25

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Virginia Benson: Atriz reilarandense; Ganhou fama por ter atitudes vergonhosas e baixas.

Owhnn: Expressão que indica fofura; Que fofo, que lindo.

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Eu estava viva!

Eu estava viva! Era apenas isso que eu conseguia pensar quando revivia as imagens do acidente em minha mente. Eu estava viva!

Meu coração estava disparado e minha respiração estava irregular. Levei minha mão ao meu pescoço, que estava levemente dolorido por causa da força do impacto. Senti falta do meu cordão, com a medalhinha que meu pai me deu. Lembrava de ter colocado ele pela manhã. Olhei para o chão, encontrando o cordão.

Me virei para o lado, encontrando Paulo com a cabeça para trás. Me desesperei um pouco.

— Paulo! — chamei, inclinando na direção dele — Paulo! Você está bem?

O rapaz se mexeu, me deixando um pouco mais aliviado. Mais parecia que estava em estado de choque.

— Acho que sim. — ele respondeu.

Paulo se mexeu um pouco e notei que ele sentiu um incomodo no braço esquerdo. Ele também passou a mão na testa, onde havia um pequeno corte, mas que sangrava muito. Ele olhou para as mãos, com vestígio de liquido vermelho e fez uma careta.

— E você? — perguntou.

— Estou sim.

Abri o porta-luvas do carro e peguei a flanela. Não tinha álcool ou algo do tipo para colocar, por isso, apenas pressionei na testa dele, tentando estancar o sangue. Ele colocou a mão sobre o pano.

Percebemos a aproximação de algumas pessoas que, provavelmente passavam pela rodovia na hora do acidente. Desci do carro, assim como Paulo, assegurando a todos que perguntavam que estávamos bem.

— Acho melhor ligarmos para Antonio. — Paulo disse a mim.

Assenti, pegando meu celular, que estava no chão do carro, junto com a medalhinha. Apertei ela contra o meu peito, agradecendo a Deus por estarmos todos bem.

Disquei o número de Antonio, que chamou algumas vezes. Enquanto isso, observei as pessoas. Havia quase dez, mas que parecia aumentar aos poucos. Provavelmente, logo chegaria policiais ou ambulância.

— Alice? Está tudo bem? — a voz do advogado soou do outro lado da linha.

— Está sim. Eu e Paulo estamos bem. — falei primeiro, para não assustar Antonio — Só que aconteceu um pequeno acidente.

Pequeno era eufemismo. A frente do veículo estava completamente destruída. Eu e Paulo tínhamos que agradecer muito a Deus por eu não ter sofrido nenhum arranhão, e por ele ter machucado apenas na testa e no braço. Felizmente, estávamos usando cinto de segurança e os equipamentos do carro estavam funcionando.

— Acidente? Que acidente? Você está bem? — Antonio indagou, preocupado.

— Estamos bem, Antonio. — afirmei mais uma vez.

Paulo, que havia acabado de conversar com os curiosos que viram o acidente, se aproximou de mim, estendendo a mão e pedindo para falar com Antonio.

— Vou passar para Paulo. — disse ao advogado.

Entreguei meu celular ao rapaz. Me afastei, observando o estrago. A frente do carro estava bem destruída. Além de amassados atrás, quando o veículo bateu em nós, e do lado, quando ele jogou a gente para a fora da pista.

Como isso foi acontecer? Estava tudo bem. Eu e Paulo estávamos conversando e, pouco depois, o carro saiu da pista. E aquele carro?  De onde ele surgiu? Quem era? Por que estava fazendo aquilo?

A Família - Livro 03 Da Trilogia "Mudança De Vida" Onde histórias criam vida. Descubra agora