Capítulo 14

3 0 0
                                    

O CAPÍTULO DE HOJE ESTÁ MUITO COOL🔥🔥 CONFIRA AÍ👇👇👇

  Enquanto nos retirávamos à porta do carro abriu-se e bem antes que eu virasse pude ouvir uma voz fraca e clama — Abidemi Lencastre posso dá-lhe uma carona?
     
— Você conhece esse covarde?
         
Olhei bem nos seus olhos lindos com bastante raiva e tranquilidade ao mesmo tempo por saber que ele estava bem e disse — Sim Abimu eu o conheço — ele não disse nenhuma palavra apenas sorria e me encarava com bastante elegância. — e então vens?
     
— E então não vai dizer mais nada? — falou enquanto dirigia, e sim eu aceitei o seu convite parvo naquele dia Abimu teve que ir pra casa sozinha, fiquei olhando pra o lado oposto enquanto ele fava, não queria olhar pra ele depois do que ele fez — sabe de uma coisa? Nunca soube que você era muita agressiva...
     
— Você quase nos atropelou o que esperavas? — rosnei bravamente — um agradecimento ou um beijo da bochecha? Ham? Seu louco!
     
— Não me leve a mal — murmurou — mas eu prefiro ficar com o beijo da bochecha...
     
— Mas porque você vê isso como brincadeira?
     
— Eu já me desculpei e volto a fazê-lo, juro que não era minha intenção...
     
— Por que será que eu não acredito?
     
— Queres que eu te responda?
         
Lancei lhe um olhar fuzilante e ele engoliu em seco, depois parou o carro quando ainda faltava um pouco pra chegar ao meu destino. — O que você quer agora? — rosnei — Podes me dizer o porquê você parou o carro?
         
Segurou em minhas mãos e meu corpo eriçou da cabeça aos pés, minha respiração foi ficando cada vez mais ofegante — Me solta — falei baixinho — O que você quer?

Ele se aproximou pra bem do meu pescoço e mordiscou a ponta da minha orelha esquerda, soltei um leve suspiro

— Abidemi eu peço minhas sinceras desculpas por ter assustado você, eu só pensei que... Podia fazer-te uma surpresa mais como sempre acabei de estragar tudo, me perdoe, por favor.

Abri a porta do carro e comecei a caminhar só faltavam três passos para que eu entrasse na minha rua, dei o primeiro passo.

— será que ele será homem o suficiente para me seguir até aqui? — pensei. Dei o segundo passo e nada, mas tudo mudou no último passo, ele segurou-me — isso! — sorri dentro de mim, segurou minhas bochechas com tamanha delicadeza e dez segundos depois sua língua atravessou meu orifício oral, Calma e agilidades juntas nunca havia sido beijada de tal modo. Que pena que não durou muito.
     
— Isso é um sim? — Perguntou com sorriso no canto da boca — ou ainda...
     
— Ainda não — Falei batendo-lhe levemente no peito — você vai precisar mais do que um simples beijo pra receber um sim.
Respirou fundo.
     
— O que foi?
     
— Não foi nada
         
Deu-me um forte abraço, beijinho da testa e depois foi sem dizer mais nada. Desta vez fui eu quem respirou fundo, rocei meus dedos nos lábios encarando ele enquanto caminhava até ao carro e fui com um largo sorriso no rosto.

Depois do que aconteceu fica difícil não admitir que estivesse feliz, feliz por ele finalmente ter me beijado. Entrei em casa espalhando alegria por toda parte — Mãe cheguei! — não estava na sala nem muito menos na cozinha — o que foi que aconteceu aqui?  Mãe, cadê você?

Quando me aproximava do meu quarto ouvi som vindo lá do quarto dela, era ela sorrindo — Mãe? — ela surtou de repente, porém eu já havia percebido que tinha mais alguém no quarto, quem era? Espere aí ela estava com um homem, mas que merda! Logo hoje. Voltei pra sala e me deitei no sofá.
     
— Oi filha como foi o dia de hoje? — lá estava ela vestida de um pijama e uma pitada de maldade no seu sorriso irónico — E então filha não me vai dizer como foi seu dia?
     
— A mãe vai me dizer quem é seu novo namoradinho?
     
— Abidemi? — Exclamou bastante desiludida — Que maneiras são essas?
Ajeitei meu corpo e cruzei os braços.
     
— Eva a deixa reagir de forma natural — ele disse com um ar calmo e meigo, virei pra ver a cara do namorado da minha mãe e... Alto musculoso, com a barba por fazer e a cabeça raspada, ele é careca, agora é que vou sofrer bulling na escola — Olá! Abidemi...
     
— Não me chame deste jeito eu não sou sua filha!
     
— Abidemi Lencastre pare já de agir que nem uma criança! — vozeou bastante irritada — O que te deu na cabeça?
       
— Eu não acredito que você fez isso comigo mãe — murmurei enquanto corri pra meu quarto e fechei a porta com muita força, minha mãe ficou do outro lado da porta me ordenando que abrisse a porta — Nós éramos um time mãe, mas o que a Sra. Fez? Escondeu todo esse tempo que tinha um relacionamento em clandestino.

— Abidemi abra porta! — POR QUE MÃE? POR QUÊ? — me deitei na cama e me pus a chorar. Pela primeira vez na vida eu estava me sentindo traída, aquela era uma sensação muito fria e amarga ao mesmo tempo, não conseguia entender o motivo que levou ela a esconder isso de mim, será que ela já não confia em mim? O que fiz de errado?

Horas depois, quando eu já estava cansada de chorar, quando minha mãe já havia se cansado de suplicar pra abrir a porta eu podia ouvir um suntuoso silêncio que pairou por toda casa.

Levantei fui pra o meu guarda fato, no canto inferior havia uma caixa de madeira, nela esta uma fotografia do meu falecido pai, olhei para o seu sorriso lindo que infelizmente nunca tive a oportunidade de ver nem de sentir seu toque ou pelo menos ouvir sua voz, estava com uma saudade arrasadora por alguém que nunca o vi pessoalmente. Posteriormente olhei para o espelho e... Não sei se já estava preparada o suficiente para ter um novo pai.
          
Meu telefone toucou, era uma mensagem de Abimu, minha nova amiga é que com tanta coisa acontecendo acabei por me esquecer de mandar um pedido de desculpas por ter deixado ela pra trás:

📩Abidemi você está bem?

Será que já posso confia-la uma coisa destas? — Pensei — Acho melhor não, ainda preciso saber quais são as suas verdadeiras intenções.

Meu pai é VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora