Uma semana depois...
Eu estou bem, tudo está muito bem, eu e meus amigos nos encontramos recentemente e como sempre, eu fui bombardeado de perguntas sobre Felix, o que me faz sentir aquela pontinha de tristeza. Falando nele, a nossa proximidade está... É, não está das melhores. Mas eu ainda acho que posso o considerar um amigo, ou talvez nem isso. As sensações estranhas pararam, o que me fez sentir um alívio enorme para falar a verdade. Minho e Jisung continuam no mesmo grude de sempre, estar no mesmo lugar que esse casal de pombinhos por mais de dez minutos me dá diabetes.
2 de março de 2024
Casa dos HwangLee
Bucheon, Seoul
13:00— Ah! Finalmente sexta-feira. – Escuto Felix resmungar ao chegar exausto da faculdade, a qual eu não fui hoje por pura preguiça.
— Não comemora não, está louco? Ainda tem o relatório pra semana que vem. – Jisung chega por trás de Felix que solta uma risadinha. Ambos estavam completamente devastados, com suor escorrendo de suas testas por conta do calor de uma da tarde e alguns fios de cabelo grudados nelas.
— Bem vindos de volta! – Escutei Minho gritar da cozinha enquanto preparava o almoço.
Eu não me dei o trabalho de responder, na verdade eu nem tirei os olhos do celular.
— Bom, eu só vim deixar o Felix aqui, eu já vou indo. – Disse Jisung.
— Fica pro almoço, Hannie. – Eu disse, fazendo o papel de Minho pois ele não teria coragem de pedir por ele mesmo.
— Eu adoraria, mas eu estou todo suado e tenho dever de casa. – Disse ele com um beicinho triste.
— Não seja por isso, a gente vai na sorveteria a tarde e você vai com a gente, nada vai te separar do seu namorado e do seu Romance diabético, Jisung. – Eu digo, recebendo um dedo do meio em troca.
Felix se aproxima de mim e se senta do meu lado. — Oi, Hyunjin, eu cheguei! – Ele disse e sorriu, mas eu não movi um músculo
— Oi, eu vi.
Felix tira o celular da minha mão e me faz olhar para ele.
— Qual é o seu problema? — Eu respondo irritado.
— Qual é o Meu problema? Acho que eu que tinha que perguntar isso. Porque está agindo assim, Hyunjin? Você nunca fez isso, você está me ignorando e me excluindo das coisas, você não era assim.
— Porque você agiu assim primeiro. – Eu respondo sem humor nenhum.
— Quando? Quando que eu fiz isso?
— Na casa do seu pai. — Respondo, lembrando daquele dia em que minha relação com ele foi por água abaixo.
— Eu só não queria que você se metesse na minha vida, Hwang, é pedir muito ter um pouco de espaço pessoal?
— É sim, é quando o seu pai te espanca.
Ele parece se irritar e se levanta, ficando de frente para mim.
— E o que você ia fazer sobre isso? — Ele grita, fazendo Minho vir correndo até a sala, mas eu não reagi, gritos assim se tornaram frequentes entre nós.
— Gente, gente, calma. — Minho diz preocupado.
Eu me levanto e fico de frente para Felix. — Ah é? Me desculpa então, já que você é tão egocêntrico assim para aceitar a ajuda de ninguém, eu acho vou deixar seu pai de espancar então. — Eu respondo no mesmo Tom que Felix usou comigo.
— Eu não preciso da sua ajuda, Hyunjin! Entenda de uma vez, você não é nada meu, você não é meu amigo!! — Ele grita mais alto e eu sinto meu coração se despedaçar.
— Ah.. Então está bem. Nunca, nunca mais ouse falar comigo novamente. Eu quero que saia da minha vida e saia da minha casa! – Eu grito na mesma intensidade mas minha voz acaba falhando por causa das lágrimas que eu segurava.
— Ninguém vai sair daqui! Felix, você não tem o direito de falar assim com o Hyunjin. E Hyunjin, você não tem o direito de expulsar ninguém. — Minho entra em nosso meio e grita mais alto que nós dois juntos. — Mas que desgraça, todo dia é a mesma coisa! O que rolou entre vocês Hein? Sempre foram tão grudados. — Ele abaixa o seu Tom e se senta no sofá, sinalizando para que nós nos sentássemos também.
— É que esse... Agh! Eu odeio ele, Minho Hyung! Porque ele não pode me deixar em paz com os meus problemas? — Felix disse e novamente meu coração se quebra.
— Não odeia não, se odiasse, poderia pensar em um xingamento para ele. — Minho diz e eu escuto Felix bufar. — E você Hyunjin? O que houve?
— É que eu tento ajudar ele, Hyung. Mas ele não quer ser ajudado.
— Então pronto, se ele não quer ser ajudado, deveria deixar ele tentar resolver sozinho. Você sabe que ele vai pedir ajuda sempre que precisar, a gente tem uma promessa, lembra?
— Lembro. — Eu digo, lembrando de quando prometemos não esconder nada um do outro.
— Pronto, crianças. Ainda estão de mal? — Minho zoa de nós mas nós não conseguimos rir.
Felix apenas se levanta e sobe as escadas em direção ao seu quarto, nós apenas conseguimos ouvir a porta batendo com força.
— Agora que ele foi, Hyunjin. Eu preciso conversar só com você. — Ele diz assim que eu permito as lágrimas de escorrerem. — O que você está sentindo?
Aquela pergunta me pegou de surpresa, para falar a verdade eu não sabia.
— Eu... Eu não sei. – Eu digo e soluço.
— Você sente algo por ele, qualquer coisa que seja?
— Consideração, no máximo. — Minto.
— Hyunjin, não minta.
— Ok... Eu sinto algo sim, só não sei o que é. Ele me deixa Desconfigurado, é estranho, mas é legal. Quero dizer, era legal.
— Entendi. E você sente alguma coisa quando ele chega perto, quando ele te toca ou quando falam dele? — Minho pergunta já sabendo a resposta.
— Sim. — Eu respondo lembrando de todos os sentimentos bons que ele me trás. — É algo bom, acelera meu coração e minhas bochechas ficam vermelhas.
— Hmm, entendi. Eu quero que pense bem sobre esses sentimentos até que descubra o que é, ok? E... Peça desculpas pro Felix, ele não está bem. Eu... vou lá ficar com o Jisung ok? Fica bem. – Ele me dá tapinhas na coxa e sai da sala indo em direção a piscina.
Eu subo as escadas e vou até o quarto de Felix, bato três vezes na porta e quando ele não abre eu entro mesmo assim. Feliz está deitado na cama, coberto até a cabeça com o cobertor e soluçando baixinho enquanto Dori está deitado em cima de si.
— Lixie... Eu posso falar com você?
— Vai embora.
— Por favor, Felix. É rápido, eu prometo.
Ele se senta na cama e puxa Dori para seu colo. — Você tem cinco minutos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙎𝙒𝙀𝙀𝙏 𝙈𝙀𝙇𝙊𝘿𝙔 - 𝘈𝘭𝘦́𝘮 𝘋𝘢 𝘔𝘦𝘭𝘰𝘥𝘪𝘢 |𝙃𝙮𝙪𝙣𝙡𝙞𝙭|
Fanfiction[Concluída] 𝘍𝘭𝘶𝘧𝘧𝘺/𝘊𝘰𝘮𝘦́𝘥𝘪𝘢 "𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘴𝘪𝘯𝘵𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦́ 𝘮𝘢𝘪𝘰𝘳 𝘦 𝘷𝘢𝘪 𝘢𝘭𝘦́𝘮 𝘥𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘮𝘦𝘭𝘰𝘥𝘪𝘢𝘴 𝘤𝘢𝘱𝘢𝘻𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘴𝘦 𝘵𝘰𝘤𝘢𝘳... " Onde as vidas de um violinista cheio de problemas...