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Já avisando que esse cap contêm muito texting ~×~
Cinco minutos, esse era o tempo que eu tinha para pedir perdão por todos os meus pecados. Mas pela cara do loirinho e seu fiél escudeiro Dori... Eu teria que ajoelhar.
Sento-me na beira da cama, bem distante do menino e começo meu discurso. — Felix me perdoa, eu não queria ter dito aquelas coisas para você. E eu sei que isso te magoou bastante e... E eu não quero que vá embora. — Digo tudo em uma lufada de ar, sentindo meus ombros mais leves. Mas para a minha infelicidade, o Loiro continua me encarando do mesmo jeito.
— Prossiga. — Ele diz seco e sem um pingo de sentimento, me olhando com indiferença.
— Por favor... Não vá embora. Eu não quero ficar sozinho e...
— Você não vai ficar sozinho. Você tem Minho, Jisung, e seus outros amigos. — Ele corta minha fala.
— Eu sei, mas você é diferente.. — Digo, querendo descobrir de uma vez por todas o que eu sentia.
Ele apoia o rosto em uma mão e acaricia o gato com a outra, se mostrando interessado no assunto. — Eu sou diferente? Que tipo de diferente?
— Eu não sei... Mas é um diferente bom. — Abro meu coração da forma mais direta que consigo, esperando receber ao menos uma risada irônica para que ele demonstre alguma emoção. Seu olhar apático e sem sentimento algum me faz arrepiar e não é no sentido bom.
Ele sorri pequeno. — Sabe, eu até posso te perdoar. Mas com uma condição.
A chama da esperança se acende novamente em meu coração e eu penso 'Nem tudo está perdido.'
— Que condição? Eu faço tudo o que quiser. Tudo mesmo!
Que humilhação, nunca me humilhei assim por alguém. Mas é o Felix, ele é diferente.
— Então vaza do meu quarto! — Ele joga uma almofada em mim e ri — e trás meu violino que está em cima da mesa da sala. Trás com cuidado! Vai, vai, não tenho o dia todo.
— Folgado! — Eu rio e saio do quarto, descendo as escadas e pegando o instrumento de madeira dentro de uma capa preta cheia de adesivos e levando até o quarto do menino.
— Aqui, princesa. — Coloco o instrumento encima da cama e ele logo abre a capa com rapidez, como se o pouco tempo que passou sem tocar fosse uma vida inteira para ele. Ele se levanta e coloca o instrumento de madeira sobre seus ombros, apoiando no queixo e segurando-o com uma mão enquanto segura o arco com a outra.
— Eu posso pelo menos ficar pra te escutar tocar? — Eu pergunto me sentando em sua cama.
— Pode, me fala uma música que seja legal aí. — Ele pede e eu sorrio.
— Hmm... Que tal Judas da Katy Perry?
— Você tem bom gosto. – Ele fecha os olhos e passa o arco pelas cordas, começando a tocar. Eu tento acompanhar os movimentos de seus dedos mas são muito rápidos para que eu consiga. Ele tocava com perfeição, era incrível e mágico, como se suas mãos tivessem um feitiço ou alguma magia, eu só tenho certeza de uma coisa, eu tenho que escutá-lo tocar mais vezes. Seus dedos deslizam pelas cordas e sua mão movimenta o arco para esquerda e para direita, fazendo o som sair e a música fluir perfeitamente. Ele é perfeito, mais do que perfeito. Não pude evitar de cantarolar uma das minhas músicas preferidas do universo quando ela é tocada pelo melhor violinista do universo. Saio de meu transe apenas quando escuto ele parar no meio da música e bufar irritado.