A Família - Livro 03 Da Trilogia "Mudança De Vida"

Capítulo 18

Maghycals: Maior estúdio de cinema de Reilarand; São produzidos os melhores filmes.

Anixiar: Estúdio de cinema reilarandense, famoso por produzir os melhores filmes de animação.

Kreuzeis: Expressão que indica aversão, susto, medo, repulsa, desaprovação ou espanto.

Ohyer: Expressão que indica alegria, contentamento, animação.

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Permaneci no meu escritório durante boa parte da manhã e início da tarde, lendo informações e documentos que Antonio me mandou sobre a empresa por email. Sai do local apenas para almoçar e quando meu namorado chegou da faculdade.

Gabriel estava na varanda, de costas para mim, colocando uma nova rede onde estava aquela que arrebentamos sem querer. Por impulso, pulei em suas costas, lhe dando um susto. Ri por ter pego ele completamente de surpresa. Ele se virou para mim, com um pequeno sorriso.

— Essa animação toda é por mim ver, ou por causa do idiota do meu amigo? — Gabriel perguntou.

— Os dois.

Fui sincera, não apenas para provocar meu namorado, mas para que soubesse o quanto amizade de Thiago era importante para mim.

Gabriel aproximou de mim, passando seus braços em volta da cintura, me puxando para mais perto dele. Envolvi meus braços em volta de seu pescoço.

— Eu fui até Thiago. Coloquei as ideias dele no lugar, sem precisar usar violência. Acho que mereço uma recompensa. — ele falou, tomando a cabeça de forma fofa.

— Merece sim.

Aproximei meu rosto um pouco mais do de Gabriel, para lhe dar um beijo. Quando nossos lábios estavam quase se tocando, o celular do meu namorado começou a tocar. Ele se afastou, resmungando alguns xingamentos e atendeu.

— Que foi?... — foi o que ele disse ao atender, provavelmente um de seus amigos — Sim, está… Nada… Pode ir direto ao ponto?... Não estou estressado coisa alguma. Por que você e Thiago cismaram com isso?... Desculpa, pai.

Confesso que me surpreendi ao saber que ele falava com Antonio, não com um dos rapazes.

Gabriel escorou no parapeito e olhou para mim, com cara enfadada. Tentei conter uma risada enquanto meu namorado tentava soar simpático com o pai, enquanto expressava um semblante de que não estava agradando nenhum pouco da conversa.

Depois de alguns minutos, Gabriel desligou o aparelho, colocando o celular no bolso.

— Meu pai mandou um abraço para você. — ele falou, nenhum pouco contente.

— Onde você conseguiu essa rede? — perguntei, mudando de assunto.

— Comprei. — ele disse, esboçando um pequeno sorriso — Será nossa. E essa é bem mais resistente que a outra.

Gabriel deitou na rede e me chamou para que eu fizesse o mesmo. Deitei ao seu lado e nos ajeitamos até encontrarmos uma posição confortável. Ele bocejou, tombando a cabeça em meu ombro.

— Você está cansado, não está? — perguntei.

— Um pouco. — ele respondeu, bocejando mais uma vez.

Quando me mudei para a fazenda, Antonio contou que Gabriel dividia seu tempo entre a propriedade, junto com o pai, e a cidade, com a mãe. Nos primeiros dias dos meus primos aqui, Nathalia comentou que Gabriel estava passando mais tempo aqui, por minha causa. Na época, pensei em falar com ele, mas acabei me esquecendo. Ultimamente, ele tem ficado apenas na fazenda, indo para Citerouse apenas para dormir. Quase não ficava com a mãe. E, passava muito tempo viajando de um lado para o outro.