𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒆𝒅 𝒍𝒊𝒗𝒆𝒔 - 𝑮𝒖𝒔𝒕𝒂𝒗𝒐 𝑴𝒂𝒏𝒕𝒖𝒂𝒏

𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟓

𝐌𝐚𝐧𝐭𝐮𝐚𝐧

Chloe sai do vestiário seguida de sua amiga Olho feio pro Raul.

— Por que você tinha que chama-la? — pergunte sério.

— Porque eu sabia que se chamasse ela e ela aceitasse, você iria — ele diz presunçosamente.

— Dá um tempo — digo revirando os olhos enquanto eles riem.

Pego minhas coisas e saio de lá, em direção ao carro dos meus pais. Odeio baladas, odeio ainda mais o fato de ir só pra poder vê-la, porra, estamos no meio da temporada e eu não bebo. Chego no carro e minha família está lá sorrindo de orelha a orelha Abraço todos e gradeço por estarem lá.

— Você jamais tem que nos agradecer — minha mãe diz, com os olhos brilhando.

— Claro que tenho, amo vocês — dou um beijo na sua testa. — Vamos?

Entramos no carro e conversamos durante uma parte do caminho.

— Onde vamos jantar? — minha irmã pergunta.

— Pessoal, vocês sabem que eu adoraria, mesmo, jantar com vocês... mas os caras marcaram de comemorar fora e eu concordei em ir. Jantamos juntos pra comemorar amanhã, pode ser? — digo penosamente.

Eles concordam e continuamos o caminho de casa. Chegando lá, desço do carro e subo até o apartamento, entro e vou direto pro meu quarto. Me jogo na cama, estou exausto. Tenho um tempo antes de sair, então entro no instagram. Passo uns minutos rolando o feed, até que ele atualiza e surge uma foto da Chloe, ela é indiscutivelmente linda.

Levanto da cama e vou me trocar, coloco uma calça preta e uma blusa da mesma cor, calço um air force branco e coloco uma corrente de prata, por fim passo meu perfume e saio do quarto. Não devo demorar muito pra chegar lá, mas certamente chegarei atrasado já que são 23h45.

Acho uma vaga e desço do carro, entro no local e já me encontro com os meninos. Cumprimento-os com a cabeça e passo o olho no local, logo avistando a loira, próximo ao bar. Me aproximo dela e a provoco, conversamos por uns minutos quando decido que está ok beija-la, sei que ela quer isso tanto quanto eu, então que se dane, penso nas consequências mais tarde.

Minha mão vai pra sua cintura e a puxo para mim, selo nossos lábios levemente por alguns segundos. Quando finalmente vou aprofundar nosso beijo, ouço a voz do Raul gritando enquanto se aproxima de nós, me afasto dela e a olho por uns segundos então sigo para o bar.

— Oi, pode me ver uma água, por favor? — peço para o barman.

Ele me entrega, agradeço e vou pro camarote que estão todos, chego lá e vejo Chloe dançando, ela me encara e eu desvio o olhar. Vejo os caras e me aproximo, começo a jogar conversa fora, afim de matar o tempo. Durante 1 hora eu e Chloe não nos falamos, apenas trocamos olhares longos enquanto ela dança música após música, me provocando. Logo começa a tocar "cobertor de orelha - turma do pagode", então decido me aproximar dela, aproximo os lábios da sua orelha.

— É que tinha muito espaço, tava faltando alguém — digo me referindo a letra da música.

Veja ela sorrir e sorrir por dentro.

— Por que aceitou vir pra uma balada com um bando de caras que você nem conhece direito? — pergunte olhando em seus olhos.

— Pra te provocar, é claro — ela diz sorrindo maliciosamente.

— Você é uma peste, tem 5 anos? — perguntou ao meio de risadas. — E como você tinha certeza de que eu viria?

— Não — ela ri — Não tinha, mas achei que valia a pena arriscar. Em todo caso, eu iria embora se não encontrasse nada de bom pra fazer.