Capítulo 2

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-Vamos filha! - Minha mãe me chama.
- Já vou. - Digo.
Nós saímos de casa e minha mãe me leva á um jardim aqui perto de casa.
- Filha, agora que você já tem 14 anos, e como você vê a sua mãe está ficando velha, eu vou te dar um símbolo que foi muito importante para mim. - Ela diz, e eu acho que já sei o que é.
- Vamos mãe, estou cada vez mais curiosa! - Aviso.
- Calma, tudo tem seu
tempo. - Diz ela pegando uma pá de jardineiro.
Ela desenterra um tipo de uma caixinha, que devia estar lá há muito tempo, pois a quantidade de terra encrostada naquilo era bastante.
- Você está pronta? Eu acho que você irá gostar muito. - Ela fala.
- Vai logo mãe! - Digo já nervosa.
Ela abre a caixinha e dentro vejo o quê estava esperando. O objeto, é o símbolo da rebelião, o Tordo. O broche é tão bonito que eu fico encantada.
- Eu quero que você cuide muito bem dele Willow. - Ela termina prendendo-o em mim.
- Oh mãe... Eu te amo! Desde quando você revelou sobre Panem antes da guerra, eu estava doidinha para ver como era. - Falo.
- Agora é seu. Aproveite. - Ela diz.
Depois disso minha mãe me leva até a loja de doces da cidade e compra algumas balas e uns bombons, tanto para mim, tanto para o meu irmão.
É incrível como foi a recuperação do Distrito 12. Depois do fim da guerra, a presidente Paylor liberou viagens entre os Distritos, só não para a Capital, que ainda está se acostumando com o jeito normal de ser. A maioria das pessoas que vieram para cá foras as dos Distritos 11, 9 e 8. Cada vez mais, o Distrito fica melhor.
Nós voltamos para casa e Ally já começou a fazer o almoço. Minha mãe a contratou porquê ela chegou aqui no Distrito muito pobre com 6 filhos, 4 já com mais de 10 anos e os gêmeos que agora tem 1 ano. O marido dela morreu quando caiu de uma das árvores no Distrito 11, e foi por isso que ela veio para cá, e quando minha mãe a viu naquele estado ela ficou com muita pena dela. Ally em em base uns 30 anos, ainda pode casar denovo se quiser.
- Olá Ally. - Minha mãe diz.
- O que temos para o almoço? - Pergunto.
- Sua mãe quis que eu fizesse sua comida favorita. Cozido de Carneiro. - Ela diz.
- YAYYYYYYY! - Digo pulando de alegria. Minha mãe me falou que enquanto esteve nos Jogos, comeu muitas vezes esse prato. Eu devo ter herdado isso dela.
- Enfim, daqui á uma hora está pronto. - Ela fala.
- Ah, só mais uma coisa, a Maggie vem aqui hoje?? - Pergunto curiosa. Maggie tem 13 anos, e é a terceira filha de Ally.
- Não sei não Willow, ela tinha muito dever de casa hoje.
- Ah ta... - Digo saindo da cozinha e indo para o meu quarto.
Quando chego lá sento em minha cama e por alguns minutos fico observando o broche do Tordo. Ele é tão bonito e único. Como será que minha mãe o ganhou? Eu esqueci de perguntar a ela.
Alguns minutos se passam, e Ally nos chama para o almoço. Pulo da cama e vou direto ao meu prato.
- Caramba, você caprichou hein Ally. - Digo a elogiando.
- É, sua mãe me ensinou certinho a receita. - Ela diz dando um sorriso.
Enquanto nós almoçamos, meu irmão chega com o tio Gale morto de fome.
- Oi mãe! - Rye diz abraçando minha mãe.
- Oi, o tio Gale não vai entrar?? - Minha mãe pergunta.
- Sim, ele só foi deixar os dois perus que pegamos hoje.
- Olha só! Dois perus!? - Tá de parabéns hein meu caçador! - Minha mãe diz.
- Confesso, não achei que esse cabeção iria conseguir pegar algo... - Digo na brincadeira.
- Só que eu consegui! - Diz ele me mostrando a língua e eu retribuo o gesto e dou um sorriso.
- Olá pessoal. Já estão almoçando? - Gale entra pela porta dos fundos e cumprimenta todos nós.
- Gale! Como você está? - Minha mãe se levanta para abraçá-lo. - E os seus filhos, como estão? - Ela pergunta.
- Jimmy e Matthew? - Gale pergunta. - Eles estão ótimos como sempre! - Ele diz. Depois que a guerra acabou, Gale também deu um rumo na vida. Ele se casou com uma mulher chamada Jessie e teve Matt que está com 16 anos, e Jim com 12. Eu não os conheci ainda não sei o porquê, mas eu não tenho tanta curiosidade nisso.
Acabo de almoçar e vou para o quarto ver TV.
A tarde se passa e acabo ficando á tarde inteira na frente do visor da televisão. Minha mãe me diz que eu tenho que parar com isso, e eu sei que ela está correta, mas é muito divertido.
- Oi! Cheguei! Alguém na área?? - Meu pai grita.
- Oi pai! - Digo descendo para o abraçar.
- Como é que está a minha princesinha? - Ele pergunta.
- Pai, eu já cresci, por favor.
- Ah tá bom! Quanto mais cresce mais chatinha fica sabia? - Ele diz sorrindo e me fazendo sorrir também. - Olha só isso! - Ele fala apontando para o meu Tordo. - Sua mãe te deu isso hoje? - Pergunta ele.
- Sim. Você o acha bonito? - Falo.
- Muito. Eu o amava na sua mãe. E parece que também ficou excelente em você.
- Obrigada papai! - Digo o abraçando novamente e subindo as escadas.
- Não suba não filha! Tenho uma surpresa pra vocês!
Todo mundo se reúne na sala, até Ally é chamada.
- Ally, pode ir para a sua casa cuidar de seus filhos, você está de folga!
- Mas senhor, e o jan... - Ele nem acaba de dizer e o meu pai a interrompe e a manda para casa.
- Bom, já que vocês ainda não conhecem Haymitch, vamos conhecê-lo hoje.
- Peeta! - Minha mãe grita surpresa.
- Eu sei o quê você irá dizer! - Ele fala.
- Mas... - Ele a interrompe denovo.
- Nós vamos á lanchonete da mãe de Lisa, já até falei com ela.
- Legal! - Falo, já que Lisa é uma de minhas melhores amigas.
- Vão se preparar para irmos! - Ordena meu pai.
Essa será mais uma noite divertida em família. E, além disso, estou doida para conhecer a pessoa que praticamente manteve meus pais vivos na arena.

Daughter Of The MockingjayOnde histórias criam vida. Descubra agora