Capítulo 7

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A história continua
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- Não.

- Droga! Você é quem sabe...

Fui correndo a minha sala, "nas nuvens" que para mim já não era assim tão fixe. Meu coração batia forte, minha respiração estava esquisita.

Aquele rapaz me tirou do sério, mas de onde é que ele veio? Como é que eu nunca o vi?

Será que ando muito distraída comigo mesma que até nem tenho reparado nas pessoas ao meu redor.

Hai que seca!

Acho que agora vou passar a prestar mais atenção das coisas. Não demorou muito para que o professor de Direito entrasse e nos enchesse com um montão de leis, história é uma seca.

Minha cabeça estava esquisita, não conseguia tirar aquela dócil experiência, mas se foi uma experiência dócil então porque eu devo tirar? Até que gostava de pensar nele - Stra. Lencastre! - desta vez era o meu professor de Filosofia - ainda está com a cabeça nas nuvens?

- Não professor - embasbaquei com o rosto de quem fez uma viagem astral - por aqui tudo bem! Sr. Professor.

- Espero bem que sim!

- A sineta tocou -

Eu permaneci na sala como sempre, essa era minha rotina, mas desta vez as coisas eram bem diferente. Estava com o fone de ouvidos, sentada na minha carteira, mas minha cabeça estava lá em baixo, pois é ali onde ele provavelmente estaria neste momento.

Eu não vou! Eu não posso cair no charme de um desconhecido eu preciso resistir afinal, com o tempo ele vai se aborrecer. Hai! Mas a vontade era tanta, levantei-me e depois voltei a sentar, fiz isso umas cem vezes.

Havia uma luta cósmica dentro da minha cabeça entre o querer e o não querer...

- Oi! Abidemi Lencastre...

- Meu coração salpicou -

"Era ele, mas o que ele estava fazendo aqui? Ele era mesmo muito teimoso acho que devia tomar cuidado com ele"

- você não vai dizer nada? - Disse tranquilo - Olhe eu...

- Mas o que você quer comigo? - lhe interrompi com um berro.

"Pra ser sincera não sei se estava mesmo chateada ou derretida com aquele todo charme"

- Eu fui mais do que clara lá no pátio...

Ele sentou por cima da carteira e estendeu um pequeno guardanapo, colocou um hambúrguer, tirou outro da sacola e começou a comer - Abidemi Lencastre.

- Porque você me chama deste jeito? - rosnei com os olhos esquivados - maldita hora que decidi estudar aqui...

-- Você não gosta do seu nome?

- Eu gosto! Só não gosto do teu jeito - Aquilo foi um enorme exagero. Porque na verdade eu adorava o jeitinho dele, apenas estava ativando o meu sistema de defesa aquilo é instintivo.

Todas as mulheres têm

- Você é muito chato...
- Está bem! - murmurou - Então, não gostas do meu estilo, é isso?

- Sim!

- Por essa razão é que não queres comer?

- Por acaso eu te pedi comida?
Nos entre olhamos e o clima ficou bastante tenso. Meus olhos estavam bem fitos nos dele que eu podia ver meu reflexo no fundo dos olhos.

Ele comia com estilo, mas quem é esse? E o que realmente ele quer? - Essa era pergunta que não se calava.

Ficamos uns minutos sem dizer nada o silêncio era perturbador. Ele não proferia aquelas palavras aprazíveis e nem eu lançava as minhas palavras afiadas. Aquilo era bem esquisito quando estava perto dele tudo ficava muito rápido e fora do controlo.

- Como podes ver, eu não quero seu hambúrguer - falei com desdém e ele lançou um olhar vaidoso e eu rapidamente esquivei os olhos - então, porque não vai embora?

- Eu não vou sem o seu perdão...

- De novo com essa conversa - falei entre os dentes - Tu deves ser péssimo com as mulheres...

Ele deu um sorriso bobo.

- Pelo que posso constatar aqui... - disse ele de queixo erguido, era muito vaidoso mesmo - tudo vai de acordo o plano...

O que? Eu sabia que tudo isso não passava de um plano maquiavélico. Eu sabia
- pensei.

- Não é o que você está pensando! - disse ele como se lesse os meus pensamentos,

Aquilo foi muito irritante!

- Acho que mereces uma pequena lavagem cerebral... - Deu um sorriso na ponta da boca, pude ver seus dentes eram bem tratados.

- Porque não age como homem, de uma vez por todas e diz logo o que queres - falei sem respirar e pra minha surpresa ele não disse nenhuma palavra.

Com lábios franzidos, deu um olhar fusilante e serio que engoli em seco.

- o que foi? Te sentes ofendido?

- Por uma menina tão linda como você? É claro que não! - disse com toda delicadeza o mundo - Seu jeito de falar me deixou excitado - mordeu os lábios inferiores àquilo fez meu corpo dançar.

Como ele fazia aquilo? Aquilo era como se nós dois estivéssemos ligados a uma rede sem fio.

* * * *

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Meu pai é VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora