Cecilia (Quase) sempre foi uma daddy girl, mas um acontecimento mudou isso pra sempre na vida dela. Agora ela tem que lidar com seus próprios sentimentos confusos .
Conto inspirado na banda Chase Atlantic, recomendo a leitura com as musicas indicada...
Chegamos no prédio, em silêncio subimos até o quinto andar, entramos e eu fechei a porta atrás de mim.
Segurei Cecília pelo rosto com todo cuidado que consegui. - Eu ainda tô aqui por você.
Ela apenas acenou e se desvencilhou de mim, indo em direção ao banheiro, deixei ir aco que ela precisa de um tempo de qualquer modo.
Quarenta minutos é muito tempo. Bati na porta três vezes chamando seu nome, mas não escutei nada a não ser o barulho do chuveiro
Girei a maçaneta com a esperança dela não estar trancada e por sorte, não estava.
O vapor do banheiro quase me deixou sufocado, chamei por ela novamente desta vez mais alto, ainda sem nenhuma resposta. Fui em direção ao box do chuveiro já o abrindo.
Me deparo com uma Cecília encolhida debaixo da água corrente com os braços em voltado joelho, meu coração se apertou. Chamei por seu nome de novo mas ela não me respondeu, seu olhar estava fixo no porcelanato do banheiro.
Queria desligar o registro, mas quando meu braço passou pela água para desligá-lo eu recuei rapidamente, foi a água mais quente que já senti.
- Merda.
Ela passou tempo demais aqui. Depois que finalmente consegui desligar o chuveiro me virei em direção a ela, e a peguei da forma mais gentil que pude. Consegui sair em direção ao quarto e colocar seu corpo fraco sentado na cama. Sai rapidamente apenas para voltar com uma toalha e uma blusa seca em mãos.
- Vou secar você agora.
Falei em voz alta, mas não houve nenhum sinal vindo dela.
Comecei a passar a toalha pelos seus cabelos.
'- Me lembro quando você e seu pai se mudaram pra casa vizinha que estava a bastante tempo sem nenhum morador.- Consegui tirar um pouco da água de metade do seu cabelo.
- Minha mãe quis fazer uma visita pra vocês, dar boas vindas sabe. Foi o dia que te conheci. Lembro de você escondida atrás da perna do seu pai, igual um bichinho. Lembra da idade que a gente tinha?- Outra pergunta na tentativa de ouvir uma resposta. Mas nada, continuei a secando.
- Acho que eu tinha sete então você tinha quatro.- Sorri com as lembranças vindo a minha mente.- Lembra de quando mais velhos a gente deu uma escapadinha pra ir naquela festa, acho que foi ali que comecei a me apaixonar por você, nunca tinha te visto tão alegre e feliz. Foi a primeira vez que eu te beijei.
Acabei de secar seus cabelos.
- Teve aquela vez em que você descobriu o que meu pai fazia comigo e eu tive que literalmente te segurar pra você não fazer nenhuma merda.- Sequei seu corpo e lhe coloquei a blusa.
- Mas o piquenique debaixo do pé de acácias é a minha lembrança favorita, lembro que Pedro me cercou esse dia e me perguntou quais eram minhas intensões com você, ele me disse que se algum dia se eu te magoasse, ele me castraria - Deitei seu corpo na cama, e senti um leve aperto no meu pulso.
Tomei um leve susto, mas fiquei feliz de ver alguma reação dela.
- Não se preocupe, não vou embora amor. - Tirei minha blusa molhada e me deitei ao seu lado segurando seu corpo com muito cuidado.
- Não vou dormir até que você esteja bem.- Encostei meus lábios em sua têmpora e deixei um breve selar.
🌸🌸🌸
Algumas semanas depois...
Cecilia Lagos
Depois daquele encontro com Vitoria, eu nunca mais soube dela também não procurei saber. Vitor me sugeriu a fazer um teste de DNA mas eu me recusei, eu sou filha de Pedro de uma forma ou de outra.
Mas
Eu estava bem, relativamente bem.
Bem o suficiente pra ser arrastada pra um bar, mas sendo justo era aniversario da minha melhor amiga.
- A maior luz da sua vida acabou de chegar. Escuto a voz de Mariana logo atrás de mim. Ela me ajudou, ainda ajuda a manter minha cabeça no lugar.
E o que era ainda melhor ela arrumou uma nova paixonite.
- Só você pra chegar atrasada no próprio aniversário.- Agarrei ela com toda força que eu pude em um abraço.
Quando a soltei, ela tinha o sorriso mais lindo estampado no rosto.
- Não posso fazer nada. Pra dar emoção sabe, igual a noiva que chega atrasada no casamento- Observei ela dando de ombros.
- Bianca, né? É um prazer conhecer você.
Acenei pra menina que acompanhava minha amiga, recebendo um sorriso de volta. Quando escuto um barulho do que parecia canecas batendo.
- Abre um espacinho.
Vejo Vitor chegando com quatro copos de chopp, colocando eles na mesa com muita pressa.
- Feliz aniversário Mariana. - Obrigada Cavalcanti.- Minha amiga disse se sentando na minha frente e Vitor se sentou ao meu lado me dando um selinho.
De canto de olho pude ver Mariana sorrindo, no fundo eu sabia o porquê.
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Esse é oficialmente o último capítulo! Eu nem acredito pra falar verdade kkkkkkk
Enfim Obrigada por chegarem até aqui, e pela paciência.
Nada explica o quando que eu estou feliz! Meus personagens são um pedaço de mim e poder compartilhar isso é muito gostoso.
Sei que não esta perfeito, mas eu fiquei bastante satisfeita.
A estrelinha marota pra tia ficar mais feliz ainda. Até a próxima
