sinfonia do inferno (Robert Johnson)

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Oiii tudo bem?
Eu realmente gostei muito desse capítulo, virou um dos meus favoritos dessa fic por mais que eu esteja bem desanimada para escreve-la
Bom mas espero que gostem e até o proximo!
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" Me encontre na próxima noite de lua nova às 00h, te esperarei na encruzilhada das rodovias 61 e 49. Traga seu violão, eu sei que você ainda o tem." Uma carta sem remetende, mas o ruivo não precisa de muito para saber que a escreveu afinal Robert Johnson sempre foi um dos cantores favoritos de Dazai. A lenda era a seguinte; Robert vendeu a sua alma ao demonio em troca de talento e suas altas habilidades no violão e como descrito na carta ele se encontraria com o próprio demonio em forma de homem, onde o tal afinaria seu violão.

Maldito, é o que o Nakahara pensa no momento. Maldito Osamu.

O ruivo já está beirando os 22. Foram 4 malditos anos a espera do Moreno do qual ele mal sabia se estava vivo. O silêncio de Dazai o apavorava, o ruivo passou esses 4 anos em uma angústia de não ter provas concretas de que seu moreno estaria bem, ele pressentia que sim, mas do jeito que Osamu é imprevisível nada é impossivel, ele achava que o pior havia acontecido, mas ainda continha um pingo de esperança de que o moreno estivesse bem.

Esse tempo longe de Dazai foram doloridos. O primeiro ano foi estranho, desconfortável, o ruivo se flagrava diversas vezes chamando o moreno em ocasiões das quais ele achava engraçado mas o chamado sempre foi mudo e surdo.

No segundo ano as coisas se acalmaram, ele parou com sua mania de falar como se o moreno ainda estivesse ali, mas faltava algo, ele sentia falta do estresse diário que Osamu lhe causava, das brigas idiotas e até mesmo das noites que o moreno invadia seu apartamento para encher seu saco, Chuuya realmente esperava que Dazai tentasse contato consigo nesse segundo ano.

Chuuya presumiu que ele demorasse no máximo um ano e meio, até as coisas se acalmarem verdadeiramente, mas não, Dazai realmente havia sumido, deixando seu parceiro sem notícias por longos 4 anos onde apenas especulações preenchiam o vazio que ele havia deixado no peito do de madeixas ruivas.

[...]

Era uma noite de chuva, os calçados caros do ruivo estavam encharcados por mais que seu guarda chuva estivesse acima de sua cabeça. Ele se mantia de pé naquela encruzadilha pavimentada segurando aquele maldito violão na mão esquerda e uma garrafa de whiskey ao lado de seu pé, mesmo nunca se sentiu tão só. O vazio em seu peito só aumentava, a angústia de encontrar seu parceiro de anos atrás o assustava, ele queria isso, mas tinha medo, um grande receio do que estava por vir, sua mente rondava por volta de questões sobre como ele se encontrava, ele estaria pior ou melhor que antes?

A noite estava sem a lua, as nuvens a cobriam de forma bruta, sua luz sequer chegava ousar iluminar o local. Os olhos do ruivo reviravam em ansiedade, suas mãos mal seguravam o guarda chuva de forma eficiente, molhando grande parte de seu sobretudo, os pés batiam no chão em um ritmo acerelado e contínuo, ele sentia que estava perto de encontrar o proprio demônio.

Verificou seu relógio de pulso, eram 11:59. Seus cabelos ruivos por do sol eram o mais belo contraste daquela noite, por mais que a noite escura apagasse todo e qualquer tipo de imagem do local.

Os pés do ruivo latejavam, eles vacilavam ameaçando a cair. Rendido ao cansaço ele se senta ao lado de sua garrafa, apoiando o violão em seu colo. A brisa fria batia contra seu rosto, causando um arrepio que percorreu todo o seu corpo, um frio na espinha. Ele já está cansado de esperar, a essa altura a chuva já havia molhado grande parte de seu corpo causando ondas de frio quando o vento batia. Verificou seu relogio novamente, eram 00:03, ele precisava de um consolo, ele nunca achou que o cão fosse de se atrasar.

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