XVII

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MAKAYLA LILITH

Eram os tapas mais fortes que haviam me dado em toda a minha vida. ecoava os meus gritos e pedidos de socorro.

Dentro de mim eu pensava o porquê o meu pai era tão mal, eu via os pais de outras crianças e eram tão divertido. Com 7 anos eu desejava a morte do meu pai. Eu desejava ter um pai legal nem que fosse 1 minuto, 1 minuto eu seria a criança mais feliz do mundo.

Não havia, diálogo, amor, carinho. Não havia nenhum tipo de afecto na minha casa.

Eu me sentia tão bem na rua, isso me fazia esquecer todos os problemas de casa, por isso eu demorava para chegar em casa. E mesmo sabendo o limite da hora de chegada eu chegava atrasada por gostar mais da rua do que da minha própria casa.

E quando chegava eu levava a maior surra da minha da minha vida, ele queimava as minhas mãos em forma de punição, me queimava com cigarro, batia minha cabeça, me cortava, cuspia em mim, me xingava de todos os nomes. O pior....o pior foi quando abusou de mim pela primeira vez.

Aquilo...foi uma grande explosão de sentimentos negativos, que não conseguia suportar tanta emoção para tão pouca idade. O pior é que eu não tinha a quem pedir socorro ou conselhos e ele se aproveitava disso para fazer mais vezes.

Eu tentei tanto me matar que eu perdi as contas, e quando ele me apanhava a tentar...me batia. Tudo por nada ele me torturava.

Eu era apenas uma criança.
Porque meu pai não é legal que nem os outros?

Abri os olhos rapidamente e levantei, analisei o meu corpo e estava tudo bem. Pelo menos meu físico estava bem, agora minha mente.

Eu estava com a respiração presa, irregulada, sufocada, pesada. Eu me sentia como uma baleia, a cama afundava e parecia me sugar para dentro.

Tentei me controlar e regular a minha respiração. Eu ainda estava em choque, doía demais lembrar dessas coisas.

Levantei ainda com as mãos frias fui até o banheiro lavar o meu rosto que me fez acordar melhor e despertar daquele pesadelo.

Aproveitei também para tomar um banho e tentar me livrar dos flashbacks do pesadelo.

Eu precisava descer e aparentar estar bem. Colocar um sorriso e fingir estar melhor que nunca.

(...)

- bom dia - digo para os que estavam na cozinha

Lá só estava a Naomi, Erick, Simon. A Channel e o Nilo não estavam.

- bom dia, como você está depois de ontem - o Simon perguntou e eu dei de ombros

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