EU ESTAVA no centro de uma floresta, onde a neve cobria tudo com sua brancura. Era um cenário de beleza e magia, mas também carregava uma tristeza profunda. As árvores, com seus galhos encurvados, pareciam exaustas sob o peso do gelo. O frio, impiedoso, penetrava até os ossos, como se o inverno tivesse se instalado ali por uma eternidade.
Foi então que ouvi uma voz, grave e majestosa, ecoando entre os troncos:
— Sei o que acha, pequena. E você está certa, o frio já está presente aqui há muito tempo.
Virei-me na direção da voz e deparei-me com um grande Leão. Sua pelagem era dourada como o sol poente, e seus olhos reluziam com uma sabedoria ancestral. Ele emanava poder e coragem, como se fosse a própria personificação da natureza selvagem.
— Olá, senhor Leão. — murmurei, aproximando-me lentamente. — Quem é você?"
Ele sorriu, revelando presas afiadas. — Sou Aslan, o guardião desta floresta. Você não deveria estar aqui, pequena. Ainda não é a hora.
— Pai Aslan — sussurrei, sentindo um misto de medo e fascinação. — Posso ficar mais um pouco? Sinto-me tão perdida.
Ele balançou a cabeça com tristeza. — Oh, não! Ainda não chegou a hora. Mas fique tranquila, criança. Em breve, você estará em casa.
Com um rugido que ecoou pelos confins da floresta, Aslan desapareceu. O vento me envolveu, e senti-me sendo levada para longe dali, como se estivesse prestes a desvendar segredos antigos e encontrar meu verdadeiro destino.
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ACORDEI COM uma confusão de sentimentos e um vazio inexplicável. Não sabia por que, mas sentia uma urgência em voltar para casa, mesmo que não conseguisse definir o que "casa" significava.
Levantei-me da cama macia e confortável, vestindo um simples vestido marrom que, embora sem graça aos olhos dos outros, me parecia familiar e reconfortante. O espelho do banheiro refletiu uma imagem que eu conhecia, mas não conseguia recordar de onde.
Desci as escadas e encontrei as crianças mais novas reunidas com meus irmãos, todos compartilhando o café da manhã em uma grande mesa.
— Olá! Vocês já estão acordados há muito tempo? — perguntei, me sentando ao lado da minha irmã mais nova.
Ela sorriu e depositou um beijo singelo em minha bochecha. — Bom dia, Amélie. Na verdade, todos nós acabamos de acordar.
— Que ótimo! — exclamei. — Eu estava pensando que poderíamos ir ao jardim. É um lugar espaçoso e perfeito para passar a tarde.
Lúcia concordou animadamente.
— Seria maravilhoso!
Pedro, porém, interrompeu nossa empolgação.
— Infelizmente, está chovendo lá fora. Teremos que adiar para outro dia.
Suspirei, sentindo uma pontada de tristeza.
— Que pena... Mas tenho certeza de que haverá outras oportunidades.
Por fim, foi decidido então brincar de "Isso é Latim?" na sala. Eu e Oliver recusamos, e ele saiu da mesa com um ar misterioso. Revirei os olhos, mas logo todos nós, os irmãos Pevensie e eu e Astória, nos dirigimos a biblioteca.
Escolhi um canto próximo à janela e observei a chuva cair lentamente. Dias chuvosos sempre me trouxeram uma sensação de paz inexplicável. Talvez fosse a lembrança de algum lugar distante, ou talvez fosse apenas a chuva lavando minhas inquietações. De qualquer forma, eu amava essa sensação de estar em casa, mesmo que não soubesse exatamente onde era esse lugar.
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Astoria's point of view. ↴
Eu estava sentada, observando as pessoas e coisas ao meu redor, quando, de repente, senti alguém se acomodar ao meu lado. Virei-me e percebi que era o garoto de semblante emburrado, ou melhor dizendo, Edmundo.
Seus olhos escuros me fitaram com uma intensidade que me deixou desconfortável. Por um momento, achei que ele fosse dizer algo grosseiro, mas, para minha surpresa, ele sorriu e soltou uma provocação:
— Por que está me encarando tanto? Por acaso está apaixonada?
Minhas bochechas coraram instantaneamente.
— Apaixonada? Até parece que eu me apaixonaria por alguém como você.
Edmundo riu, e o som era mais agradável do que eu esperava.
— Pois eu quero que saiba que penso o mesmo.
Ele se levantou abruptamente, bufando, e saiu andando. Sinceramente, eu achava esse garoto estranho e um tanto esquisito. Ele nem me conhecia direito, e já parecia não gostar de mim. Isso, por si só, já era motivo suficiente para eu considerá-lo peculiar. Mas, quem sabe, talvez houvesse mais por trás daquela expressão carrancuda.
𝒩𝑂𝑇𝐴𝑆 𝐷𝐴 𝒜𝑈𝑇𝑂𝑅𝐴. ִֶָ𓂃 ࣪˖ ִֶָ🐇་༘࿐
📜 = Hey, lovers! Como vocês estão? Bom, aqui temos um capítulo com migalhas do nosso mine casal 😭 (infelizmente, não temos um nome para nenhum de nossos shipper's)
📜 = Amélie sentindo falta de Nárnia mesmo sem saber que é de Nárnia que sente falta é o meu maior império romano.📜 = Adquiri um carinho muito grande por Astoria e Edmundo, creio que possa ser por eles terem essa vibe de eneimes to lovers...
📜 = Lembre-se de deixar seu voto, e se possível, comentarem.
ℬeijinhos da Lily e até o próximo capítulo .♥︎
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𝑶𝑺 𝑫𝑬𝑺𝑻𝑰𝑵𝑨𝑫𝑶𝑺. ᴬˢ ᶜᴿᴼ̂ᴺᴵᶜᴬˢ ᴰᴱ ᴺᴬ́ᴿᴺᴵᴬ
Fanfiction⋆ ࣪. ୧ 𝑂𝑆 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝐴𝐷𝑂𝑆 ୨ ִ ۫ ⁎ . ᴀs ᴄʀᴏ̂ɴɪᴄᴀs ᴅᴇ ɴᴀ́ʀɴɪᴀ 🦁 ❛ 𝐎 𝐌𝐀𝐔 será bem quando Aslam chegar. Ao seu rugido a dor fugirá. Nos seus dentes o inverno morrerá. Em sua juba, a primavera há de voltar. ❜ 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐎𝐒 irmãos Peve...