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Pra uma menina bem educada como ela, nem pensei que ela simplesmente chamaria o Zaki de “gato”, mas é assim a vida às vezes somos surpreendidos por coisas do acaso. Só de pensar nisso até a cabeça me dói. Joguei minhas mãos pra poder alcançar os fones de ouvidos que estavam na banca ao lado quando sem quiser acabei por derrubar a pilha de cadernos que jogou pra o chão o convite da exposição do Zaki.
Minha mente fez uma espécie de retrocesso do que havia acontecido horas atrás, ainda podia sentir seus lábios e seu perfume ainda estava colado na minha blusa, dei um leve sorriso, segurei o convite coloquei entre o peito e me deitei novamente.
Eu tinha apenas dez anos de idade quando alegremente voltava da escola e no primeiro passo que dei em direção sala me embarrei com uma imagem horripilante, minha mãe sentada no sofá segurando uma fotografia do meu pai, de fronte inclinada contorcida de dor, suas lagrimas cobriam seu belo rosto, rapidamente se espalhou um clima tenso e bastante melancólico por toda casa meu coração batia mais forte e sem saber o real motivo de suas lagrimas fui impulsionada a me jogar em seu colo e juntos choramos a ausência de nosso líder, de meu pai.
E desde aquele dia a nossa amizade foi catapultada para níveis altos. Agora as coisas não estavam lá assim muito boas, ou seja, estavam piores. Pela primeira vez em todos estes anos passamos todo o sábado se evitando, lançando olhares sem rumos até que ela tentou me encher o saco, mas sempre que isso acontecia sempre me trancava em meu castelo (quarto) colocava música alta e prontos.
Mal abri minhas pálpebras, mas meu telefone já toucou:
— Oi — falei com a voz fraca — o que você quer a estas horas?
— Oi! Abidemi Lencastre — respondeu com toda alegria do mundo isto era típico dele — E então estás pronta para aventura de hoje?
— E se eu disser que não?
— Ai o mundo todo cairia sobre você!
— Acho que vou esperar pra ver...
Eu gostava de provocar sua paciência, esta era uma forma ideal de lhe manter sobre a palma das minhas mãos.
— Já terminaste?
— Sim já!
Levantei e fui em direção ao banheiro, coloquei o telefone no canto do lavatório e cliquei em viva voz.
— Posso saber o que estás a fazer? — falou com uma pitada de sensualidade em sua voz — Mas quero detalhes, por favor, eu amo detalhes...
— Você não está achando que é meu namorado ou está?
— Você é uma ótima desmancha prazeres — murmurou — Eu daria tudo pra saber o que se passa nesta sua cabeça, sabia?
— Você acha prazeroso saber sobre minha vida...
— Só acho que seria um prazer fazer aquilo de novo...
Aquilo me fez mordiscar os lábios e mexeu comigo por um curto espaço de tempo.
— Abidemi, filha! — era minha mãe — Abidemi onde você está?
— Vou ter que desligar...
— Olha ainda não fa...
Desliguei. — estou aqui no banheiro mãe — respondi. Segundos depois de eu ter desligado ele enviou uma mensagem:📩 Virei te buscar quando forem 17:10m. Esteja pronta.
📩 Não faças isso! vimos nos encontrar na escola.
— Podemos conversar? — era minha mãe que atravancou meu caminho no instante em que saia do banheiro — Mas agora e não quero ouvir nenhuma desculpa. Eu quero que...
— Tá já percebi — falei friamente — Queres que me sente pra que possamos ter uma conversa em que irás de mostrar apenas meus erros ou desta vez vai ser diferente? — falei de folego preso enquanto sentava.
E lá vinha ela com a tamanha vitimização.
— Não achas que estás a ser muito dura comigo ultimamente?
— E não achas que estás a ser menos sincera comigo?
Ela respirou fundo e jogou os olhos pra o lado oposto, colocou a mão esquerda sobre a testa e a direita na cintura, “acredite” este é a posição típica das mães quando se sentem encurraladas por uma situação em que elas próprias causaram, quando se sentem culpadas.
— Olhe filha...
E foi interrompida pelo som do seu telefone que toucava que nem uma vaca esfomeada, ela ficou me encarando sem saber o que fazer — Podes atender, eu vou entender como sempre, afinal não tenho escolha ou tenho? — me levantei e fui pra meu quarto enquanto ela gritava por meu nome, porém no final das contas ela acabou por atender. Minutos depois ela nem sequer veio no meu quarto pra me despedir com um beijo, simplesmente foi.📩 Peço desculpas, mas tive que sair por questões de trabalho, nos falamos mais tarde.
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Meu pai é Virgem
RomantikApois a morte de seu querido marido, Eva Lencastre terá que enfrentar as maiores dificuldades em criar sua única filha Abidemi. Abidemi Lencastre é uma menina que ainda possuí o carácter genuíno da adolescência que se apaixona loucamente por um jov...