AMÉLIE ESTAVA em um lugar completamente preto. Não havia nada em qualquer direção que ela olhasse. A escuridão dominava o ambiente, não havia uma luz sequer.
Seu vestido, antes amarelo, agora estava manchado de vermelho, e ela não fazia ideia de onde havia ido parar sua armadura.
O corte em sua coxa queimava, como se micro agulhas estivessem perfurando sua pele sem piedade.
Até que uma forte luz apareceu no lugar, e quando se aproximou, Amélie notou o que era, ou melhor, quem era. Ali estava sua mãe, visitando-a pela segunda vez desde que se fora.
— Acho que vou quase morrer mais uma vez, se isso significar ver você novamente — a ruiva brincou, com um sorriso triste.
— Filha, me escute com atenção. Isso não é como da última vez, você precisa entender.
— Eu estou morta, mamãe?
A morte nunca assustou Amélie, mas agora era diferente. Ela temeu, ela se sentiu aterrorizada. O que a tranquilizou foi saber que morreu por quem amava. Ela defendeu a memória de seus pais e protegeu seu amado.
— Você não está morta, ainda não. Mas precisa acordar agora, Amélie! Esforce-se, abra seus olhos.
Mas Amélie sentiu algo estranho, sentiu como se fosse a última vez.
— Se eu acordar, ainda irei vê-la novamente?
Sua mãe se aproximou e tocou seu rosto. O pequeno e sutil toque a fez estremecer, ela finalmente se sentiu protegida e acolhida por sua mãe. Uma lágrima gélida e solitária desceu lentamente por sua face pálida.
— Provavelmente não, minha filha. Mas você tem que voltar, por seus irmãos, por seus amigos e por ele. Um rei precisa de sua rainha para se manter de pé.
Amélie riu baixo, e sua mãe fez o mesmo.
— Eu vou sentir sua falta. Eu sinto sua falta.
— Aqueles que nos amam nunca realmente nos deixam.
Então a mais velha entendeu que precisava ir, e ela foi. Foi doloroso para ambas quando o contato físico foi desfeito. Amélie fechou os olhos, e quando os abriu, não estava mais no mesmo local de antes.
A garota estava sendo abraçada com força por seus irmãos. Ambos tinham faces chorosas e a olhavam com muito amor.
— Vocês voltaram... — ela finalmente sussurrou.
— Ora, é claro que voltamos! Achou que iria se livrar tão fácil da gente? — Astória respondeu.
— Oh, realmente achei... É bom que estejam aqui, eu senti saudades.
— A gente sabe.
E lá estavam os Logdean, se abraçando como se fosse a primeira e última vez, mas eles sabiam que não era. Havia acabado, e eles estavam ali, um pelo outro.
— Acabou, Mel, ela está morta.
E teve apenas um aceno de cabeça, nenhuma palavra sequer dita.
— AMÉLIE!
Assim que a ruiva se virou, avistou um Pedro desesperado correndo até ela. Ele a puxou para um abraço e a rodou no ar, fazendo a garota rir.
— Por favor, nunca mais faça isso, minha rainha. Eu senti tanto medo, tive medo de perder você — ele sussurrou no ouvido dela, assim que a colocou no chão.
— Pedro, eu te amo.
O garoto abriu um imenso sorriso, antes de agarrar a cintura dela e a puxar contra si, selando seus lábios em um beijo apaixonado. Mas é claro que não durou muito, pois havia uma enorme plateia os assistindo.
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𝑶𝑺 𝑫𝑬𝑺𝑻𝑰𝑵𝑨𝑫𝑶𝑺. ᴬˢ ᶜᴿᴼ̂ᴺᴵᶜᴬˢ ᴰᴱ ᴺᴬ́ᴿᴺᴵᴬ
Fanfiction⋆ ࣪. ୧ 𝑂𝑆 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝐴𝐷𝑂𝑆 ୨ ִ ۫ ⁎ . ᴀs ᴄʀᴏ̂ɴɪᴄᴀs ᴅᴇ ɴᴀ́ʀɴɪᴀ 🦁 ❛ 𝐎 𝐌𝐀𝐔 será bem quando Aslam chegar. Ao seu rugido a dor fugirá. Nos seus dentes o inverno morrerá. Em sua juba, a primavera há de voltar. ❜ 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐎𝐒 irmãos Peve...