Ah... quedas de energia. Dias de chuva sempre foram meu ponto fraco, mas eles geralmente vem acompanhados de falta de luz e quedas de postes dependendo da intensidade da tempestade, mas é algo fascinante. Todos aqueles trovões que ecoavam um por cima do outro sem dar-lhes se uma pausa era simplesmente esplêndido! Era magnífico e todos aqueles relâmpagos e descargas elétricas que caíam do céu quando cortavam as nuvens era um verdadeiro paraíso para os amantes de tempestades.
Alan se aproximava devagar do quarto enquanto tentava livrar-se de seus devaneios, foi então que o barulho de choro pôde ser ouvido vindo do cômodo, isso fez o bancário pensar que alguém havia entrado na casa e que teria machucado Kaipa, pois isso era bem provável durante uma queda de energia. Pessoas aproveitam as situações ruins de uma cidade para se beneficiarem, seja lá como for. Assustado, Alan correu para o quarto e abriu brutalmente a porta, mas não encontrou nada, além de um rapaz em um tipo de pesadelo. Ele agarrava as cobertas enquanto tentava respirar, então Alan sentou-se ao seu lado para acalmá-lo e ele o abraçou depressa. O mais velho estava assustado e agarrou com força o braço de Alan, que o olhava preocupado, mas só depois disso Kaipa conseguiu respirar normalmente.
Com seu último suspiro tranquilo, o menor abriu lentamente os olhos e viu que estava segurando junto à si o braço do bancário, que já estava vermelho pela força que o mesmo depositou ali. Os olhos de Alan eram cautelosos e preocupados, mas mesmo depois de Kaipa o soltar ele permaneceu abraçado junto dele.
— Pesadelo, baixinho?
Aquele sorriso acolhedor estava estampado no canto da boca de Alan e Kaipa ficou vidrado em seus olhos. Vidrado nos olhos que também haviam se perdido em seu olhar molhado. Aos poucos, o sorriso de Alan foi desaparecendo quando ele olhou brevemente para os lábios de Kaipa, então o mais velho também encarou os seus e, sem deixar de olhá-lós, se endireitou na cama. Os braços do bancário ainda estavam ao redor do mais novo, que gentilmente tocou seu rosto e deslizou seu dedo para tirar um pequeno cílio que havia caído abaixo de seus olhos.
— Eu já falei como você fica bonito sem os óculos?
Kaipa estava extremamente bobo por tê-lo tão perto. Ele parecia estar em outro mundo, perdido em outra galáxia ou sei lá o que, mas posso garantir que era bem distante do que nós conhecemos como terra ou distante de tudo que sabemos que existe por aqui, distante de tudo que é observável. O mais novo sorriu sem jeito e abaixou um pouco a cabeça, mas logo a ergueu e os olhos do garoto encontraram os seus; eram como ímãs que se atraíam o tempo todo. Devagar, Kaipa aproximou seu rosto ao do bancário, que não recuou e deixou que ele o beijasse. Seus lábios se tocaram tão cuidadosamente... Tão sutilmente ao ponto de sentirem tudo que aquele mínimo toque os proporcionou, mas eles se desgrudaram aos poucos. Estavam umedecidos, mas não o suficiente para que se separassem de vez. Fora um toque tão calmo e tranquilo que os causou todos os tipos de sentimentos. A respiracão deles estava um pouco desregulada e um olhava a expressão do outro. Alan não teve tempo de pensar em reagir ao beijo que o outro o dera, e mesmo sabendo que aquilo era previsível, ele apenas o esperou.
Vendo que Kaipa estava esperando um movimento seu, Alan envolveu delicadamente suas mãos no rosto do garoto e mesmo devagar, juntou suas bocas de novo. Era como se ambos estivessem esperando por isso há muito tempo.
A conexão que ambos sentiam ia além do toque físico. Ia além de tudo que já haviam sentido, além do que alguém jamais poderia explicar. Eles nunca haviam sentido tais emoções com as pessoas que juravam estarem apaixonados. Alan subiu devagar na cama e na frente do garoto se inclinou para beija-lo. Kaipa o beijou devagar enquanto deslizava seus dedos nos cabelos escuros do mais alto.Com calma, Kaipa deslizou sua mão no braço do bancário que estava apoiado ao lado de seu corpo e logo tocou sua cintura por dentro da camiseta branca que ele vestia. De início Alan não havia recuado, mas um pensamento alto sobre o garoto o fez separar o toque de seus lábios e ele se afastou um pouco, mas ainda continuou em frente ao menor.
— Eu não posso fazer isso com você... — a voz do bancário era baixa e preocupada enquanto aqueles olhos o encaravam com dúvida — Eu não dei a ideia de vir para casa porque tinha intenção de fazer isso, Kaipa... Você é bom demais para mim...
— Alan... — o mais baixo segurou em seu queixo, fazendo-o olhá-lo e continuou a falar — eu sei que você não tinha nenhuma dessas intenções, mas você pode sim. Eu tô aqui e não vou fugir, eu quero isso... Eu não sei como foi seu relacionamento passado e nem se você chegou a ter um, mas não será igual sempre que decidir confiar em alguém. Confie em mim...
As palavras ditas por Kaipa tranquilizaram o bancário e ele sentiu que não era apenas ele que queria aquilo, mas ele não queria apenas ter o outro em sua cama, ele queria tê-lo sempre, só não havia admitido isso para si. E para ele era um pouco cedo demais para tentar algo com Kaipa. Depois das palavras do menor, o medo de assustá-lo foi embora, mas ele continuou cauteloso. Era estranho, pois Alan fora o único que chegou a ter um relacionamento e o isso o fazia mais experiente ainda que Kaipa fosse mais velho.
Alan juntou lentamente sua boca à do menor, mas dessa vez ambos estavam seguros daquilo. O bancário estava seguro que o Kaipa o queria e Kaipa estava seguro de que Alan era a pessoa certa para aquilo. Os dedos de Kaipa adentraram os cabelos pretos do bancário e o mesmo colocou o joelho no meio da perna do mais novo para ter apoio e não ficar totalmente relaxado em cima dele. Com a ajuda da mão que tocava à cintura de Alan, Kaipa subiu lentamente a barra da camisa do mais alto enquanto seus lábios ainda estavam colados. Os beijos eram calmos, mas inteiramente carregados de desejos incontrolável.
Alan sentia seu corpo arrepiar com os pequenos toques em seu corpo e Kaipa o olhou após expor seu peitoral ainda sem tirar sua camisa por completo. O menor tocou seu peitoral enquanto uma mão segurava a camisa e então deixou que o dono dela a tirasse por completo.
Kaipa estava admirado com o corpo do outro, que esperava pacientemente por algum sinal de que ele queria continuar, então ele o recebeu.
Kaipa assentiu devagar e Alan voltou a beija-lo, dessa vez com muito mais vontade que antes enquanto suas mãos percorriam gentilmente o corpo de Kaipa que já estava entregue à ele há muito tempo. Da mesma forma que ele mesmo estava entrega a Kaipa.Dentre os beijos molhados, as respirações ficaram cada vez mais ofegantes e o mais alto se afastou um pouco para olhá-lo e pegou um preservativo na terceira gaveta de sua cômoda, isso ainda sem deixar de olhá-lo.
— Se você não gostar, se você não estiver bem, me avise, irei parar...
Tudo que Kaipa queria era sentir segurança e Alan o deu isso. Sua delicadeza, sua paciência, seu cuidado... Ele deu toda confiança que o mais velho e "inexperiente" Kaipa precisava para se entregar a alguém, e ele ficou feliz por ter sido para ele. Com paciência, Alan tirou a camisa de Kaipa e o olhou com um sorriso extremamente bobo e um olhar cheio de admiração.
Quando eu falo que olhares carregam mundos e sentimentos é sobre isso que eu me refiro. Olhos não mentem e eles podem entregar seus sentimentos. Eles podem falar caso você não encontre as palavras.
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It's You
Fiksi Penggemar"Nós nos encontramos no nosso pior momento, e você se tornou o que eu procurei por tanto tempo na pessoa errada. Você se tornou oque eu não quero que seja apenas o meu melhor momento, eu quero que você seja a melhor parte da minha vida." Obs: Essa...