3. O webnamoro - Vitor e Amélia

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Junto com a modernidade, muitas tecnológicas vieram para substituir costumes e fazeres antigos

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Junto com a modernidade, muitas tecnológicas vieram para substituir costumes e fazeres antigos. As cartas foram substituídas pelos e-mails e celulares, as carroças pelos carros e por aí vai. Muita coisa mudou e, hoje em dia, muitas outras surgiram. Mesmo com todo o avanço, algumas pessoas ainda possuem preconceitos em relação a tecnologia.

Uma das pautas criticadas era o relacionamento virtual ou, como é mais conhecido, o web namoro. Confesso que, no começo, também achava estranho, entretanto nunca julguei, as pessoas são livres para fazer o que desejarem.

Acontece que, em determinado momento, eu entrei em uma relação virtual. E era totalmente diferente dos comentários que ouvia. Eu não era idiota, muito menos corna, como alguns dizem. No nosso relacionamento, realmente existia amor e carinho, afeto e respeito. Depois de 2 anos juntos, apenas online, com inúmeras ligações e chamadas de vídeo, finalmente eu iria ver o Vitor pela primeira vez.

Com muito trabalho e esforço, consegui juntar uma boa quantia para viajar e conhecê-lo pessoalmente. Morávamos em estados diferentes, mas quase vizinhos, umas 8 horas de viagem, mais ou menos.

Depois de um mês preparando, o dia havia chegado. A ansiedade revirava meu estômago e molhava minhas mãos de suor. Eu não conseguia acreditar que realmente iria acontecer, eu o tocaria, poderia beijá-lo e amá-lo o quanto quisesse. Era felicidade demais para o meu coração.

Após uma viagem calma e confortável, estava no aeroporto esperando pelo meu querido namorado. De longe, o avistei, o cabelo escuro e ondulado, o corpo alto e os olhos mais fofos que conhecia. Vitor me lembrava muito aqueles cantores de K-POP. Mesmo sem alguma descendência asiática, as pálpebras caídas e quase fechadas, juntamente com o corte de cabelo e seu estilo, lembravam muito um coreano.

Ansiosa demais para esperar, corri em sua direção, minhas malas largadas no canto. Me joguei em seus braços, sendo rapidamente acolhida, o perfume que conhecia apenas de frascos invadindo minhas narinas.

— Meu amor, finalmente eu posso te abraçar. – Ouvi sua voz ao vivo e foi mil vezes melhor do que todos os áudios que guardava em meu celular. Ela era tão pacífica e relaxante, poderia ouvir por horas.

— Sim, eu ainda não consigo acreditar. Isso é mesmo real ou eu estou sonhando? – Sem perceber, lágrimas rolavam pelo meu rosto, a alegria do momento contagiando meu ser. Não conseguindo aguentar mais, nos beijamos ali mesmo, os passageiros do aeroporto passando ao nosso redor. Mas, naquele momento, o mundo havia parado, só existia nós dois e esperava que fosse assim para sempre.

— Vem, vamos para casa. Você precisa descansar e eu quero muito aproveitar tudo! – Concordei empolgada, buscando minha mala e partindo para o seu apartamento.

Durante esses dois anos, Vitor entrou em um emprego e saiu de casa. Aos poucos, ele montou a casinha, sempre dizendo que deixaria tudo pronto para quando eu viesse morar com ele. Mesmo desejando muito, eu achava que iria demorar muito, mas, felizmente, me enganei e esse momento mais rápido do que imaginava.

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