— Kiba! KIBAAAAA! KIBAAA!
O desespero tomou conta de cada parte do corpo da Hyūga, emanava do centro de sua barriga para as extremidades trêmulas. Acelerou os passos, chegou a correr atrás do seu amigo de infância como se a sua vida dependesse daquilo, entretanto, sem sucesso algum, o Inuzuka estava convicto da decisão que havia tomado.
E não!
Não queria ser cúmplice do que sua amiga estava fazendo. Ou melhor, deslumbre de amiga. Aquela Hinata estava longe de ser a garota meiga, gentil e cheia de empatia que achava que conhecia.
Naruto, que se encontrava na cozinha, ouvindo a discussão. A sua experiência de vida — idade —, o manteve ali parado, sabia que não era o melhor momento parar intervir. Poderia até piorar o que já estáva caotico. Andando de um lado pro outro, aflito e inquieto, sentiu o peso da culpa sobre os ombros. Infelizmente, era tarde demais, não tinha o que ser feito. Havia sido displicente, precisava assumir as consequências dos atos carnais. Atos que não se arrependia.
Quando a discussão cessou acompanhada de um bater estrondoso da porta, o homem foi até a sala encontrando sua enteada com a cabeça escorada em um dos móveis desabando em lágrimas.
Seu coração partiu.
Um aperto.
Um gosto amargo na boca.
Um nó na garganta!
O que havia feito? O que ele havia feito?
Era uma situação completamente atípica em toda sua vida, muito bem casado, todavia apaixonado por uma jovem e ainda filha da sua mulher. Em vários momentos ele se questionou, até quis se afastar, mas não deu, nunca havia sentindo um sentimento tão avassalador como esse que cativava mais e mais a cada dia pela Hinata.
Um erro?
Parecia que sim.
Vê-la aos plantos era a última coisa que queria nessa vida.
— Hinata… — sussurrou tão baixo que a Hyūga só percebeu sua aproximação quando os dedos dele tocaram seu ombro.
— ME SOLTA! — Não seria a primeira vez que ela explodia e aumentava o seu tom de voz. — FICA LONGE DE MIM! BEM LONGE!
Exasperado, o Uzumaki respirou fundo. Sua vida acabava de tomar um rumo totalmente desconhecido e detestava não ter o controle da direção. Hinata em meio aquele caos, um profundo desespero que a engolia, apesar dos berros raivosos contra o seu padrasto tinha plena ciência que estava tão errada quanto o homem que a encarava com olhos sem brilhos.
— Hinata…— chega ser difícil ter o que se falar… — E- Eu…
— Fica longe de mim! — repetiu, dessa vez rosnando ao se levantar. — Minha mãe não merecia isso… O que eu fiz. — murmurou em completo desespero, Naruto tentou encurtar novamente a distância de seus copos.
— Eu vou resolver isso!
— Você vai resolver? — Deu um riso anasalado. Uma raiva subiu por todo seu corpo, uma repulsa tão grande que queimava e embrulhava suas entranhas.
— Sim, eu vou resolver, em momento algum eu quis ferir você ou a Hana. Eu nunca me imaginei nessa situação. Sua mãe é tudo pra mim.
Em um movimento desesperado, um tanto assustado, Hinata espalmou as mãos no peito do Naruto, usando toda força que havia em seu corpo miúdo para o empurrar. O queria longe. Bem longe!
— Minha mãe é tudo pra você?
— Sim, sua mãe sempre foi tudo pra mim... Mas ai ... você chegou... E eu não sei Hinata, eu não sei. Eu não sei. Eu não sei como isso aconteceu, SÓ aconteceu. Eu sempre acreditei que amava sua mãe, e que ela era a única mulher da minha vida! Até meus olhos encontrar os seus..
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A Enteada (NaruHina)
Fanfiction| Submundo | NaruHina| Reescrita| Versão II | Adultério| Conto Proibido| padrasto x enteada| Tudo seguia bem dentro do casamento de Naruto Uzumaki - 41 anos -, e sua esposa Hana Hyūga - 48 anos - até a chegada de alguém muito especial na vida da...