Capítulo Treze

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Assim que retirou os sapatos de Enid, ela lentamente retirou os seus também, sem quebrar o contato visual. Estava perdida naquela extensão do oceano e adoraria se afogar na água.
Ela sobe por cima do corpo da loira, apreciando cada vez que ouve a respiração desregulada e observa as orbes curiosas que a encarava sem pudor algum, a desejando cada vez mais perto. Por instinto, as mãos da loira procuram novamente pelo pescoço da menor, a puxando para um beijo, que começa calmo e escala em proporções inimagináveis depois de segundos.
A luxúria exalava pelo quarto, assim como o barulho dos beijos e as respirações afobadas também preenchiam o silêncio. Tudo sai de controle quando a maior retira sua blusa, buscando por ar em meio ao contato com a morena, que ansiosamente se livrava de sua saia. A pele das duas parecia queimar a cada toque e, naqueles momentos, não poderiam pedir por algo melhor. Em silêncio, a noite de ambas é gasta se amando, sem pressa alguma e com muita paixão. Aproveitavam cada toque, cada som impuro emitido pelas bocas durante o beijo e cada respiração descompassada ao pé de seus ouvidos.

Recuperando a consciência, Wednesday sente um peso sob seu corpo e percebe que não está usando roupa alguma. Ela então abre os olhos e vê Enid a usando como cama, com os cabelos bagunçados e em um sono profundo, também sem roupa. Em um pânico silencioso, ela tenta se lembrar da noite passada, mas apenas meros flashes voltam à sua memória: um cosmo, cinco shots de vodka, beijos e de repente já estava em casa, tirando sua roupa sob o olhar da loira. Estava confusa, mas não era burra para não entender o motivo de estarem juntas, sem roupa alguma em uma cama depois de uma noite de bebedeira.
Ela pondera por uns minutos antes de perceber que sua amiga estava acordando. Agora era a hora da verdade.

- Wednesday? - o desespero consome o rosto da loira - que merda é essa?

- Você se lembra de alguma coisa da noite passada? - seu tom era trêmulo e igualmente desesperado.

- Lembro de você tomar um cosmo e virar uns shots - nesse momento, ela se dá conta de que ambas estão sem roupa, debaixo do mesmo edredom - merda, merda, merda!

Ela se levanta, agarrando um dos lençóis e corre para o banheiro. Não era a melhor forma de lidar com o que aconteceu, mas com certeza também não era a pior, ela precisava de tempo e aquela foi a primeira opção em sua mente.
Confusa e preocupada, a morena se levanta e coloca um roupão pendurado na parede e começa a pegar as roupas espalhadas pelo chão, as dobrando e colocando em um canto da cômoda. Ela pega um pijama para a loira e tenta uma interação.

- Se for tomar um banho, tem um pijama meu aqui na porta - não obteve resposta - Ennie, eu tô tão confusa quanto você, por favor não demora aí dentro. Eu quero conversar sobre isso.

- Você... eu... - finalmente algo - obrigada.

- Quer algum remédio pra dor de cabeça? - se sentia culpada pelo ocorrido - eu vou buscar um pra mim.

- Não... não precisa - ela parecia estar... chorando? - obrigada.

- Ei - Addams dá duas leves batidas na porta - a gente fala sobre isso quando sair do banho, okay? Não precisa chorar. Tá tudo bem.

- Mhm.

Ela então sai do quarto, andando em passos confusos até a cozinha, onde pegaria o remédio. Não devia ter bebido. Não devia ter ido, sequer cogitado a possibilidade de aparecer naquela festa, mas o fez, apenas para se arrepender amargamente de suas escolhas outra vez. Agora, teriam de encarar os fatos da pior maneira possível, tendo como menor dos problemas o beijo que deram. Se fosse só aquilo, poderia ser esquecido facilmente, mas a situação era bem pior: haviam dormido juntas, aproveitando cada toque e movimento que compartilharam na noite. Haviam se amado como tanto desejavam, mas ao invés de ser como uma benção, foi uma maldição. Uma terrível e excruciante maldição.
Saindo de seus pensamentos, ela pega o remédio e um copo d'água, o tomando no mesmo instante. Não sabia o que fazer e como consertar o estrago feito. Agora teria de lidar com as consequências de suas ações e pior, a cada segundo a possibilidade de perder Sinclair por isso ficava mais real. Caminhou até o banheiro do andar de baixo e tomou um banho frio, para seu corpo acordar e fazer seus pensamentos maquinarem com maior precisão.

Stay (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora