O Filho Do Rei (YoonMin)

Capítulo Dezesseis;

Min continuou calado por alguns segundos, aquilo foi como um pequeno pote de porcelana cheio de prazer para a filha da concubina, em anos nunca conseguirá deixar o jovem herdeiro sem palavras, e agora, este está ainda mais pálido do que costuma. A jovem estava a ponto de ter plena certeza de vossas palavras.

— Tu estás a dizer com tanta certeza que temo pelo vosso coração. — Yoongi finalmente conseguiu proferir algo, sentiu-se confiante para tal coisa, e não podia deixar passar, ou ela sentiria que havia razão dentro de si. — Será que estás a me testar? Queres na verdade saber se sinto algo pelo general de nossas tropas, pois, sabes bem que se eu vir a sentir algo tu não terás chance alguma. Mas não temo. — sussurrou simples. — Não tenho medo que tome para si algo que não é meu. — sorriu com um olhar maldoso. — O general não sente nada além de repúdio por alguém como tu.

— Do que estás a falar, seu...

— Vá, continue a falar desta maneira com o herdeiro. — Min continuou a provocar a jovem que mordeu o lábio inferior com muita força.

— Tu não terás glória alguma, irei descobrir com quem estás a ter um romance, talvez seja com alguém de patente ainda mais baixa. — afirmou, e ela estava determinada a tirar a coroa do jovem ômega.

— Tenha a melhor sorte, espero que os deuses te ajudem com isto. — Yoon debochou, e se retirou dali.

Sua pose acabou quando ficou longe o suficiente de vossa irmã, ele tentou o melhor de si para que ela desviasse a atenção de Park Jimin, mesmo que não houvesse nada entre ele e o general, algo em vosso coração dizia para que ele fizesse aquilo. Min parou próximo de uma cerejeira, sentando-se abaixo dela, mais longe do palácio, assim sentia-se seguro para ler as palavras do general Park para si.

— O que dizes a mim? — perguntou-se, ainda sem abrir a carta. — Por que estou tão ansioso? O que estás a fazer comigo jovem alfa. — suspirou, fechando os olhos, lembrando-se muito bem da feição que ele tinha, e daqueles olhinhos brilhantes e claros.

'Olá, meu pequeno ômega, estás a treinar com Hoseok? Designei este para que estivesse protegido e que continuasse a treinar da melhor forma possível. 

As luas estão a passar e ainda não tenho previsto para mim uma data de retorno, nem ao menos sei quando esta carta irá chegar para vós. O que acalenta meu ser é imaginar teu rosto em meio as estrelas, olho para ti todas as noites

Tu me despertou sentimentos que eu jamais pensei em sentir, nem em meus mais belos sonhos. Quando meus pais falavam que eu deveria encontrar alguém para terminar meus dias, minhas palavras eram as mesmas, não queria ninguém ao meu lado. 

Teus olhos me atraíram como um brilho flamejante das chamas de uma fogueira no meio da noite, vosso sorriso fez meu coração bater mais rápido do que o bater das asas de um pequeno beija-flor. Estou completamente apaixonado por ti. 

Estarei mandando-lhe mais cartas quando receber retorno. A guerra durará mais algumas luas, temo que sejam mais do que eu realmente espero.'

Quando Min terminou de ler a carta que recebeu, os vossos olhos estavam marejados e aos poucos as vossas lágrimas começaram a descer pelas suas bochechas, fungou baixinho.

— Por que estou a chorar...? São as palavras que sempre ouço daquele alfa safado. — murmurou, soluçando baixinho.

O pequeno ômega encolheu-se, abraçando o próprio corpo, seu coração estava a bater tão apertado. Engoliu em seco, e tentou limpar seu rostinho, no entanto as lágrimas continuavam a surgir, chegando na conclusão que o melhor naquele momento era deixar elas rolarem, deixar que aquela angústia saísse de tal forma.