XXXV

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MAKAYLA LILITH
6 Meses depois

Haviam se passado meses, e não falei com ninguém.

Trocava breves e curtas palavras com a Roxy, no trabalho conversava apenas quando era preciso e nunca exagerado.

Falava apenas com quem precisava e muitas das vezes eram com "sim" ou "não".

Nunca mais vi o Aaron na empresa, e ainda não contei a Roxy sobre isso.

Preferi esconder e deixar em segredo por algum tempo, mesmo que ela fique altamente feliz eu escolhi não contar.

Enquanto lavava a loiça e ouvia músicas divertidas para me deixar alegre ouvi leves toques na porta.

Limpei as mãos molhadas no pano que estava na cozinha, e abaixei o volume da música.

Toquei a maçaneta e abri.

— a Roxy não está — falei e me impressionei com quem estava do outro lado dela

Não falamos nada e apenas nos encaramos, parecia com o semblante ocupado, o olhar distante mesmo que estive a poucos centímetros de mim.

Enquanto o meu rosto expressava alegria e emoção de o ver lá.

Dei alguns passos e o abracei, não sei o que me deu mas o abracei forte.

Sai rapidamente do abraço porque senti que não retribuiu, me afastei e cruzei os braços.

Porque não retribuiu, então o que veio fazer aqui?

— preciso falar com você — foram as primeiras palavras desde que chegou

Engoli seco e deixei ele passar, fecho a porta e o acompanho até a mesa de jantar.

Me sentei na cadeira a frente dele e ele a frente de mim.

Mais duros e cruéis minutos de silêncio, eu não aguentei mais.

— o que é? — perguntei batendo o pé ansiosa

Finalmente fez o primeiro contacto visual comigo, infelizmente não durou nem 4 segundos porque desviou rapidamente.

Era torturante saber que o motivo aparente daquela distância era eu.

— eu preciso da sua ajuda — diz meio baixo

Não falo, apenas oiço o que tem a dizer.

— vai ter um roubo no jantar da família Ricky...

— e o que eu tenho haver com isso — cruzo os braços afim de saber onde quer chegar

— eu quero que você, roube antes!

Provavelmente eu não havia ouvido corretamente, parei para analisar se realmente era verdade o que eu havia ouvido.

— calma, hãm?

— assim, a minha mãe e a sua já planeavam esse roubo antes...só que nunca havia uma ocasião onde o colar ficava exposto e hoje isso irá acontecer. Só precisamos de ti para terminar o quebra-cabeça. Por favor...

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