Dois

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Realmente, Hinata pela foto de rosto era bem parecida com sua mãe, lembrava um pouco dela quando mais nova, mas nessa época não tiveram contato até porque estava cortejando Hana e como uma boa mãe, sempre manteve os estranhos longe da sua filha.

Uzumaki se viu prestando atenção nela até demais. Que porra! Tentou desviar os olhos, era estranho, não era um olhar normal e merda, isso nunca tinha acontecido antes! Reparar outras mulheres tendo uma deusa em casa... jamais. Então porque estava encarando a sua enteada assim? Hum, talvez seja porque seja a primeira vez que esteja a vendo, sim, era isso!, forçou sua mente a acreditar nisso, mas ele sabia que estava de fato impressionado com a beleza da menina.

Em um certo momento, Hana quis ir ao banheiro, e ficaram apenas os dois, tentando puxar assuntos comuns como a temperatura quente do lugar. Qualquer coisa para que não ficasse aquele silêncio entre praticamente estranhos. Hinata estava feliz por finalmente ver sua mãe, a mulher que a criou tão bem, a sua maior inspiração, contudo, não pode de sorrir interiormente, dona Hana sempre exigente com os homens que se relaciona. Impressionante. Sim, havia achado o padrasto um homem bem bonito, naturalmente, um ótimo gosto da sua mãe: loiro, olhos azuis, com uma barba bem feita, alto, atlético, forte, chamava atenção, o típico homem que passa e a gente fica olhando, olhando, olhando... Humm, todavia, não era pra ficar olhando, né!

- Nossa, nossa, nossa! Sorvete! - seus olhos brilharam quando viram uma das redes de fast food. - Tem anos que não como sorvete - quase que correndo, se esbarrando nas mesas sem se importar, toda moleca, fez seu padrasto a seguir, como um pai que anda com criança em um shopping.

- Calma! Hinata, se por um acaso, você se perder sua mãe, me mata! - Disse, divertido. Ele achou bem cômico a molecagem dela. - Peça o que quiser, sim? - Cavalheiramente tirou a carteira atrás do bolso. E ela toda sorridente foi apontado para televisão pendurada no alto que mostrava vários e vários combos de lanches.

- Mas alguma coisa, moça? - o outro rapaz atrás do balcão não parava de reparar nela. Os olhos castanhos dele, nitidamente a medindo de cima a baixo, dando um foco maior nos seios, que eram evidentemente enormes.

Hum! Também, quem pode julgá-lo!, pensou e logo se repreendeu, que porra.

Sentaram-se em uma mesa próxima a janela e um local aberto que daria para ver Hana quando ela saísse do banheiro.

- Como foi o voo? - outrora tentou parecer um cara legal, não queria que ela tivesse uma impressão negativa, afinal, era a filha da mulher que amava.

- Foi bem... - A Hyūga mais nova dedilhava os dedos da mesa, olhando em direção da televisão onde parecia o número dos pedidos.

Até que o silêncio reinou de novo e, dentre os minutos, foi quebrado com um atendente trazendo uma taça de sorvete.

Os olhos da garota brilhavam, o que deixava Naruto perplexo sobre que tipo comida tinha lá no país que ela estava. Enfim, sobre as quatro bolas de sabores distintas tinha um picolé que havia acabado de ser aberto e mergulhado no chocolate branco quente. Parecia bom, mas era enorme perto da miniatura da pessoa à sua frente. Como ela iria comer tudo aquilo era uma boa pergunta, apesar da resposta não ser tão difícil, a mãe dela também comia pra um caralho.

- Servido? - encarou os olhos azuis do seu padrasto que lembrava o céu em seu esplendor ao meio dia.

Ele apenas balançou a cabeça negativamente, mas manteve um sorriso mínimo como quem agradece. No momento que ela segurou o palito do picolé que levou a boca, o loiro tentou desviar a visão, mas não conseguiu, inevitavelmente ficou hipnotizado no ato. Ela passou os dentes ao redor, dando uma mordida, chegou a fechar os olhos de prazer e depois, colocou na boca e tirou, sem morder um pedaço. Enfim, conseguiu afastar o olhar e logo viu Hana, para o seu alívio, parada no lugar anterior que eles estavam olhando para todos os cantos e assim ele acenou.

A Enteada (NaruHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora