Capítulo Dezoito;

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Park ainda não tinha cor alguma, era como arroz transformado em um simples pó branco, para as faces delicadas. Os vossos lábios estavam ressecados e rachados, como se passará por desertos sem fim, os vossos cabelos estavam emaranhados. O corpo já cheio de feridas curadas que deixaram as vossas marcas, agora estava coberto por novos ferimentos que deixaram suas marcas, tanto quanto os outros. 

Min caiu de joelhos ao vosso lado, seu desespero se internalizou com gritos agudos, carregados por uma dor estranha que invadia o vosso coração, como se espinhos adentrassem sem piedade. Vossa garganta estava seca, e um nó formou-se ali, ele não conseguia falar e mal respirar. 

SeokJin ao notar tal cena, aproximou-se rapidamente e o acolheu em vossos braços, sentindo o aconchego desesperado do pequeno ômega, que agarrou seu braço com toda a força que tinha, gritando em desespero, vosso coração pulsava tão forte e de forma tão dolorosa que qualquer um poderia ouvir as reclamações ardentes de vosso ômega interior.

— Yoongi… — tentou acalmá-lo, em vão.

— Como podes pedir-me algo assim? — gritou agoniado, suas veias pulsando saltadas em sua pele leitosa. — Como queres que eu o prive do ar da vida? — negou. — Não posso. Não posso fazer tal coisa, eu não quero perdê-lo

O destino trata de brincar com os corações quando está entediado ou quando a felicidade é tamanha que chega a ser insuportável. A vida às vezes traz respostas e decisões impossíveis de aceitar.

— Eu não quero feri-lo. — gaguejou em meio aos gritos, sua cor branca, estava se tornando mais pálida. — Eu não posso fazer tal coisa. — soltou-se do abraço do ômega, e continuou ajoelhado ao lado de Jimin, segurando vossa mão. — Não faça isso, não me faça sofrer.

Segurou a mão alheia com mais força, sentindo sua temperatura fria, e isso lhe fez arregalar os olhos, Jimin parecia estar sem vida, e o seu desespero cessou por longos suspiros. O seu general estava a perder o brilho da vida diante dos seus olhos, e a única coisa que lhe passava em mente eram as palavras delicadas e duras daquela senhora.

— Não posso. — levantou-se. — Comandante. — sua voz soou trêmula, por mais que ele quisesse que fosse firme.

Kim SeokJin levantou-se de imediato quando ouviu seu título ser proclamado pelo mais novo, entendendo, que diante de vossos olhos não estava mais seu pequeno aluno Min, aquele jovem meigo e amoroso, que lhe enchia de beijos e amor, aquele a vossa frente era o príncipe Min Yoongi, o filho do rei.

— Príncipe herdeiro. — sussurrou. — O que posso fazer? — fez uma leve reverência de respeito.

— Comandante, tudo que foi dito aqui, tudo…sem exceções, está limitado apenas a nós dois, mas ninguém deverá ter acesso a tais palavras, principalmente as palavras daquela senhora.

— Como? O que queres que eu faça quando…

— Não estou pedindo, comandante Kim, estou lhe ordenando. Se houver quebra de minhas palavras, será julgado pela coroa. — murmurou, seu tom de voz ficou um pouco mais seco e autoritário, e o brilho de vossos olhos pareciam ter sumido. 

— Sim, príncipe herdeiro. Não direi nada a mais ninguém, todas as palavras ditas aqui serão guardadas e levadas comigo para o túmulo. — deu um passo para trás, fazendo outra reverência. 

Min aceitou a reverência, e se retirou dos aposentos alheios, seguindo pelos corredores. Suas pernas fraquejaram, e seu corpo não fora ao chão graças a Jeon Jungkook, chegara no momento exato.

— Príncipe. — sussurrou, esforçando-se para segurá-lo. — Príncipe herdeiro.

— Leve-me. — pediu. — Imploro, leve-me para meus aposentos.

O Filho Do Rei (YoonMin)Onde histórias criam vida. Descubra agora