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Levantou e foi sem dizer mais nenhuma baboseira, ele já havia saído minutos atrás, mas eu ainda estava tremendo. Aquele rapaz me deixava louca! Coloquei o papel na mochila sem dar uma olhada, não queria ver o que estava escrito nele, talvez era mais um dos seus joguinhos, mas uma coisa chamou a minha atenção: como ele sabia que minha casa era próxima da Esplanada Liga?
O que ele vai me dizer lá que não pode dizer aqui? Reconheço que ele é sexy e muito mais, porém não acho que confiar nele seja uma decisão saudável. É que ás vezes ele agia que nem um maníaco sexual e aquilo me horripilavam, além disso, não acho que minha mãe iria aprovar um relacionamento com um homem destes.
Com certeza ela diria — Abidemi, será que você perdeu a cabeça? — e isso não é bom. Mas deixa pra lá! Afinal, eu não vou abandonar a minha cama quentinha, apenas porque quero me encontra com um estranho a quarteirões de casa.
— Querida! Cheguei — era minha mãe que espalhou a alegria no ar logo que ela entrou, eu estava na cozinha a preparar o jantar, achei que depois da nossa ultima conversa talvez um jantar delicioso poderia ajudar, ela chegou perto de mim e me deu um beijo — como foi o dia de hoje lá na escola? E não me diga que foi péssimo, por favor.
— Se não posso dar uma resposta negativa, então porquê perguntou? — falei sorrindo.
— Abidemi Lencastre! — disse ela com os braços erguidos — Você é uma ótima desmancha prazeres.
E soltamos uma gargalhada daquelas!
— Eu adoro quando você fica deste jeito — falei com um gigantesco sorriso preso no rosto — mas afinal qual é a razão desta explosão de alegria?
— Fui promovida!
— Fala jura!
— É claro que não sua boba...
— E depois dizes que eu sou desmancha prazeres.
— Não foi nada de mais — disse ela desta vez mais relaxada — apenas estou alegre, afinal eu sou uma pessoa alegre...
— Tens razão — concordei.
— Então o que vamos jantar hoje? — questionou com um sorriso sarcástico, ela gostava de me zombar quando o assunto era cozinha — não me diga que vamos jantar uma comida fina...
— Isso mesmo! — falei firmemente enquanto cortava os legumes — hoje terás o privilegio de degustar de um prato típico da França...
— Hum! — murmurou com os olhos fechados — já estás a me deixar com água na boca. O que será?
— Arroz de cenoura com caldeirada de cabrito!
— Nossa! Estou muito entusiasmada — disse ela se dirigindo pra o seu quarto — acho melhor ir tomar um duche!
— É melhor mesmo!
Minutos depois tudo já estava pronto, o jantar, a mesa e os nossos estômagos. Minha mãe chegou segundos depois de eu sentar — hoje iremos comer na mesa — disse ela sorrindo.
Fez uma pequena oração e começamos a comer, pelo menos eu ainda não havia começado, estava à espera da opinião dela com relação ao prato. Ela segurou no garfo e levou até a boca e por mais incrível que isso pareça, meu olhos acompanharam a cada movimento dela, ela mastigava com bastante delicadeza minutos depois soltou o talher e um suntuoso silêncio pairou sobre a sala.— E então mãe! — exclamei com bastante curiosidade — diga alguma coisa.
— Isso está muito bom! — exclamou ela batendo palmas, enquanto isso eu procurava entender se essa reação era mesmo verdadeira ou não passava de uma mãe bajuladora — não acredito que você aprendeu assim tão rápido!
— Isso é sério?
— É claro que é — reafirmou — porque eu mentiria uma coisa destas?
— Wuau! — gritei bem alto com os braços erguidos — eu sou a maior cozinheira do mundo!
E ela soltou um sorriso contagiante. Depois de saborearmos aquela obra prima, se jogamos no nosso querido e confortável sofá. Mas ela estava tão cansada que não ficou acordada por muito tempo, acabou por adormecer. Enquanto eu fiquei vendo a minha série favorita. O mais engraçado é que por um momento me veio à cabeça o papel que havia colocado na mochila. Levantei e fui pegar pra ver qual era a sua próxima jogada, não posso mentir que estava um pouco entusiasmada, quando desdobrei pude ver um número de telefone e uma pequena frase: Ligue se tiveres coragem!— Mas que homem safado! — pensei — ele acha mesmo que eu vou gastar o meu precioso saldo e ligar pra ele. Mas pensando melhor eu vou ligar, ele precisa saber que com Abidemi Lencastre não se brinca. Digitei o número e cliquei em chamar...
— Oi! Abidemi Lencastre — era ele com sua bela voz, quase que largava o telefone, mas respirei fundo e segurei firme — demorou muito, que estava fazer?
— Nada do seu interesse! — retruquei bravamente — ouça bem...
— Olhe eu sei que tens muita coisa pra me dizer — me interrompeu com seu tom bastante vaidoso — e que tal se saíres, estou cansado de ficar só...
O quê? Ele está aqui fora, mas como? Quem foi o idiota que mostrou a minha casa pra ele? Fiquei em completo silêncio, não sabia o que dizer no momento ele havia me dado um cheque mate! O que devo fazer? Será que vou dizer a minha mãe? Não! Ele vai me chamar de menina mimada, e se eu desligar o telefone na cara? Deste jeito estarei ser mal educada e eu não sou desse tipo. Então o que faço? Ai santo Deus!
— Abidemi! Você está demorando muito — me provou mais uma vez — não me digas que estás com medo?OBS: Olá Só vim pra te agradecer por chegares até aqui e desejar-te uma boa leitura🤗🤗
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Meu pai é Virgem
RomanceApois a morte de seu querido marido, Eva Lencastre terá que enfrentar as maiores dificuldades em criar sua única filha Abidemi. Abidemi Lencastre é uma menina que ainda possuí o carácter genuíno da adolescência que se apaixona loucamente por um jov...