5. Os detalhes importam

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#DelegaciaJikook

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Jimin podia parecer tranquilo sem Jungkook por perto, mas se deu conta das artimanhas de Jungkook para que o caso fosse revisto, e não conseguiu deixar de pensar... 

E se o escritor estivesse mesmo certo. 

Ficaria de consciência limpa sabendo que talvez mandou um homem inocente para uma vida na cadeia por três assassinatos que não cometeu?

Jimin sabia a resposta. E foi por isso que mais uma noite em vez de ir para casa descansar, ele se sentou em sua mesa, recriando todo o quadro virtual de provas o projetando no quadro branco a sua frente, ligando as teorias de Jungkook as provas coletadas.

Chegou a mesma conclusão que o escritor, Laura Conrad era o ponto fora da curva. Sua morte foi brutalmente violenta ainda que organizada, quase como se o assassino quisesse mesmo matá-la, como se fosse algo pessoal.

— Não! – Hoseok disse ao ver Jimin parado no meio do escritório quase vazio revirando os arquivos do caso do imitador. — Não me diga que ele te convenceu?

— Ele não. – Jimin disse sério. — Foi ela. – Disse apontando para a foto de Laura. Nada nela parece certo.

— O que quer dizer? – Hoseok perguntou interessado.

— Bem, para começar tem toda a brutalidade com a qual ela foi morta. – Jimin começou. — E tem também os outros assassinatos.

Jimin parou pensando por um tempo, lembrava do que havia escrito nas anotações de Jungkook, os assassinatos não estavam interligados, eram casos isolados, Laura era a verdadeira vítima. Todo o resto foi uma encenação.

— Kim Yongbae, a primeira vítima. – Jimin recomeçou. — Taeyang o conhecia da lanchonete em que trabalhava, e então tem Laura Conrad, sua assistente social, depois Victoria Han, que o Taeyang também conhecia do restaurante.

— Sim, já sabemos disso! – Hoseok disse impaciente. — O assassino conhecia as três vítimas, e daí?

— E daí, que ele começou com uma vítima de oportunidade, depois decidiu matar alguém muito próxima a ele, e então matou outra vítima de oportunidade... Não se encaixa. O Jungkook estava certo. Tem mais, muito mais além, está nos detalhes.

— Detalhes? – Hoseok perguntou ainda confuso, mas quase convencido daquela teoria maluca.

— Você se lembra sobre o que o psiquiatra disse sobre o Taeyang? – Jimin perguntou a Hoseok. — Ele disse que ele tem TOC severo, condição de sua desordem mental. Lembra do seu apartamento? Impecavelmente limpo. Uma pessoa assim, não deixaria passar nenhum detalhe das cenas dos livros. Mas o assassino deixou passar vários.

Jimin disse pegando os livros de Jungkook os abrindo nas cenas dos três assassinatos.

— Os detalhes importam. – Jimin disse parafraseando o Jeon. — Aqui, está bem aqui. No livro a vítima do ritual foi assassinada antes, enforcada com a própria gravata e só depois teve o punhal colocado em seu coração. Mas, Kim Yongbae não morreu assim. Foi de fato esfaqueado até a morte. – Jimin pegou o outro livro. — As flores no corpo de Luara estavam erradas. E o vestido da Victoria deveria ser azul e não amarelo.

— Uma pessoa com TOC severo e tendo o Jungkook como objeto de obsessão não deixaria passar tantos detalhes assim.

— Não, não deixaria. Acho que devemos ir falar com o Capitão Min.

BETWEEN LINES [SEGUNDA FASE]Onde histórias criam vida. Descubra agora