XXIV

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MAKAYLA LILITH

Tinha acabo de tomar banho estava ouvindo música enquanto passava hidratante pelo meu corpo. Ouço baterem na porta por isso amarro a toalha no meu corpo e vou até lá.

Não queria que a pessoa de fora de visse por completo por isso abri apenas um brecha e coloquei só a minha cabeça.

— sim?

Quando abri a porta vi um menino de fios loiros cacheados, olhos castanhos e bastante alto.

— quem é você? — ele perguntou cruzando os braços

ééé Makayla, amiga da Roxy — digo abrindo um pouco mais a porta — e você?

— Aiden, irmão da Roxy — ele diz e agora faz sentindo ele ter traços dela

— hãm entra — digo e abro a porta por completo

Ele olha para mim percebendo que estou só de toalha de vira imediatamente e olha nos meus olhos.

Cortei o contacto visual fechando a porta e ficando de frente a ele.

— sabe que horas a Roxy vem — pergunto olhando para o relógio

Ele olha para o relógio — daqui a uns 40 minutos — ele pega o celular — você é amiga da Roxy desde quando? Eu nunca ouvi falar de você — ele olha em direção a mim

— desde hoje — cruzei os braços tentando me esconder

Mesmo que ele não estivesse olhando, era desconfortável para mim.

— como assim hoje?

— é...eu conheci ela hoje no café, eu vivia em Seattle e vim para cá hoje. Aí entrei no café, conversei com ela e deu nisso...

— porque saiu de Seattle? Lá é tão lindo

Me encosto na parede — o problema não era a cidade em si mas sim as pessoas nela — digo

— ambiente tóxico?

ambiente tóxico — respondo a pergunta dele com afirmação

— é...já passei por isso. Os meus pais são exactamente assim, narcisistas e rudes, ninguém se entendia em casa por isso resolvemos sair de lá — ele diz e vejo o meu pai exactamente como a casa dele é

— acho que vamos nos dar bem já que o meu pai é exactamente desse jeito — digo e dou um sorriso

— mas você parece bem carinhosa, para alguém que não recebeu isso em casa.

— completamente. Quando era criança era muito fechada e rude por conta dos traumas que o meu pai me causou. Só que quanto fui crescendo mudei de personalidade — digo — sabe....criei uma personalidade mais minha! Aquela era a personalidade que o meu pai passou dele para mim — digo e ele pareceu prestar bastante atenção nas minhas palavras e isso me deixou feliz

— a Roxy também era assim, agora parece ser outra pessoa — ele diz e parecíamos já ser muito amigos

— eu vou me vestir — digo e vou me afastando

Sinto o olhar dele mas quando entro no corredor passa.

(...)

— me desculpa, eu esqueci completamente que o meu irmão viria hoje — a Roxy diz entrando e deixandando as compras por cima da mesa

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